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Exegese

Prof. Antonio Lira

Conceitos e Definições

Introdução

O que é?

O que é exegese

A exegese é a prática ou técnica de interpretar e explicar textos, especialmente textos religiosos. O termo vem do grego "exegesis", que significa "explicação" ou "interpretação". Na teologia, a exegese é usada para analisar e interpretar as Escrituras Sagradas. Ela serve para entender o contexto, o significado e a mensagem original dos textos.

A exegese é a prática de interpretar textos de maneira detalhada e cuidadosa, buscando entender o significado original pretendido pelo autor. É uma disciplina fundamental na teologia e nos estudos bíblicos.

Exegese é o estudo cuidadoso e sistemático de um texto para comentários, visando o esclarecimento ou interpretação do mesmo. É o estudo objetivando subsidiar o passo da interpretação do método analítico da hermenêutica. Este estudo é desenvolvido sob as indagações de um contexto histórico e literário.

1. Pré-requisitos para uma boa exegese

a) Tenha uma vida afinada com o Espírito Santo, pois Ele é o melhor interprete da Bíblia.

b) Vá você mesmo diretamente ao texto não permitindo que alguém pense por você, evitando assim a dependência de outra pessoa para que você desenvolva ao máximo o seu potencial próprio. (Você precisa praticar)

c) Procure o significado de cada palavra dentro do seu contexto. Deve ser tomado conforme o sentido da frase nas Escrituras, porque as palavras variam muito em suas significações.

Escolhidos em Mt 24:21

21 porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais.

22 Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados.

Contexto próximo e remoto

Contexto próximo

Jesus acabou de chorar, lamentando sobre Jerusalém no capítulo 23.

Os discípulos fazem 3 perguntas a Jesus na região do templo

Existem menções a várias coisas referentes a fé judaica em seu sermão profético a partir do versículo 15 de Mateus 24.

15 Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda),

16 então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes;

17 quem estiver sobre o eirado não desça a tirar de casa alguma coisa;

18 e quem estiver no campo não volte atrás para buscar a sua capa.

19 Ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias!

20 Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado;

Contexto Remoto

O evangelho de Mateus foi escrito para convencer os judeus que Jesus era o Cristo.

21 Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.

22 Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta:

23 Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco).

Mt 1:21-23

A Igreja não é o único povo chamado de escolhido na Bíblia:

Salmos 33:12; 105:43 ;106:5 ;135:4 ;47:4; Is 43:20; 44:1; 1 Cr 16:13; Dt 10:15

1. Pré-requisitos para uma boa exegese

a) Tenha uma vida afinada com o Espírito Santo, pois Ele é o melhor interprete da Bíblia.

b) Vá você mesmo diretamente ao texto não permitindo que alguém pense por você, evitando assim a dependência de outra pessoa para que você desenvolva ao máximo o seu potencial próprio. (Você precisa praticar)

c) Procure o significado de cada palavra dentro do seu contexto. Deve ser tomado conforme o sentido da frase nas Escrituras, porque as palavras variam muito em suas significações.

Aplicação

Aplicação da exegese

A aplicação da exegese é realizada a partir das indagações básicas sobre o contexto e o conteúdo do texto em exame.

a) Texto – O capítulo, parágrafo ou porção bíblica que encerra uma ideia completa, que se pretende estudar.

Tome como exemplo o texto que fala da ovelha perdida:

1 Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir.2 E murmuravam os fariseus e os escribas, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles. Então, lhes propôs Jesus esta parábola:4 Qual, dentre vós, é o homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la?5 Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo.6 E, indo para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.7 Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.

Lc 15:1-7

b) Contexto – A parte que antecede o texto e a parte que é precedida pelo texto.

10 Então, se aproximaram os discípulos e lhe perguntaram: Por que lhes falas por parábolas?11 Ao que respondeu: Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas àqueles não lhes é isso concedido.12 Pois ao que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.13 Por isso, lhes falo por parábolas; porque, vendo, não veem; e, ouvindo, não ouvem, nem entendem.14 De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías: Ouvireis com os ouvidos e de nenhum modo entendereis; vereis com os olhos e de nenhum modo percebereis.

