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Transcript

"Segue o teu destino"

Z

O

Madalena Soares, nº19

Matilde Ramos, nº21

Mafalda Catarino, nº23

E

U

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U

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T

G

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5

Ricardo Reis - biografia

D

  • Nasceu a 19 de Setembro de 1887, no Porto;
  • Colégio de jesuítas
  • Estudou medicina;
  • Monarquista;
  • Auto-exilou-se no Brasil (1919), por discordar da proclamação da República Portuguesa;
  • Morreu no ano de 1936;
  • As primeiras obras publicadas em 1924, na revista Athena;
  • Entre 1927 e 1930, foram publicados oito odes na revista Presença.

Descrição

física

É o heterónimo que mais se aproxima do criador, quer no aspeto físico - é moreno, de estatura média, anda meio curvado, é magro e tem aparência de judeu português (Fernando Pessoa tinha ascendência israelita)- quer na maneira de ser e no pensamento.

MAPA ASTRAL

Mapa astral

  • Sol em Virgem

  • Lua em Libra

  • Ascendente em Aquário

  • 19/09/1887, às 16:05

  • Lisboa/Portugal.

Ricardo Reis foi criado quando Fernando Pessoa escreveu os poemas de “índole pagã”:

  • Profundo admirador da cultura clássica;
  • Autodidata na língua grega e de formação sólida na língua latina e mitológica;
  • As primeiras obras foram publicadas na revista ”Athena” e a sua obra faz parte do pensamento Greco-Romano: clareza, equilíbrio, boas formas de viver, o prazer e a serenidade.

«Aí por 1912, salvo erro (que nunca pode ser grande), veio-me à ideia escrever uns poemas de índole pagã. Esbocei umas coisas em verso irregular (não no estilo Álvaro de Campos, mas num estilo de meia regularidade), e abandonei o caso. Esboçara-se-me, contudo, numa penumbra mal urdida, um vago retrato da pessoa que estava a fazer aquilo. (tinha nascido, sem que o soubesse, o Ricardo Reis).»

Diz Fernando Pessoa na carta, de 13 de Janeiro de 1935, a Adolfo Casais Monteiro

  • Identifica-se com os clássicos da Antiguidade;

  • A obra deste é a ode clássica, cheia de formalismo e princípios aristocráticos;

  • Segue a filosofia de Carpe Diem;

  • É marcado por uma profunda simplicidade da conceção da vida e por uma intensa serenidade na aceitação da relatividade de todas as coisas;

Correntes filosóficas

  • Epicurismo - prega a procura dos prazeres moderados para atingir um estado de tranquilidade e de libertação do medo;

  • Estoicismo - características pagãs, contrária a fé cristã;

  • Horacianismo - exprime-se através da construção poética e retórica;

  • Paganismo - usado para se referir a tradições religiosas politeístas;

  • Neoclassicismo - ideais do Iluminismo e um renovado interesse pela cultura da antiguidade clássica.

Aspetos temáticos

  • Autodisciplina, renunciando as fortes emoções;
  • Procura da ataraxia (estado de não perturbação);
  • Renúncia da vida através da recusa do amor e da consciência da inutilidade do esforço de mudança;
  • Elogio da vida campestre (aurea mediocritas);
  • Fatalismo – o destino é uma força superior ao homem;
  • Aceitação calma do destino;
  • Obsessão da efemeridade da vida;
  • Consciência da fugacidade do tempo;
  • Aparente tranquilidade, na qual se reconhece a angústia existencial do ortónimo;
  • Neopaganismo – os deuses também estão sujeitos ao Fado e alusões mitológicas;
  • Intenção didáctica dos seus versos;
  • Elogio à carência das ideias dogmáticas e filosóficas como meio de manter-se puro e tranquilo;

Aspetos formais

  • Uso de vocabulário erudito e preciso;
  • Recurso a arcaísmos;
  • Formas estróficas e métricas de influência clássica – Ode.
  • Influência latina através da anástrofe e do hipérbato;
  • Predomínio da subordinação;
  • Uso frequente de advérbios de modo;
  • Diálogo permanente com um "tu" – coloquialidade.

Linguagem

  • Linguagem erudita alatinada, quer no vocabulário, quer na construção frásica;
  • Preferência pela ode de estilo Horácio;
  • Gosto pelo gerúndio;
  • Uso do imperativo como manifestação da atitude filosófica;
  • Estilo laboriosamente trabalhado, elegante e pesado;
  • Importância dada ao ritmo.

