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É o heterónimo que mais se aproxima do criador, quer no aspeto físico - é moreno, de estatura média, anda meio curvado, é magro e tem aparência de judeu português (Fernando Pessoa tinha ascendência israelita)- quer na maneira de ser e no pensamento.
Ricardo Reis foi criado quando Fernando Pessoa escreveu os poemas de “índole pagã”:
«Aí por 1912, salvo erro (que nunca pode ser grande), veio-me à ideia escrever uns poemas de índole pagã. Esbocei umas coisas em verso irregular (não no estilo Álvaro de Campos, mas num estilo de meia regularidade), e abandonei o caso. Esboçara-se-me, contudo, numa penumbra mal urdida, um vago retrato da pessoa que estava a fazer aquilo. (tinha nascido, sem que o soubesse, o Ricardo Reis).»
Diz Fernando Pessoa na carta, de 13 de Janeiro de 1935, a Adolfo Casais Monteiro
É adepto do sensacionalismo, que herda do mestre Caeiro, mas ao aproximá-lo do neoclassicismo manifesta-o, num plano distinto como refere Fernando Pessoa em «Páginas Íntimas e Auto Interpretação» : «Caeiro tem uma disciplina: as coisas devem ser sentidas tais como são. Ricardo Reis tem outra disciplina diferente: as coisas devem ser sentidas, não só como são, mas também de modo a integrarem-se num certo ideal de medida e regras clássicas.».
Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.
Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.
Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.
Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.
A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.
Se/gue o/ teu/ des/ti/no,
Re/ga as/ tu/as/ plan/tas,
A/ma as/ tuas/ ro/sas.
O/ res/to é a som/bra
De ár/vo/res/ a/lhei/as.
A/ re/a/li/da/de
Sem/pre é/ mais/ ou/ me/nos
Do/ que/ nós/ que/re/mos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.
Análise da
estrutura interna
vida
amar tudo o que a vida nos dá / amar o que a vida fez de nós
Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.
representa tudo aquilo que nos traz sofrimento e tristeza...
momentos mais desagradáveis
a realidade é o que fazemos dela
A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.
por mais que tentemos nunca vamos conseguir escapar da nossa essência/ destino
ALITERAÇÃO
viver só pode levar a um afastamento das emoções fortes, mas não o suficiente
Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.
viver o que nos foi destinado sem tentar escapar à realidade é a forma mais pura de viver
devemos deixar a dor para trás e viver consoante o que nos foi pré-destinado
menos conhecimento
menos sofrimento
maior felicidade
devemos sair da esfera da vida e posicionar-nos de forma a observar o que nos rodeia e evitar problemas
Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.
o verdadeiro significado da vida não tem uma resposta possível de alcançar.
não devemos perder tempo a questionar-nos, pois nunca a aproveitaremos se o fizermos
PERSONIFICAÇÃO
devemos ser os nossos próprios mestres (sentimentos e vontades) de modo a alcançarmos a felicidade
Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.
os deuses são (naturalmente) superiores a nós, pois têm a capacidade de evitar a racionalização.
É o ato de pensar que leva o Homem à inquetude e frustração
METÁFORA