Mt 13:10-14

b) Contexto – A parte que antecede o texto e a parte que é precedida pelo texto.

15 Porque o coração deste povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos e fecharam os olhos; para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, se convertam e sejam por mim curados.

16 Bem-aventurados, porém, os vossos olhos, porque veem; e os vossos ouvidos, porque ouvem.

Obs.: Às vezes tomando-se o contexto próximo do texto, é o suficiente para uma interpretação correta. Outras vezes será necessário lançar mão do capítulo inteiro, ou do livro inteiro, ou ainda da Bíblia toda.

Regras fundamentais de interpretação

REGRAS FUNDAMENTAIS DE INTERPRETAÇÃO

Vamos conhecê-las

Não devemos nos esquecer que a primeira pessoa a interpretar as Escrituras, de forma distorcida, foi o diabo. Ele deu à palavra divina um sentido que ela não tinha, falseando astutamente a verdade. (Gn 3.1)

Os seus imitadores, conscientes e inconscientes, têm perpetuado este procedimento enganando à humanidade com falsas interpretações das Escrituras Sagradas.

A maior de todas as regras é: A ESCRITURA É EXPLICADA PELA PRÓPRIA ESCRITURA, ou seja, A BÍBLIA, SUA PRÓPRIA INTERPRETE.

*As fontes históricas e notícias são fontes secundárias.

1. Primeira Regra – É preciso, o quanto seja possível, tomar as palavras em seu sentido usual e comum.

Porém, tenha-se sempre presente a verdade de que o sentido usual e comum não equivale sempre ao sentido literal.

Exemplos:

a) Gn 6.13 = A palavra CARNE (no sentido usual e comum significa pessoa)

b)A palavra CARNE (no sentido literal significa tecido muscular)

c) CARNE em Ef. 2.3 = significa desejos sensuais.(Inclinação da carne)

a) Gn 6.13 = A palavra CARNE (no sentido usual e comum significa pessoa)

13 Então, disse Deus a Noé: Resolvi dar cabo de toda carne, porque a terra está cheia da violência dos homens; eis que os farei perecer juntamente com a terra.

b)A palavra CARNE (no sentido literal significa tecido muscular)

1 Coríntios 15:39: "Nem toda carne é a mesma: uma é a carne dos homens, outra a dos animais, outra a das aves, e outra a dos peixes.

c) CARNE em Ef. 2.3 = significa desejos sensuais.(Inclinação da carne)

3 entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.

2. Segunda Regra – É de todo necessário tomar as palavras no sentido que indica o conjunto da frase em seu contexto.

a) GRAÇA em Ef 2.8 = significa misericórdia, bondade de Deus.

b) Graça em 1 Co 15:10 = Capacitação dovina para operar no ministério.

10 Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo.

1 Co 15:10

3. Terceira Regra – É necessário tomar as palavras no sentido indicado no contexto, a saber, os versículos que estão antes e os que estão depois do texto que se está estudando.

No contexto achamos expressões, versículos ou exemplos que nos esclarecem e definem o significado da palavra obscura no texto que estamos estudando.

O monte de Mc 11:23 é Literal ou simbólico?

23 porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele.

Mc 11:23

4. Quarta Regra – É preciso levar em consideração o objetivo ou desígnio do livro ou passagem em que ocorrem as palavras ou expressões obscuras.

O objetivo ou desígnio de um livro ou passagem se adquire, sobretudo, lendo-o e estudando-o com atenção e repetidas vezes, tendo em conta em que ocasião e a quais pessoas originalmente foi escrito. Alguns livros da Bíblia já trazem estas informações. Ex.: Provérbios 1.1-4.

