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CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA

Fernando Lima

Enfermeiro Sanitarista e Emergencista

2018

INTRODUÇÃO

A ventilação mecânica (VM) é um dos principais recursos de suporte à vida utilizados em UTI. Entende-se por ventilação mecânica o emprego de uma máquina que substitui, total ou parcialmente, a atividade ventilatória do paciente, com o objetivo de restabelecer o balanço entre a oferta e demanda de oxigênio, diminuindo a carga do trabalho respiratório de pacientes em insuficiência respiratória.

Esta assistência pode ser realizada de forma invasiva (após intubação traqueal) ou não-invasiva (por meio de máscaras faciais).

CINTRA, 2008.

INDICAÇÃO

INDICAÇÃO

Equilíbrio ácido-básico

A ventilação mecânica é indicada quando o paciente não consegue manter uma troca gasosa eficiente, para a diminuição do trabalho respiratório, ou ainda em algumas situações especiais, como por exemplo: hipertensão intracraniana, estabilizar a parede torácica,reverter a fadiga muscular ventilatória ou ainda choque

séptico. Para iniciar a ventilação mecânica, alguns fatores devem ser considerados, são eles: os parâmetros clínicos e a avaliação funcional respiratória.

pH

pCO2

SaO2

pO2

OBJETIVOS

OBJETIVOS CLÍNICOS

Reverter:

Hipoxemia;

Acidose respiratória;

Fadiga muscular;

Hipertens. Intracran.

Atuar:

Desconforto resp.;

Atelectasias;

Consumo de O2 sistêmico e

miocárcico.

Nurse’s Name

VENTILAÇÃO

CONTROLADA A VOLUME

VENTILAÇÃO CONTROLADA

Na ventilação com volume controlado, ocorrerá o inicio do ciclo respiratório de acordo com uma frequência respiratória (ciclos por minuto) predeterminada, geralmente de 10 a 24 ciclos por minuto. O fluxo respiratório será constante e predeterminado e o ciclo respiratório terminará

após ser atingido o volume-corrente predeterminado, caracterizando o ciclo respiratório controlado à volume.

CARVALHO; TOUFEN JÚNIOR; FRANCA, 2007. p 56.

SEDAÇÃO

SEDAÇÃO

Os pacientes criticamente doentes frequentemente precisam de intervenções farmacológicas para a analgesia, sedação, controle da ansiedade e facilitação da ventilação mecânica

MORTON, 2007, p. 544

DIAZEPÍNICOS

Sedativos, hipnóticos, anticonvusivantes, e relaxantes musculares. Possuem ação central, são facilitadores da atividade inibitória do GABA

ZUÑIGA, 2004, p. 34

DIAZEPAM

DIAZEPAM

Altamente esclerosante, não devendo ser administrada em veias de

pequeno calibre.

MIDAZOLAM

MIDAZOLAM

(Dormonid)

Possibilidade de reatividade cruzada com outro benzodiazepínico, é quatro vezes mais forte que o diazepam

FLUMAZENIL

FLUMAZENIL

É um antagonista benzodiazepínico.

HIPNOANALGÉSICOS

HIPNOANALGÉSICOS

Opióides são analgésicos e sedativos. São amplamente utilizados para facilitar a

adaptação à ventilação artificial, pois inibem a tosse e provocam depressão

respiratória

(ZUÑIGA, 2004, p. 34 - 35

FENTANILA

FENTANILA

É um analgésico narcótico de ação rápida, curta duração e 100 vezes

mais potente que a morfina.

MEPERIDINA

MEPERIDINA

É um potente analgésico, possui 10% da potência da morfina.

Produz analgesia e sedação.

PROPOFOL

PROPOFOL

Hipnótico que produz depressão do SNC dose-dependente, similar as do

benzodiazepínicos e barbitúricos. Indução anestésica.

NALOXONA

Reverte os efeitos dos opióides, incluindo depressão respiratória e

hipotensão.

PARÂMETROS

PARÂMETROS

PEEP

FR

I:E

FLUXO

5 - 6 x VC/Min

VC

FiO2

6 - 10 ml/Kg

ASSISTÊNCIA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

NEPOMUCENO, 2015, p. 66.

• Testar o ventilador mecânico antes da utilização;

• Trocar circuitos e acessórios ventilatórios a cada 15 dias;

• Trocar filtro e umidificador a cada 48 hs;

• Trocar sistema fechado de aspiração traqueal a cada 24hs;

• Substituir a água dos nebulizadores e umidificadores a cada 24hs;

• Retirar o excesso de água condensado nos circuitos;

VENTILADOR E ACESSÓRIOS

• Assegurar que o circuito esteja livre de dobras e compressões;

• Manter higiene adequada do sistema;

• Utilizar cânulas endotraqueais e traqueóstomos com balonete de baixa pressão;

• Controlar pressão interna do balonete;

• Fixar corretamente o tubo orotraqueal;

• Verificar o procedimento de desinfecção e esterilização do equipamento usado.

PACIENTES

• Sedação;

• Avaliar nível de consciência;

• Modo de ventilação;

• Cabeceira elevada em 30°;

• Fixação da cânula traqueal;

• Proteger a pele da face;

• Avaliar sinais e sintomas de barotrauma;

• Sinais de atelectasia;

• Sinais de instabilidade hemodinâmica;

• Pele limpa e seca em torno da cânula e evitar pressão.

PACIENTES

Avaliar:

• FR, SaO2, gasometria, níveis de Hb e ausculta pulmonar;

• Sinais de infecção pulmonar: hipertermia, leucocitose, contagem de bastonetes superior a 10%, secreção traqueobrônquica purulenta, cultura positiva de secreção das vias aéreas;

ASPIRAÇÃO

• Lavagem das mãos;

• Explicar o procedimento ao paciente;

• Utilizar sondas maleáveis de calibre adequado;

• Assegurar rigor asséptico nas aspirações e curativos de traqueostomia;

• Aspirar secreções traqueobrônquicas sempre que necessário, e avaliar características das secreções;

• A duração de cada aspiração não deve ser superior a 10 segundos;

• Hiperoxigenar e hiperventilar antes e depois de cada aspiração.

DESMAME

• Avaliar nível de consciência;

• Observar e monitorizar sinais vitais e monitorização cardíaca;

• Monitorar trocas gasosas e padrão respiratório;

• Controlar infecção hospitalar;

• Orientar exercícios;

• Manter decúbito elevado;

• Controlar nível nutricional;

• Controlar alterações no padrão de sono e repouso;

• Controlar analgesia e sedação;

• Realizar com equidade, universalidade todos os cuidados para que o paciente se sinta seguro e respeitado;

• Cada cuidado realizado com princípio humanizado, equivale a dezenas de cuidados realizados por obrigação.

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