Introducing
Your new presentation assistant.
Refine, enhance, and tailor your content, source relevant images, and edit visuals quicker than ever before.
Trending searches
Filosofia - Turma 302
Correção das atividades do Livro Cap.18
COLÉGIO ESTADUAL AUGUSTO MEYER PROFE: NAIAMA
Porque na esteira da herança socrática, a ética grega estava fundamentada na razão, entendida como capaz de um saber universal e, portanto, de uma moral universal. Assim, o indivíduo que agia conforme a razão, agia corretamente para Sócrates, que também dizia ser o vício resultado da ignorância.
Platão entendia que o corpo, por ser a sede dos desejos e paixões, muitas vezes desvia o indivíduo do caminho do em, e que, para alcançar a ideia do bem, é necessário "purificar-se" do mundo material.
Aristóteles, por sua vez, dizia que o fim último de toda a ação humana é a felicidade e que a maior felicidade maior encontra-se na vida teórica, promovida pela razão.
Pela concepção da ética aristotélica toda ação humana tem como finalidade última a felicidade, mas em geral o ser humano equivoca-se nessa busca, eja por excesso, seja por falta, tanto nos atos como nas paixões.
Assim, Aristóteles recomendava, para uma vida virtuosa, o meio-termo, o equilíbrio entre dois extremos, que servem os vícios.
A virtude estaria no ponto médio entre eles.
É chamada de ética cristã porque a filosofia no período medieval europeu foi produzida pelos primeiros padres da Igreja Católica. Assim, as concepções éticas que se desenvolveram nesse período levam a marca do cristianismo.
Por isso, caracterizou-se e diferenciou-se da ética grega por abandonar a visão racionalista do período anterior, entendendo o caminho ético como aquele que é orientado pelo amor a Deus e pela boa vontade, e por atribuir à subjetividade uma importância até então desconhecida, ao tratar a moral do ponto de vista estritamente pessoal, como uma relação entre cada indivíduo e Deus, isolando-o de sua condição social.
Ao tentar explicar como pode existir o bem e o mal no mundo, se tudo vem de Deus, que é a bondade infinita. Santo Agostinho formulou a tese de que cada indivíduo pode escolher livremente entre aproximar-se de Deus ou afastar-se Dele: o afastamento seria o Mal; a aproximação o Bem.
Foi assim que Agostinho introduziu a ideia de escolha, de liberdade, de livre-arbítrio.
Como cada indivíduo pode usar o bem ou o mal esse livre-arbítrio; é no bom uso da liberdade de escolha que está a virtude, e no seu contrário, o vício.
A ética moderna é considerada antropocêntrica porque, com o humanismo renascentista o ser humano e suas possibilidades votaram a ser o centro das reflexões filosóficas, o que orientou a concepção ética centrada na autonomia humana e em valores oriundos da compreensão acerca do que seria a natureza humana.
Isso se observa na frase do iluminista Voltaire, que qualifica o "desprezo" social como maior "freio natural" e regulador do indivíduo nas ações injustas.
Nada de fundamentações teológicas, transcendentes como a ética cristã.O que é insuportável para o indivíduo é ser desprezado por seus semelhantes, e essa é a maior punição que ele pode sofrer por seus erros.
A ética kantiana caracteriza-se por ser uma ética do dever, o dever entendido como expressão da racionalidade humana, única fonte legítima da moralidade.
Virtuoso, para Kant, é todo ato praticado de forma autônoma, consciente, conforme o dever (ou seja, de acordo com uma máxima) e por dever (porque se entende que ela deve ser uma lei universal).
Isso se expressa no imperativo categórico: "age apenas segundo uma máxima (um princípio) tal que possas ao mesmo tempo quer que ela se torne lei universal".
Assim as normas morais devem ser obedecidas como deveres, mas se trata de um tipo de dever que se confunde com a própria noção de liberdade, porque, para Kant o indivíduo que obedece a norma mora atende à liberdade da razão, isto é àquilo que a razão, no uso de sua liberdade, determinou como correto.
Dessa fora, a sujeição à norma moral é o reconhecimento de sua legalidade, conferida pelos próprios indivíduos racionais. Por isso há virtude quando o indivíduo se submete à força as máximas na realização de seu dever, segundo Kant.
Hegel insere-se nessa tendência contemporânea ao questionar o formalismo kantiana e considerar a fundamentação histórico-social dos sistemas morais de cada sociedade.
Para ele, a moralidade assume conteúdos diferentes ao longo da história das sociedades e a vontade individual seria apenas um dos elementos da vida ética de uma sociedade em seu conjunto.
A moral seria o resultado da relação entre ada indivíduo e o conjunto social.
Marx insere-se nessa tendência contemporânea ao conceber que todo sistema moral, por originar-se do contexto histórico-social, também se constitui em uma ideologia, pois seu conjunto de normas expressa uma forma de consciência própria a cada momento do desenvolvimento da existência social e, nesse sentido, seria uma das formas assumidas pela ideologia dominante em dada sociedade para impor determinados valores, considerados necessários à manutenção dessa sociedade.
Habermas insere-se nessa tendência contemporânea ao propor a ética discursiva, fundada no diálogo e no consenso entre os sujeitos, uma aposta na capacidade de entendimento entre as pessoas na busca de uma ética democrática e não autoritária, baseada em valores validados e aceitos consensualmente.
Assim, o que se buscaria nesse diálogo seria o estabelecimento da razão comunicativa, que não existe pronta nem acabada, mas que se constrói a partir de uma argumentação que leva a um entendimento entre indivíduos.