Introducing
Your new presentation assistant.
Refine, enhance, and tailor your content, source relevant images, and edit visuals quicker than ever before.
Trending searches
TeSP em Intervenção Social e Comunitária
Ano Letivo 2024/2025 - 2.º Ano - Semestre 1
MEDIAÇÃO SOCIOCULTURAL
Coordenadora da UC: Ana Maria Vieira
Docentes da UC: Tânia Francisco (tania.francisco@ipleiria.pt)
Gracinda Mateus ( gracinda.mateus@ipleiria.pt
reconhecer o outro
valorizar as diferenças
estimular a empatia
criar laços
construir pontes
estar entre
traduzir culturas
pôr em comum
promover a convivência
facilitar a comunicação
fomentar o respeito
desconstruir barreiras
título do filme: metáfora perfeita para traduzir a ideia de que a escola é o microcosmos da sociedade; por outro lado, crítica à própria ideia de muros/ barreiras/ obstáculos;
contexto onde se desenrola a ação: escola da periferia de Paris, composta por múltiplas nacionalidades, centrando-se numa das suas turmas, também ela multicultural, onde sobressaem problemas de comunicação e interação entre os seus elementos;
papel do diretor de turma: tenta “agarrar” a turma e dar-lhe alguma identidade; por vezes, é bem sucedido, outras, nem tanto;
primeira falha do diretor de turma, ao nível da interculturalidade: no primeiro dia de aulas, não aproveitar as múltiplas nacionalidades dos seus alunos à medida que vai dando exemplos de nomes (facto que irrita duas alunas - tensões latentes); seria um ótimo pretexto para chegar aos seus alunos, dando-lhes algum protagonismo pela positiva;
corpo docente sem motivação: sistema de pontos como penalização dos alunos;
iniciativas positivas do professor, ao nível da interculturalidade: explorar a diversidade da turma, ao pedir um autorretrato a cada aluno (promoção das singularidades de cada um); exposição dos mesmos (reconhecimento/ valorização das especificidades de cada um);
outros contextos: detenção da mãe de um aluno, por se encontrar ilegal no país (os problemas dos alunos não ficam à porta da escola);
adensar das tensões - escalada de conflito: chegada de um novo aluno à turma; conflitos racistas (dentro da sala e no pátio); insulto por parte do professor a uma aluna; agressão no decorrer de uma aula, entre dois alunos; reunião de professores;
conselho de turma: mãe de um dos alunos não domina a língua (barreira cultural/ desigualdade/ exclusão); decisão de expulsar o aluno (resolução do problema??).
“Vemos assim quão diverso e polissémico é o campo da mediação, o que o torna particularmente actual numa sociedade em que a coesão social se encontra ameaçada em múltiplos contextos: laboral, comunitário, familiar, escolar… A mediação assume, por isso, uma espécie de «poder discreto e mágico» para as situações de crise […]” (Correia e Silva, 2010:10)
polissemia do conceito
multiplicidade de posições
necessidade de uma
revisão concetual
Para Six (1990), a mediação “é ao mesmo tempo uma técnica e uma arte”, onde surge “um terceiro”, com o objetivo de ajudar a chegar a um acordo.
Burgess e Burgess (1997) têm uma posição muito semelhante e definem a mediação como um processo informal, em que “um terceiro” ajuda as partes a alcançar um acordo.
Para Giró (1998), “mediação é comunicação”.
(Vieira et al, 2016: 28-31) [T5]
Para Capul e Lemay (2003), “a mediação é uma arte do «entre-dois»”.
Para Casa-Nova (2009: 61), significa estar “entre-dentro”.
Isabel Baptista (2006: 60) defende que “toda a intervenção é uma mediação”.
Para Torremorell (2008:8), a mediação tem um papel transformador, constituindo-se como uma “ponte social para um futuro mais humanizado”.
(Vieira et al, 2016: 28-31)
Nas palavras de Helena Almeida (2009), “a mediação potencia a construção de laços sociais”, referindo, também, que “A mediação não é uma manta de retalhos de contributos individuais”.
Para Rosário Farmhouse (2009: 9), trata-se de um processo de “transformação social”.
Bonafé-Schmitt (2010) reduz a mediação à gestão de conflitos.
(Vieira et al, 2016: 28-31)
No entanto, conforme adverte José António Caride,
“Pero la mediación no es sólo un método para la resolución de conflictos y la adopción de acuerdos, ya que la dimensión más importante del proceso mediador reside en el potencial de cambio que tiene cada persona, inmersa en un conflicto, para descubrir sus propias habilidades y desarrollando una mayor apertura hacia todas las partes litigantes.” Caride (2016: 13)
Segundo Vieira, A. e Vieira, R., a mediação ainda é perspetivada numa dimensão resolutiva de conflitos, "...como se, primeiro fosse possível resolver todos os conflitos; segundo como se a vida não fosse, diariamente, feita na interação entre diferentes, diferentes pessoas, grupos, diferentes pontos de vista...". (2016:38)
(Vieira, A. e Vieira, R.,
2016: 38-41) [T1]
"...quando se procura encontrar um terceiro lugar aceite pelos extremos em tensão/conflito, mas que é um lugar mediado, negociado e nunca fixo." (2016:39)
Mediação Intercultural
Ainda na perspetiva destes autores, "A mediação sociocultural não pretende introduzir a tolerância entre os agentes sociais envolvidos como o fim de um processo de reconciliação. A mediação tem que buscar transformações. E de todos os envolvidos. Transformações que têm de assentar num entendimento do entendimento do outro, aquilo que é vulgarmente definido como hermenêutica.". (2016:40)
(Vieira, A. e Vieira, R.,
2016: 38-41) [T1]
"...não basta tolerar, é preciso respeitar, ainda que discordando de algumas tomadas de posição do(s) outro(s)." (2016:40)
Analogia com a prevenção e resolução na área da medicina:
O mesmo acontece quando ouvimos a ideia recorrente da "resolução de conflitos" associada à área da mediação.
Tensão não tem se ser, necessariamente, sinónimo de conflito. Logo, há todo um trabalho a fazer (preventivo) para evitar essa escalada (muito antes do chamado "fim de linha").
É preferível falarmos em gestão de conflitos, pois estes não acabam, propriamente. (2016: 100)
(Vieira, A., 2016: 98-102) [T2]
[p. 98]
paralelismo com o filme "Entre os Muros da Escola"
(Vieira, A., 2016: 98-102) [T2]
[p. 101]
(Vieira, A., 2016: 98-102) [T2]
o dito popular "mais vale prevenir que remediar" assenta nesta visão intercultural da mediação, que aposta na prevenção dos conflitos
atua no "antes"
função profilática
atua no "após"
função paliativa
("penso rápido")