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BNCC: Componente Língua Portuguesa

Gabriela M. Mafra

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"Os PCN priorizam o ensino de leitura. A leitura é entendida como uma prática social, e a aprendizagem das línguas se dá por meio do engajamento do aprendiz nessas práticas. Enfocando a leitura, os PCN tiram o protagonismo do conheicmento sistêmico" (TÍLIO, 2019, p. 7).

"Não se trata de ignorar o conhecimento sistêmico e seu ensino, mas de articulá-lo a conhecimentos de gêneros discursivos e de mundo em práticas de leitura. Esse permanece, ainda hoje, o grande desafio do ensino de línguas: o ensino da língua(gem) como prática social situada, e não como um fim em si (TÍLIO, 2019, p. 7-8).

Diferentemente dos PCN E das OCEM, que tinham caráter orientador, a BNCC é lei, e, portanto, é obrigatória. E é esse o seu primeiro problema (TÍLIO, 2019, p. 12).

Questiona o teor "nacional" e "comum".

“O estímulo ao pensamento criativo, lógico e crítico, por meio da construção e do fortalecimento da capacidade de fazer perguntas e de avaliar respostas, de argumentar, de interagir com diversas produções culturais, de fazer uso de tecnologias de informação e comunicação possibilita aos alunos ampliar sua compreensão de si mesmos, do mundo natural e social, das relações dos seres humanos entre si e com a natureza” (BRASIL, 2018, p. 58).

"O foco é no chamado 'mundo do trabalho'" (BRASIL, 2019, p. 15).

O componente Língua portuguesa na BNCC (BRASIL, 2017) dialoga com outros documentos e orientações quanto a concepção de linguagem: “assume-se aqui a perspectiva enunciativo-discursiva de linguagem” (BRASIL, 2018, p. 67), na qual ela é concebida como fruto do social, das práticas sociais existentes em uma sociedade (PCN, 1997), sendo assim, a perspectiva adotada concebe a linguagem de forma viva, dinâmica, a partir da interação.

Texto como unidade de trabalho, mas não só em sua modalidade verbal, e as perspectivas enunciativos-discursivas, a fim de relacionar os textos ao contexto de produção e ao desenvolvimento de habilidades (BRASIL, 2018).

Os conhecimentos sobre os gêneros, sobre os textos, sobre a língua, sobre a norma-padrão, sobre as diferentes linguagens (semioses) devem ser mobilizados em favor do desenvolvimento das capacidades de leitura, produção e tratamento das linguagens, que, por sua vez, devem estar a serviço da ampliação das possibilidades de participação em práticas de diferentes esferas/campos de atividades humanas (BRASIL, 2018, p. 67).

A BNCC fundamenta-se em concepções e conceitos disseminados em outros documentos curriculares, tais como práticas de linguagem, discurso e gêneros discursivos/textuais, e esferas/campos de circulação dos discursos (BRASIL, 2018). “Como já ressaltado, na perspectiva da BNCC, as habilidades não são desenvolvidas de forma genérica e descontextualizada, mas por meio da leitura de textos pertencentes a gêneros que circulam nos diversos campos de atividade humana” (BRASIL, 2018, p.75).

Na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho (BRASIL, 2018, p. 8).

As habilidades expressam as aprendizagens essenciais que devem ser asseguradas aos alunos nos diferentes contextos escolares. Para tanto, elas são descritas de acordo com uma determinada estrutura (BRASIL, 2018, p. 29).

O documento defende a importância de se fortalecer a autonomia, de entender, valorizar e dialogar com as culturas juvenis, das mudanças que a cultura digital promoveu no nosso modo de ser e de se comunicar, também enfatiza a necessidade de uma atitude crítica, de curadoria perante essas mudanças para alcançar a “cidadania consciente, e participativa” (BRASIL, 2018, p. 62).

  • A escola pode contribuir com a preparação do aluno para o desenvolvimento pessoal e social (BRASIL, 2018).

Práticas de linguagem:

oralidade, leitura/escuta, produção (escrita e multissemiótica) e análise linguística/semiótica (que envolve conhecimentos linguísticos – sobre o sistema de escrita, o sistema da língua e a norma-pradrão –, textuais, discursivos e sobre os modos de organização e os elementos de outras semioses) (BRASIL, 2018, p. 71).

Níveis de implementação da BNCC

BNCC, Área de Linguagens e Componente Língua Portuguesa – Ensino Fundamental, a grande problemática é que a proposta de ensino de Língua Portuguesa que dialoga com as necessidades da Web 2.0, de gêneros digitais, do aluno como protagonista, designer, que visa a desenvolver um trabalho interdisciplinar, de participação e atuação social está organizado em um modelo por competências e habilidades. Isso pode dificultar o desenvolvimento contextualizado real em sala de aula.

"Por trás de um discurso aparentemente favorável à formação cidadã, crítica e protagonista, [o discurso da BNCC] parece estar mais interessado em formar cidadãos resilientes para o mundo neoliberal" (TÍLIO, 2019, p. 15).

Ensino Fundamental – séries iniciais, Componente Língua Portuguesa

1º ao 5º ano

Todos os campos de atuação,

algumas práticas de linguagem que contemplam o Campo da vida cotidiana e outras que priorizam o Campo artístico-literário.

1º e 2º anos (campos: para todos; vida cotidiana, vida pública, práticas de estudo e pesquisa), e depois de 3º e 5º anos (campos: para todos; vida pública, prática de estudo e pesquisa, artístico-literário).

  • Não há, de 1º e 2º anos, um quadro específico para o Campo artístico-literário.

“Ler e compreender, com certa autonomia, textos literários, de gêneros variados, desenvolver o gosto pela leitura” (BRASIL, 2018, p.111).

Autonomia para implementação x progressão curricular (cf. DOLZ; SCHNEUWLY, 2013).

A maior recorrência é um letramento, no singular, que não se relaciona, na textualidade, às necessidades sociais, ao contexto social, a diversidade cultural e ao digital. Dentre as ocorrências encontradas no eixo, há apenas uma que estabelece um diálogo entre o letramento da letra, da escrita grafocêntrica, com a multimodalidade, no caso com as imagens: “recontar oralmente, com e sem apoio de imagem, textos literários lidos pelo professor” (BRASIL, 2018, p. 97).

  • Reprodução de histórias não auxilia no desenvolvimento da construção do imaginário do aluno.

Autonomia X prática social

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