1 Provérbios de Salomão, filho de Davi, o rei de Israel.

2 Para aprender a sabedoria e o ensino; para entender as palavras de inteligência;

3 para obter o ensino do bom proceder, a justiça, o juízo e a equidade;

4 para dar aos simples prudência e aos jovens, conhecimento e bom siso.

Pv 1:1-4

5. Quinta Regra – É necessário consultar as passagens paralelas.

Existe paralelos de palavras, paralelos de ideias e paralelos de ensinos gerais.

a) Paralelos de palavras:

Quando lemos um texto e encontramos nele uma palavra duvidosa, recorremos a outro texto que contenha palavra idêntica e assim, entendemos o seu significado.

O Devorador de Malaquias 3:10-11 é um demônio?

10 Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida.

11 Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos.

Ml 3:10-11

a) Paralelos de palavras:

22 Deles, comereis estes: a locusta, segundo a sua espécie, o gafanhoto devorador, segundo a sua espécie, o grilo, segundo a sua espécie, e o gafanhoto, segundo a sua espécie.

Lv 11:22

Joel 1:4: "O que a locusta deixou, o gafanhoto comeu; o que o gafanhoto deixou, o pulgão comeu; e o que o pulgão deixou, o devorador comeu."

Nesse contexto, o "devorador" é um inseto que participa da destruição das colheitas.

b) Paralelos de Ideias

Para conseguir ideia completa e exata do que ensina determinado texto, talvez obscuro ou discutível, consulta-se não somente as palavras paralelas, mas os ensinos, as narrativas e fatos contidos em textos ou passagens que se relacionem com o dito texto obscuro ou discutível. Tais textos ou passagens chamam-se paralelos de ideias.

Ex.: "Sobre esta pedra edificarei a minha igreja". (Mt 16.16-18) Quem é esta pedra?

Se pegarmos em I Pe 2.4, a ideia paralela: "E, chegando-vos para ele, (Jesus) pedra viva..." entenderemos que a pedra é Cristo.

Daniel 2 :45 como viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro. O Grande Deus fez saber ao rei o que há de ser futuramente. Certo é o sonho, e fiel, a sua interpretação.

c) Paralelos de ensinos gerais

Para a correta interpretação de determinadas passagens não são suficientes os paralelos de palavras e de ideias, é preciso recorrer ao teor geral, ou seja, aos ensinos gerais das Escrituras.

Os anjos tiveram relação com mulheres em Gn 6?

Os anjos não se reproduzem: Mt 22:30 "Porque, na ressurreição, nem casam, nem se dão em casamento; são, porém, como os anjos no céu."

Anjos são espíritos e não possuem carne: Hb 1:14 "Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação?"

Figuras de Retórica

Retórica

Retórica

A retórica é a arte de usar a linguagem de forma eficaz e persuasiva. Ela tem origens na Grécia Antiga e foi amplamente desenvolvida por filósofos como Aristóteles, que a definiu como "a capacidade de identificar, em cada caso, os meios de persuasão disponíveis".

Na prática, a retórica envolve técnicas para expressar ideias de modo impactante, seja por meio de discursos, textos escritos ou até conversas.

Figuras de Retórica

1. Metáfora

Esta figura tem por base alguma semelhança entre dois objetos ou fatos, caracterizando-se um com o que é próprio do outro.

Exemplo: Ao dizer Jesus: "Eu Sou a Videira Verdadeira", Jesus se caracterizou com o que é próprio e essencial da videira (pé de uva); e ao dizer aos discípulos: "Vós sois as varas", caracterizou-os com o que é próprio das varas.

Essa metáfora sugere que para os discíplulos darem fruto precisariam estar ligados a ele.

Outros exemplos: "Eu Sou o Caminho", "Eu Sou o Pão Vivo.

