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Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo nasceu em Lisboa e foi um escritor, historiador e jornalista português, sendo um dos principais autores do romantismo em Portugal.
Frequentou o Colégio da Congregação do Oratório entre 1820 e 1825. Fez um curso de comércio e em seguida de diplomacia. Estudou ainda francês, inglês e alemão. Aderiu às ideias da Europa do seu tempo, não apenas ao movimento literário, Romantismo, mas naturalmente à vertente política, que privilegiava a liberdade dos povos e as monarquias constitucionais. O seu envolvimento numa revolta militar em 1831, obrigou-o a fugir e a procurar refúgio em Inglaterra e, posteriormente, em França. Regressou a Portugal no exército liberal e foi soldado durante a guerra civil. Foi deputado e chegou a desempenhar cargos políticos, mas manifestou a sua desilusão com a política e a vida pública.
Deixou uma importante obra literária, sobretudo romances históricos, mas também peças de teatro, poesia e ensaios, opúsculos e reflexões sobre o Estado, a sociedade e a Igreja de Portugal. Foi o introdutor do Romantismo, a par de Almeida Garrett. Contudo, o seu maior contributo foi no campo da História. Pode afirmar-se que Alexandre Herculano foi o primeiro historiador moderno português, tendo-se dedicado, sobretudo, ao estudo das origens de Portugal e dos problemas políticos e sociais da Idade Média, assim como à publicação de documentos, de forma crítica e rigorosa.
Assume particular relevância a sua História de Portugal, em vários volumes, que continua a ser um trabalho de grande valor e de importância fundamental para os medievalistas dos nossos dias. Algumas das principais obras de Alexandre Herculano são: "A harpa do crente"(1838), "O bobo"(1843), "Poesisas"(1850), "Lendas e narrativas"(1851), "História de Portugal", 4 volumes(1846-1853) "História da Origem e Estabelecimento da Inquisição em Portugal" )1854-1859), "A crente na liberdade" (1860), "Os infantes em Ceuta" (1842), sendo destes dois últimos escritos para teatro.
TEMPO:
A ação decorre no ano de 1401, século XV. No entanto, ao longo da obra somos ainda remetidos a acontecimentos entre 1385 e 1433.
Espaço físico: A obra decorre no Mosteiro da Batalha, ou como era conhecido, Mosteiro De Santa Maria Da Vitória.
Espaço social: A população vai desde frades que o habitam, a trabalhadores e pequenos comerciantes que acabam por se instalar aos arredores do mosteiro a fim de dar cabo ás necessidades da vila que ali começa sua fundação.
“O dia 6 de janeiro do ano da redenção 1401”
Cavaleiro-Militar pertencente à cavalaria;
Cavalaria-Tropa que antigamente utilizava o cavalo e modernamente se serve de veículos motorizados e blindados;
Pajem-Rapaz nobre que acompanhava um príncipe ou um fidalgo na guerra; escudeiro;
Armada-Conjunto de navios e tropas de mar que pertencem a uma nação; esquadra, frota;
Gibão-Antiga veste sem mangas;
Brial-Túnica que os cavaleiros usavam sobre as armas;
Jorneia -Antiga veste, manto largo aberto aos lados e sem mangas;
Cota-Peça da armadura usada antigamente por cavaleiros para os defender dos golpes dos adversários;
Braçal-Peça que protege o braço;
Pelejadores- Aqueles que batalham.
Besteiros
Espada
Lança
Arcada: Sucessão de arcos.
Bandeira: Caixilho ou quadro situado na parte superior de portas e janelas
cinzel: Instrumento de corte manual.
Abóbada: É uma construção, em forma de arco, que cobre um determinado espaço compreendido entre pilares ou coluna.
Capitel: Parte superior e mais larga de um pilar ou coluna.
Mainel:Coluna de pedra que divide em duas partes um vão ou uma concavidade, separação intermédia de um caixilho de uma janela com várias vidraças.
Cornija: É uma faixa horizontal que se destaca na parede, com finalidade de acentuar as nervuras nela empregadas.
Afonso Domingues- Idade avançada de barba branca comprida e ficou cego, fiel às suas ideais, determinado, nobre, incompreendido, honrado, patriota e nacionalista. É um grande arquiteto português que construiu o claustro real e a sala do capítulo. Foi o Mestre arquiteto a quem se ficou a dever a traça original do Mosteiro da Batalha.
