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Este material foi produzido para uma aula on line com uso do material do Sistema Bernoulli de Ensino.
A "historia única" é aquela contada apenas por um dos lados, normalmente, o dos vencedores. Ela vem sendo constituida e reproduzida por meio do desconhecimento das diferentes realidades, que levam à reprodução de estereótipos preconceituosos. Assim, ela tem o poder de desumanizar um povo, de dificultar a aceitação da alteridade. No entanto por outro lado, também tem o poder de reerguer sociedades e culturas.
Ao sul do Saara, na paisagem das savanas e estepes nasceram grandes reinos africanos. O mais antigo e duradouro deles, Gana, ficou conhecido como o “país do ouro”, tal a riqueza que acumulou.
Mali (séculos XIII a XV) absorveu o antigo reino de Gana e estendeu seus domínios até a costa atlântica. O comércio de sal, a exploração de ouro e o controle das rotas transaarianas fortaleceram e prosperam o reino de Mali e enriqueceram suas cidades de Tombuctu, Djené e Gao.
Como exemplo, podemos citar a sociedade Macua, ao norte de Moçambique, onde a herança das propriedades ocorria de mães para filhas, e os filhos pertenciam à linhagem materna. Nessa sociedade, o homem governante deveria contar com uma mulher (uma irmã, por exemplo) no papel de conselheira, sendo que as mulheres também orientavam as atividades económicas.
As chamadas candaces comandavam algumas cerimonias religiosas, estabeleciam relações diplomáticas com outros povos e chegaram a chefiar exércitos. Destaca-se também algumas organizações sociais da cultura iorubá grupo etnolinguístico da África Ocidental — que tinham a crença de que a mulher que se tornava mãe adquiria poderes divinos. De acordo com essa cultura, a figura feminina era de grande relevância, uma vez que a perpetuação dos seres humanos dependia dela. Pode-se observar que, diferentemente da tradição patriarcal europeia, várias sociedades africanas tinham um entendimento distinto em relação ao papel feminino.
Há também a presença de pequenas sociedades que se organizam baseadas em graus de parentesco. Nelas, existem distinções entre padrões matrilineares e patrilineares, em que o poder político baseava-se na gerontocracia. Nesse
sistema, os mais velhos controlavam os meios de produção e reprodução, além das decisões, que deveriam ser respeitadas pelo restante do grupo.
Além desse rico patrimônio material, também se destaca a cultura imaterial. Algumas sociedades africanas não utilizavam a escrita, portanto, suas narrativas são fontes históricas importantíssimas para compreender suas tradições e para a preservação da memória desses povos. Uma das principais fontes orais são os relatos dos griôs ou griots, que exercem um papel ativo até hoje. Os griôs são mulheres e homens contadores de histórias, que, muitas vezes, utilizam a dança e / ou a música para relembrar histórias antigas do seu povo. No passado, a sua importância era reconhecida pelos inimigos nas guerras, que poupavam sua vida para garantir a preservação da memória. No Brasil, inclusive, existe um projeto de lei "para proteção e fomento à transmissão dos saberes e fazeres de tradição oral" (Projeto de Lei 1 786/2011), que é conhecido como Lei Griô.
Máscaras: significado espiritual, religioso, usadas em rituais de casamentos, nascimentos, funerais ou mesmo cura. Pode se relacionar à cultura material africana.
Bongó: é um instrumento musical africano. Em termos físicos, ele pode se relacionar à cultura material, uma vez que é um elemento sólido que pode conter significados históricos para a composição de uma determinada cultura. Se levarmos em consideração os aspectos musicais que o som produzido pelo instrumento pode conter, abordamos a cultura imaterial presente nessa musicalidade, outra característica que pode se associar aos modos de vida de determinadas comunidades.
Griôs: é o individuo que preserva e transmite a história, conhecimento e canções dos seus povos, na África
Ocidental. A tradição oral transmitida pelos griôs faz parte da cultura imaterial de algumas sociedades.
Fabricação de cerâmica: faz parte da arte produzida dentro do continente, no caso da imagem, a Etiópia.
A fabricação da cerâmica, por ser um conhecimento transmitido de individuo para indivíduo, faz parte da
cultura imaterial. Já a cerâmica em si faz parte da cultura material, demonstrando os conhecimentos e traços especificos de quem produziu ou de onde foi produzida.
A intensa produção de ouro formava o pilar de sustentação do reino de Gana. Cidades importantes
foram desenvolvidas, como a capital Kumbi Saleh e o centro comercial de Audagoste. O apogeu dessa civilização ocorreu entre os séculos VII e IX, quando
as atividades de extração de ouro e o comércio de vários produtos, como sal, tecidos, cavalos e tâmaras, permitiram a integração económica do reino regiões do norte da África, Egito e Sudão.
Muitas são as lendas em torno das grandezas desse rei. Uma delas o aponta como o homem mais rico que já existiu no mundo, que ampliou o comércio com os árabes e manteve intenso contato com os povos muçulmanos, chegando a promover uma suntuosa peregrinação à cidade de Meca, em 1325. Após a morte do Mansa Musa, o reino de Mali entrou em lento declínio por conta da dificuldade de seus sucessores em manterem o controle de tão extenso território. Assim, o reino de Songhai, povo da região noroeste da Nigéria, passou a assumir o controle das províncias de Mali. No século XV, o poder de Mali já havia desaparecido frente à força dos Songhai.
A estrutura política do Império girava em torno do imperador, responsável pelo controle de uma numerosa Corte.
Por tradição, todos que se aproximavam do líder supremo deveriam cobrir a cabeça de pó. Um cuspe do imperador não poderia cair no chão, sendo recolhido na manga de seda de qualquer um de seus setecentos acompanhantes.
Pantera Negra (Black Panther). EUA, 2018. O filme Pantera Negra, da Marvel, permite uma série de reflexões sobre o continente africano. Baseado nas histórias em quadrinhos, boa parte da trama se passa em uma nação fictícia do continente africano chamada Wakanda. Mesmo assim, o filme traz uma série de elementos relacionados à cultura, às potencialidades e à história que podem dar algumas dimensões sobre do continente africano.