Figuras de Retórica

2. Sinédoque

A sinédoque é uma figura de linguagem que consiste em usar uma parte para representar o todo ou o todo para representar uma parte. Na Bíblia, há vários exemplos dessa figura de linguagem. Aqui estão alguns:

1-"Pão nosso de cada dia" (Mateus 6:11): Neste caso, "pão" é usado como uma sinédoque para representar alimento em geral.

2-"E, tomando o cálice, e, havendo dado graças, deu-lho; e todos beberam dele" (Marcos 14:23): O "cálice" é usado como sinédoque para representar o conteúdo do cálice, que é o vinho.

3-"Toda a carne é como a erva" (Isaías 40:6): Aqui, "carne" é usada como sinédoque para representar a humanidade.

Figuras de Retórica

3. Metonímia

A metonímia é uma figura de linguagem em que uma coisa é designada pelo nome de outra, com a qual tem uma relação de contiguidade. Na Bíblia, há diversos exemplos de metonímia. Aqui estão alguns:

1-"Comerás do trabalho das tuas mãos" (Salmos 128:2): Aqui, "trabalho das tuas mãos" é uma metonímia que representa o fruto do trabalho, ou seja, o alimento e os ganhos obtidos pelo trabalho.

2-"Até quando, Senhor, clamar-te-ei, eu, e tu não escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás?" (Habacuque 1:2): A palavra "violência" é usada como metonímia para representar atos violentos ou injustos.

Figuras de Retórica

4. Prosopopeia

A prosopopeia, também conhecida como personificação, é uma figura de linguagem que atribui características humanas a seres inanimados, animais ou conceitos abstratos. Aqui estão alguns exemplos de prosopopeia na Bíblia:

1-"Os montes e os outeiros romperão em cânticos diante de vós, e todas as árvores do campo baterão palmas." (Isaías 55:12): Neste versículo, os montes e as árvores são descritos como se pudessem cantar e bater palmas, o que são características humanas.

2-"Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia a obra das suas mãos." (Salmos 19:1): Neste caso, os céus e o firmamento são descritos como se pudessem proclamar e anunciar, o que são ações tipicamente humanas.

Figuras de Retórica

5. Ironia

Faz-se uso desta figura quando se expressa o contrário do que se quer dizer, porém sempre de tal modo que se faz ressaltar o sentido verdadeiro.

Exemplo: "Clamai em altas vozes... e despertará." Elias dá a entender que chamar por Baal é completamente inútil. (1 Rs 18.27)

27 Ao meio-dia, Elias zombava deles, dizendo: Clamai em altas vozes, porque ele é deus; pode ser que esteja meditando, ou atendendo a necessidades, ou de viagem, ou a dormir e despertará.

1 Rs 18:27

Figuras de Retórica

6. Hipérbole

A hipérbole é uma figura de linguagem que consiste no uso de exagero intencional para enfatizar ou dramatizar uma ideia. Aqui estão alguns exemplos de hipérbole na Bíblia:

1-"Os filhos de Israel se multiplicaram e encheram a terra." (Êxodo 1:7): Aqui, a frase "encheram a terra" é uma hipérbole para enfatizar o crescimento rápido e numeroso dos filhos de Israel.

2-"Os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos." (Isaías 55:9): Aqui, a comparação da altura dos céus com a terra é uma hipérbole usada para enfatizar a grandeza e superioridade dos caminhos e pensamentos de Deus.

7. Alegoria

A alegoria é uma figura de linguagem que consiste em usar uma narrativa, personagens ou eventos simbólicos para representar ideias ou conceitos abstratos.

1-A Armadura de Deus (Efésios 6:10-18):

Nesta passagem, Paulo usa a alegoria da armadura para descrever as virtudes e ferramentas espirituais que os cristãos devem usar para se proteger contra as forças do mal. A "couraça da justiça", o "escudo da fé" e o "capacete da salvação" são exemplos de elementos desta alegoria.

2-O Bom Pastor (João 10:1-18):

Jesus se descreve como o Bom Pastor que cuida de suas ovelhas, simbolizando a relação de cuidado e proteção que Ele tem com seus seguidores. As ovelhas representam os crentes que ouvem e seguem a sua voz.