Mestre Ouguet -Arquiteto Irlandês que sucedeu Afonso Domingues na construção da abóbada do mosteiro da batalha em 1402 dirigindo as obras até 1438;
D.João I- Mestre de Avis foi o legitimo vencedor da Batalha de Aljubarrota tendo depois ocupado o cargo de rei de Portugal. Foi quem ordenou a construção do Mosteiro da Batalha.
Frei Luís Lourenço- Frade Dominicano, foi o primeiro prior do convento Dominicano da Batalha;
Frei Joane- Procurador do mosteiro;
Ana Margarida- Ama de Mestre Afonso Domingues.
Comitiva do Rei;
Frades Dominicanos- Receberam o mosteiro doado por D.João I;
Joao de Regras e Martim de Océm – Faziam parte do conselho de D.João l;
Álvaro Vaz de Almada-Pajem;
Brites de Almeida- A padeira de Aljubarrota (símbolo patriota);
Prisioneiros;
Obreiros;
Fernão de Évora;
Martim Vasques;
Povo.
Início da obra e remete-nos aos início da construção do Mosteiro Da Batalha.
4 meses depois da promessa de Mestre Afonso Domingues que consistia em ficar três dias, debaixo da abóbada sem comer e sem beber para provar a confiança que depositava na sua obra. Assim foi e Mestre Afonso cumpriu a promessa, no terceiro dia a abóbada permanecia mas este não aguentou ao jejum e acabou por falecer.
Drama em prosa: Afonso Domingues projeta uma abóbada para o Mosteiro da Batalha, porém a cegueira o afeta e julgam-no incapaz de realizar a obra. A construção passa para as mãos de outro arquiteto que falha. Depois Afonso Domingues é encarregado novamente do projeto de construir a abobada e executa com sucesso;
Pag6- linha 7 Exemplo de nacionalismo quando Mestre Afonso diz “mandaram escrever um estrangeiro” e de sentimentalismo através da utilização de pontos de exclamação, perguntas retoricas, reticências e varias enumerações para dar mais expressividade, ritmo e teatralidade e transmitir emoção à obra; afeto entre personagens e apoio na página27 "D. João I é assaz nobre e generoso,..."
Pag7-linha4- Historicismo ao serem referidos acontecimentos históricos e patriotismo em “cumpre ser portuges; cumpre ter vivido com a revolução que pôs no trono o Mestre de Avis“ e o egocentrimo.
Pag8-linha22- ditado popular ”Voz do povo é voz de Deus ou Voz do povo é a voz do Diabo”
Pag33-linha13-criação do herói nacional/ romântico” Se essa abóbada desabar, sepultar-me-á em suas ruínas: nem eu quisera encetar, depois de velho, uma vida desonrada e vergonhosa”
radical "sepultar", pronome pessoal "me", "á" como desinência do futuro.
radical "saber", pronome pessoal "o".
radical "despir" com desaparecimento do "r", pronome pessoal "os", desiniência de futuro "ei".
radical "perdo"com desiniência do imperativo "ai", pronome pessoal "me".
varrê-la-ei
radical "negar", pronome pessoal "vos", desiniência de futuro "ei".
radical "varrer" com desaparecimento do "r" e acento no "e", pronome pessoal "a", desiniência de futuro "ei".
perder-se-á
radical "perder", pronome pessoal "se", desiniência de futuro "á".
Quanto à presença, o narrador revela-se heterodiegético, isto é, não participante já que utiliza a 3ª pessoa para referir os acontecimentos. Em relação à ciência, este revela-se omnisciente, sabe tudo inclusive aquilo que as personagens pensam.
"...e mestre Ouguet dizia consigo, olhando para a porta por onde eles haviam passado:
– Pobres ignorantes! Que seria o vosso Portugal sem estrangeiros, senão um país sáfaro e inculto?... ademanes e trejeitos usados em
semelhantes autos.
Mestre Ouguet estava embebido neste mudo solilóquio..."
Exemplo que o comprova: página 14, linhas 27-35.
Comparação: "Não vedes essas fendas, profundas como o caminho do Inferno?!"(página 20, linhas 9-10); "Um ruído, semelhante ao de cem bombardas que se houvessem disparado dentro do mosteiro" (página 22, linhas 20-21).
