Impérios bizantino e árabe
Objetivos
Objetivos da aula
Identificar os processos políticos, econômicos, sociais e culturais que determinaram a construção dos Impérios Bizantino e Árabe
Compreender o conceito de Idade Média Oriental
Relembrando
- Constantino foi o Imperador que dividiu o Império Romano em Ocidente e Oriente
- Criou uma nova capital em Bizâncio, mais tarde chamada Constantinopla em sua homenagem (atual Istambul)
Império Bizantino
Sobreviveu por mais de mil anos após a queda do Império Romano do Ocidente
Sofreu invasões de povos denominados bárbaros e sucumbiu em 476
Império Bizantino
Império Romano do Oriente
- Sustentava-se no comércio e era protegida pela geografia da região
- Exército bem pago
- Sociedade multiétnica - gregos, eslavos, húngaros
- Cesaropapismo
- Identificação com os valores gregos
- Substituição do latim pelo grego
- Valores helênicos - filosofia e padrões artísticos
- Catolicismo e leis romanas
Constantinopla - Bizâncio
- Serviços públicos
- Hospitais
- Rede de água
- Esgoto
- Quase 1 milhão de habitantes no séc XI
Justiniano (527-565)
- Código Justiniano: revisão e consolidação do direito romano - Corpus Jurus Civiles
- Expansão territorial: refazer o grande Império Romano
- Combate aos ostrogodos, vândalos e visigodos. (Itália, norte da África e parte da Península Ibérica) - Implatação do Código Civil
- Cobrança de altos impostos para cobrir os gastos militares
- Revolta Nika (iniciou-se no hipódromo de Constantinopla)
- Repressão violenta: 30 mil pessoas mortas
- Basília de Santa Sofia: destruição e reconstrução
Heresias orientais
- O poder da Igreja Católica no oriente era centrada nas figuras dos bispos e patriarcas (maior autoridade)
- Tentativa de estabelecer uma doutrina clara e simples, que desse conta de organizar a vida terrena: cristologia
- Debates acerca de interpretações da bíblia: disputas por poder
- Divergências entre as interpretções ocidentais e orientais
Cisma do Oriente
- Com o fim do governo de Justiniano ( que durou 38 anos) o império entrou em decadência:
- Avanço da expansão islâmica
- Dificuldade em manter a burocracia estatal funcionando
- Disputas por poder e agitações religiosas
- O patriarca Miguel de Cerulário (1054): rompimento com a Igreja de Roma e reafirmação da autoridade orienteal
- Criação de duas Igrejas Católicas: Católica Ortodoxa e Católica Apostólica Romana
- Surgimento de inúmeras seitas que questionavam as interpretações dos patriacas
- Enfraquecimento dos patriarcas e consequentemento da autoridade imperial
Decadência e fim do Império
Decadência e fim do império
Conquistas árabes
(Principalmente do turcos-otomanos)
Conflitos entre imperadores e patriarcas (questionamento do cesaropapismo)
Queda de Constantinopla em 1453 - sultão Maomé II (abertura do Mar Mediterrâneo para a Europa ocidental)
Antes do islã
Império Árabe
- Península Arábica
- Organizados em tribos
- Politeístas
- Sem Estado organizado
- Líderes religiosos
- Meca: centro religioso
- Caaba: construção que abrigava muitos ídolos
Surgimento do islamismo
- Maomé - casado com uma viúva dona de caravanas
- Viajava por diversos países europeus
- Teve contato com cristãos e judeus (religiões monoteístas)
- Em 610 ocorreu a revelação (anjo Gabriel)
- "Alá é o único Deus e Maomé seu profeta"
- Islã: "submissão total a Deus"
- Maomé inicia uma nova religião numa onda de pregações a partir de Meca - localização da caaba
- As pregações de Maomé foram mal vistas pelos líderes religiosos: coraixitas
- Perseguições: fuga de Maomé de Meca para Medina (Hégira - ano I do calendário islânico)
- Em Medina Maomé tornou-se líder político e religioso e organizou um exército
- Voltou para Meca e destruiu os ídolos
- Jihad: esforço para a conversão dos infiéis
- Impulsionou as guerras de conquista
Instruções e regras de convivência
inspiradas na vida de Maomé
Ensinamentos de Alá
recitados a Maomé
5 Pilares do Islã
1. Fé
2. Caridade
3. Rezar 5 vezes por dia em direção Meca
4. Jejuar no mês do Ramadã
5. Peregrinação à Meca
Compilação das revelações de Alá a Maomé
Dividido em 114 capítulos
e em temas
Alcorão - Livro sagrado
Expansão islâmica
Sunitas
Defendem que o líder político deve seguir à risca os dogmas do islã. São seguidore da Suna.
Xiitas
Acreditam que o governo deve ser exercido por descendentes diretos de Maomé
- 630 - conquita de Meca e governo de Maomé - governo teocrático
- 632 - morte de Maomé: disputas entre xiitas e sunitas (Querela do Califado)
- Após a unificação religiosa, o povo árabe sentiu-se fortalecido para expandir-se
- Os povos conquistados eram convertidos
- Podiam continuar com suas tradições Pagavam menos impostos
- Arabização: propagação das leis e da língua
Expansão
Califas
- Coube aos califas (herdeiros políticos) o processo de expansão
- Esse processo ocorreu entre 632 e 750 e contou com muitas disputas internas
- Turcos, persas e muitos povos bárbaros foram conquistados nesse período e tiveram sua cultura assimilada também pelos islâmicos.
- As cruzadas e o avanço do Império mongol barraram a expansão
Império
- A morte de Ali, genro de Maomé, deu início às brigas entre xiitas e sunitas
- Unificação política e monetária
- Não convertiam os povos conquistados - enfraquecimento
Mudança da capital para Bagdá
Expansão e fragmentação do império
Tentativa de dominação do oriente - incorporação de soldados turcos
Revoltas dos turcos seljúsidas - nova dinastia - conquista da Anatólia e Palestina
Aspectos culturais
Cultura
- Intensas trocas e influências
- Preservação da cultura grega na Península Ibérica
- Difusão do uso do papel, da pólvora e da bússola
- Proibição da reprodução de imagens (idolatria)
- Arabescos: geometria e matemática
- Desenvolvimento da química
- Fundamentos da física
- Astronomia (cálculos sobre as posições dos planetas)
- Literatura
- Medicina
- Arquitetura
Representação que mostra a utilização de instrumentos de observação astronômicos
Arabesco no teto de uma mesquita