8. Fábula

Na Bíblia, a fábula é uma figura de linguagem rara, mas é utilizada para transmitir ensinamentos morais e espirituais através de histórias curtas com personagens, geralmente animais, que possuem características humanas. Um exemplo notável de fábula na Bíblia é a seguinte:

A Fábula de Jotão (Juízes 9:7-15):

Nesta passagem, Jotão conta uma fábula aos habitantes de Siquém para adverti-los sobre a escolha de Abimeleque como rei. Na fábula, as árvores procuram um rei para governá-las e fazem propostas à oliveira, à figueira e à videira, mas todas recusam. Finalmente, as árvores se voltam para o espinheiro, que aceita a proposta, mas impõe condições. A fábula ilustra a insensatez de escolher líderes inadequados e as consequências de tal escolha.

9. Enigma

O enigma é uma figura de linguagem que apresenta uma mensagem obscura ou enunciada de maneira ambígua, desafiando o ouvinte ou leitor a decifrá-la. Na Bíblia, há exemplos notáveis de enigmas. Aqui está um:

O Enigma de Sansão (Juízes 14:12-14):

Sansão propôs um enigma aos filisteus durante seu banquete de casamento. O enigma era: "Do que come saiu comida, e do forte saiu doçura." Este enigma fazia referência ao leão que Sansão matou e no qual um enxame de abelhas fez mel. O enigma se refere ao fato de que Sansão comeu o mel que veio do corpo do leão.

10. Tipo

Na Bíblia, um "tipo" é uma figura ou evento do Antigo Testamento que prefigura ou simboliza uma realidade futura no Novo Testamento. Isso é conhecido como tipologia. Aqui estão alguns exemplos de "tipos" na Bíblia:

1-Adão como tipo de Cristo: Em Romanos 5:14, Paulo descreve Adão como um tipo de Cristo. O "Primeiro Adão" através do qual o pecado entrou no mundo, enquanto Cristo é o "último Adão" que traz a redenção.

2- O cordeiro pascal: Em Êxodo 12, o cordeiro pascal é um tipo de Cristo, o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (João 1:29). Assim como o sangue do cordeiro pascal protegeu os israelitas do anjo da morte, o sangue de Cristo nos protege do julgamento.

11. Símbolos

Símbolos são representações de ideias, conceitos ou realidades através de imagens, objetos ou ações que possuem um significado mais profundo. Na Bíblia, os símbolos são usados com frequência para transmitir ensinamentos espirituais e verdades teológicas. Aqui estão alguns exemplos de símbolos na Bíblia:

1-Água viva:

Jesus usa a expressão "água viva" como símbolo da vida espiritual e da satisfação eterna que Ele oferece a todos que creem nele (João 4:10-14).

2- Óleo:

O óleo é frequentemente usado como símbolo do Espírito Santo e da unção divina. No Antigo Testamento, reis e sacerdotes eram ungidos com óleo como um sinal de consagração (1 Samuel 16:13).

12. Parábola

As parábolas são histórias curtas e simples usadas para ensinar lições morais ou espirituais, frequentemente empregadas por Jesus para comunicar suas mensagens de maneira acessível e memorável.

Parábola do Filho Pródigo (Lucas 15:11-32):

Esta parábola conta a história de um filho que pede sua herança, gasta tudo em uma vida dissoluta e, arrependido, volta para casa, onde é recebido com alegria e perdão por seu pai. A parábola ilustra a misericórdia e o perdão de Deus para com os pecadores arrependidos.

13. Símile

Claro! Um símile é uma figura de linguagem que compara diretamente duas coisas diferentes usando as palavras "como" ou "tal qual" para destacar uma semelhança entre elas. Aqui estão alguns exemplos de símile na Bíblia:

1- "A sua palavra era no meu coração como fogo ardente" (Jeremias 20:9): Aqui, a palavra de Deus é comparada a um fogo ardente para transmitir a intensidade com que Jeremias sente a mensagem divina.