Enumeração: "cada coluna, cada mainel, cada fresta, cada arco" (página 8, linhas 10-11); "Os cavaleiros da comitiva, os frades, os três reis magos (que ainda estavam em pé sobre o tablado) e grande parte do povo tomaram o mesmo caminho." (página 23, linhas 11-13).
Metáfora: "Em Aljubarrota foi escrito o documento à ponta de
lança por mão castelhana..."(página 7, linhas 20-21);
"...com grande dissabor do poeta, que via murchar a coroa de louros que neste auto esperava obter." (página 19, linhas 21-22).
Personificação: "destes dias, enfim, em que a Natureza sorri como a furto, rasgando o denso véu da estação das tempestades." (página 3, linhas 19-20); "Subindo ao cadafalso, disseram como uma estrela os guiara até Jerusalém" (página 17, linha 12).
Ironia:" De resto, David Ouguet era bom homem, excelente homem: não fazia aos seus semelhantes senão o mal absolutamente indispensável ao próprio interesse; nunca matara ninguém, e pagava com pontualidade exemplar ao alfaiate e ao merceeiro. Prudente, positivo, e prático do mundo, não o havia mais..."(página 12, linhas 24-27).
Surgem então algumas personificações para que, mais uma vez o leitor tenha a percação do estado da Natureza e que até esta mudara o seu estado (no primeiro exemplo) e para recontar acontecimentos atribuindo caracteristicas, neste caso a uma estrela. A ironia surge para que, em tom satírico, se destaquem as características de Mestre Ouget.
São utilizadas enumerações para dar um ritmo acrescido e alguma teatralidade à obra e ainda para que a ideia que pretende passar ao leitor seja mais clara. Quanto às comparações e metáforas, estas são utilizadas para que o leitor tenha exatamente a perceção pretendida.
Apóstrofe: "Guarde-vos Deus, mestre Afonso Domingues!" (página33);
"Álvaro Vaz, acompanhai este nobre cavaleiro a sua pousada." (página 29)
Antítese: "...de todo o
ruído e algazarra que poucas horas antes soava por aqueles contornos, apenas traspassavam pelas
frestas e portas do templo os sons do órgão, soltando a espaços as suas melodias, que
sussurravam e morriam ao longe, suaves como pensamento do Céu." (página 5)
A apóstrofe surge para interpelar neste caso, essas duas personagens e tem a função de vocativo. Já a antítese surge como contraste entre o ruído e a suavidade e serenidade do som do orgão.
Aparece na Bíblia, mas não se sabe ao certo quem escreveu e a data em que o fez, supõe-se apenas que tenha sido escrito antes do tempo de Jesus.
Poema épico latino escrito por Virgílio no século I a.C.
Duas obras que foram escritas com grande orgulho, brio e que, assim como a reconstrução da abóbada que deu origem à obra de Alexandre Herculano, foram feitas por encomenda.
É um poema de viés épico e teológico da literatura italiana e mundial, escrito por Dante Alighieri no século XIV e dividido em três partes: o Inferno, o Purgatório e o Paraíso. Foi utilizada por pintores para criarem obras inspiradas nas suas histórias, assim como aconteca na Abóbaa com Mestre Afonso Domingues ao ver a sua abóbada.
O ouro é vil:
Expressão usada para se referir ao dinheiro, como anteriormente o dinheiro não circulava em papel e sim em moedas de ouro representava o "vil metal" ou seja, o "dinheiro do mal", já que o dinheiro corrompe a pessoa. Na obra é utilizada para dar valor à inteligência do Homem e não ao dinheiro.
Surge para simbolizar o valor à pátria Portuguesa, aquilo que ele e as suas tropas fizeram por Portugal e pela liberdade do povo português.
Surge na obra de modo a destacar quem deveria ser a pessoa que levanta a abóbada do Mosteiro de Santa Maria Da Vitória, quem lutou para lá estar e pelos maltratos do Homem para com a mulher.
https://prezi.com/pxcj2erftemd/a-abobada/
https://prezi.com/wjos-fhxucpk/a-abobada/
https://sentirportugus.blogspot.com/2015/11/lendas-e-narrativas-alexandre-herculano_65.html
https://prezi.com/pxcj2erftemd/a-abobada/ ~
http://ensina.rtp.pt/artigo/uma-biografia-de-alexandre-herculano/
https://www.ebiografia.com/alexandre_herculano/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eneida
"A Abóbada"- Alexandre Herculano