Características estilísticas

  • Submissão das pessoas ao conteúdo: uma ideia perfeita corresponde a uma expressão perfeita;
  • Estrofes regulares com versos brancos;
  • Predominância da subordinação;
  • Uso de latinismos;
  • Metáforas, eufemismos, comparações e apóstrofes;
  • Estilo construído com muito rigor e muito denso;
  • Verdadeira sabedoria de vida e viver de forma equilibrada e serena;
  • As perífrases remetem para o contexto religioso e mitológico grego ou italiano;

Alberto Caeiro vs Ricardo Reis

É adepto do sensacionalismo, que herda do mestre Caeiro, mas ao aproximá-lo do neoclassicismo manifesta-o, num plano distinto como refere Fernando Pessoa em «Páginas Íntimas e Auto Interpretação» : «Caeiro tem uma disciplina: as coisas devem ser sentidas tais como são. Ricardo Reis tem outra disciplina diferente: as coisas devem ser sentidas, não só como são, mas também de modo a integrarem-se num certo ideal de medida e regras clássicas.».

Segue o teu destino

Mas serenamente

Imita o Olimpo

No teu coração.

Os deuses são deuses

Porque não se pensam.

E

Suave é viver só.

Grande e nobre é sempre

Viver simplesmente.

Deixa a dor nas aras

Como ex-voto aos deuses.

Vê de longe a vida.

Nunca a interrogues.

Ela nada pode

Dizer-te. A resposta

Está além dos deuses.

Segue o teu destino,

Rega as tuas plantas,

Ama as tuas rosas.

O resto é a sombra

De árvores alheias.

A realidade

Sempre é mais ou menos

Do que nós queremos.

Só nós somos sempre

Iguais a nós-próprios.

Análise Formal

Análise formal

  • 5 estrofes compostas por 5 versos (quintilha);

  • Rima branca/solta, ou seja não existe qualquer tipo de rima entre os versos;

  • Métrica irregular;

  • O sujeito poético dirige-se a um "tu" (tom coloquial).

Se/gue o/ teu/ des/ti/no,

Re/ga as/ tu/as/ plan/tas,

A/ma as/ tuas/ ro/sas.

O/ res/to é a som/bra

De ár/vo/res/ a/lhei/as.

A/ re/a/li/da/de

Sem/pre é/ mais/ ou/ me/nos

Do/ que/ nós/ que/re/mos.

Só nós somos sempre

Iguais a nós-próprios.

S

Análise da

estrutura interna

estrofe

vida

amar tudo o que a vida nos dá / amar o que a vida fez de nós

Segue o teu destino,

Rega as tuas plantas,

Ama as tuas rosas.

O resto é a sombra

De árvores alheias.

representa tudo aquilo que nos traz sofrimento e tristeza...

estrofe

momentos mais desagradáveis

a realidade é o que fazemos dela

A realidade

Sempre é mais ou menos

Do que nós queremos.

Só nós somos sempre

Iguais a nós-próprios.

por mais que tentemos nunca vamos conseguir escapar da nossa essência/ destino

ALITERAÇÃO

estrofe

viver só pode levar a um afastamento das emoções fortes, mas não o suficiente

Suave é viver só.

Grande e nobre é sempre

Viver simplesmente.

Deixa a dor nas aras

Como ex-voto aos deuses.

viver o que nos foi destinado sem tentar escapar à realidade é a forma mais pura de viver

devemos deixar a dor para trás e viver consoante o que nos foi pré-destinado

  • O poeta apresenta um tom informal, dirigindo-se a um “tu“ e à medida que vai escrevendo vai dando um conselho ao leitor menos conhecimento, menos sofrimento, maior felicidade

menos conhecimento

menos sofrimento

maior felicidade

estrofe

devemos sair da esfera da vida e posicionar-nos de forma a observar o que nos rodeia e evitar problemas

Vê de longe a vida.

Nunca a interrogues.

Ela nada pode

Dizer-te. A resposta

Está além dos deuses.

o verdadeiro significado da vida não tem uma resposta possível de alcançar.

não devemos perder tempo a questionar-nos, pois nunca a aproveitaremos se o fizermos

PERSONIFICAÇÃO

estrofe

devemos ser os nossos próprios mestres (sentimentos e vontades) de modo a alcançarmos a felicidade

Mas serenamente

Imita o Olimpo

No teu coração.

Os deuses são deuses

Porque não se pensam.

os deuses são (naturalmente) superiores a nós, pois têm a capacidade de evitar a racionalização.

É o ato de pensar que leva o Homem à inquetude e frustração

METÁFORA

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