2- "Pois ele será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor" (Jeremias 17:8): Neste caso, a pessoa que confia no Senhor é comparada a uma árvore plantada junto às águas, destacando sua segurança e estabilidade.

14. Interrogação

A interrogação é uma figura de linguagem que consiste em fazer uma pergunta para expressar uma afirmação, sugestão ou emoção, sem esperar necessariamente uma resposta. Na Bíblia, a interrogação é usada para enfatizar pontos importantes ou para provocar reflexão. Aqui estão alguns exemplos de interrogação na Bíblia:

"Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?" (1 Coríntios 15:55): Estas perguntas retóricas são usadas para expressar o triunfo sobre a morte através da ressurreição de Jesus Cristo.

"Porque que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma?" (Mateus 16:26): Jesus usa essa pergunta retórica para destacar a importância da salvação da alma em comparação com os ganhos materiais.

15. Apóstrofe

A apóstrofe é uma figura de linguagem que consiste em dirigir a palavra a alguém ou algo que não está presente, geralmente de forma enfática ou emocionada. Na Bíblia, essa figura de linguagem é usada para expressar sentimentos profundos e invocar a presença de Deus ou de outras figuras importantes. Aqui estão alguns exemplos de apóstrofe na Bíblia:

1-"Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?" (Mateus 27:46): Jesus, na cruz, dirige-se a Deus de forma direta e emocional, expressando sua angústia e sentimento de abandono.

2- "Ó Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados!" (Mateus 23:37): Jesus dirige-se à cidade de Jerusalém, personificando-a e lamentando suas ações.

16. Antítese

A antítese é uma figura de linguagem que consiste na oposição de palavras ou ideias em uma mesma frase para criar um contraste marcante. Na Bíblia, a antítese é usada para destacar contrastes importantes e enfatizar ensinamentos. Aqui estão alguns exemplos de antítese na Bíblia:

1- "Porque, como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo." (1 Coríntios 15:22): Este versículo contrasta a morte em Adão com a vida em Cristo.

2- "O espírito está pronto, mas a carne é fraca." (Mateus 26:41): Jesus contrasta a prontidão do espírito com a fraqueza da carne.

17. Provérbio

Os provérbios são ditos curtos e concisos que transmitem sabedoria prática, ensinamentos morais e verdades espirituais. Na Bíblia, o Livro dos Provérbios é uma coleção de tais ditos, atribuídos principalmente ao rei Salomão. Aqui estão alguns exemplos de provérbios na Bíblia:

1- "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é entendimento." (Provérbios 9:10): Este provérbio destaca a importância do temor e reverência a Deus como fundamento da sabedoria.

2- "A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira." (Provérbios 15:1): Este provérbio ensina sobre o poder das palavras e a importância de uma comunicação pacífica.

18. Paradoxo

O paradoxo é uma figura de linguagem que apresenta ideias ou afirmações aparentemente contraditórias, mas que, ao serem analisadas mais profundamente, revelam um significado coerente e verdadeiro. Aqui estão alguns exemplos de paradoxo na Bíblia:

1- "Os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos." (Mateus 20:16): Esta afirmação de Jesus parece contraditória, mas ressalta a inversão de valores no Reino de Deus, onde a humildade e o serviço são exaltados.

2- "Quando estou fraco, então é que sou forte." (2 Coríntios 12:10): Paulo usa este paradoxo para expressar que, em sua fraqueza, ele experimenta a força e o poder de Deus.

Conclusão.

O que temos estudado aqui é apenas subsídio para uma interpretação mais segura. De maneira nenhuma queremos com isto substituir o método mais antigo e eficaz que existe: A leitura humilde regada de oração, jejum, e na total dependência do maior interprete das Escrituras Sagradas – O Espírito Santo.

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