03 a 04 de novembro de 2018
Jakeline Monard - Arquiteta e Urbanista
www.jakelinemonard.arq.br
Jakeline Monard
01 - DINÂMICA DO FOGO
02 - COMPORTAMENTO HUMANO EM CASO DE INCÊNDIO
03 - A PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS NAS EDIFICAÇÕES
04 - CÓDIGO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO
05 - SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
06 - ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA
07 - SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA
08 - SISTEMA DE PROTEÇÃO POR EXTINTORES
09 - SISTEMA DE HIDRANTES E MANGOTINHOS
10 – PREENCHIMENTO DE FORMULÁRIOS E MEMORIAIS DOS SISTEMAS
11 – CONTROLE DE MATERIAIS DE ACABAMENTO E REVESTIMENTO
TETRAEDO DO FOGO
Para que exista o fogo, é necessária a condição favorável junto com os três elementos citados ao lado.
Os combustíveis, após iniciar a combustão, geram mais calor liberando mais gases ou vapores combustíveis responsáveis pela reação em cadeia e manutenção do fogo.
Resposta Fisiológica
a Fuga: na maior parte dos comportamentos ou,
a Luta: da situação de perigo, ou ausência dela.
a Inércia: em que nada mais é um processo total de negação do fato relacionado com o perigo.
As pessoas em situação de emergência tendem a seguir padrões comportamentais regidos por uma “consciência coletiva”, a qual pode ser definida como um arcabouço cultural de ideias morais e normativas, adquiridos pela humanidade ao longo de sua evolução, tendo padrões típicos comportamentais assim denominados:
A “Aglutinação”: extinto de proteção (grupo)
A “Convergência”: lutam por sua sobrevivência (isolado)
Escolhas Preferenciais de saída
Escolhas Preferenciais de saída
Fenômeno "ARCO"
Formação do arco em função do quantitativo e das restrições de escape
Aglomeração decisória relativa a um padrão coletivo
Na Boate Kiss, este como em outras diversas situações, foi um dos elementos restritores de desocupação que levaram ao elevado número de fatalidades.
Um fenômeno interessante foi abordado pelos pesquisadores da Universidade Eotvos, na Hungria, cujo o resultado foi publicado na revista Nature (2000). Conclui-se que a inclusão de uma pilastra em um ambiente evitaria a formação do referido “ARCO” .
1 - PROTEÇÃO PASSIVA
São as medidas que devem ser tomadas na fase de projeto da edificação, para que:
Obs: Cumpre-se notar a importância do projeto arquitetônico na proteção contra incêndio e pânico de edificações. Todas as medidas de proteção passiva devem ser tomadas já no projeto arquitetônico e de forma conjunta e coordenada com os demais projetos da edificação.
2 - PROTEÇÃO ATIVA OU DE COMBATE
São as medidas que devem ser tomadas quando o fogo já está acontecendo na edificação, para:
A convecção pode se dar através de meio circulante gasoso (ar, gases, fumaças aquecidas), que sobem através de aberturas e entram em contato com outros materiais, que são aquecidos até atingir seu ponto de combustão.
A condução ou contato pode se dar através das próprias labaredas (janela e outras aberturas internas horizontais ou verticais) ou através do contato com o material aquecido pelo fogo que conduz o calor até outro material em outro pavimento ou ambiente (laje de teto para o carpete, móveis e cortinas do andar de cima) .
A radiação se dá através do calor emanado de um fogo, que entrando em contato com outros materiais os aquecem até atingir seu ponto de combustão.
Lei Nº 0871 de 31.12.04
Art. 2º- Esta Lei estabelece os requisitos mínimos exigíveis nas edificações e no exercício das atividades pertinentes à matéria de que trata e fixa critérios para o estabelecimento de Normas Técnicas de Segurança Contra Incêndio e Pânico, no Estado do Amapá, com vista à proteção das pessoas e dos bens públicos e privados.
Art. 3º - No caso em que as edificações ou atividades, pelas suas temporalidades ou concepções peculiares, o exigirem, o Corpo de Bombeiros Militar do Amapá poderá, além dos quesitos constantes deste Código, determinar outras medidas que, a seu critério técnico, julgar necessárias ou convenientes à prevenção contra incêndio e pânico.
I – De Concentração de Público • Auditório • Autódromo • Biblioteca • Boate • Cartódromo • Casa de Jogos • Cinema • Circo • Conjunto Comercial / Shopping • Danceteria/Boite • Estádio • Ginásio • Templos Religiosos • Local de Exposição • Parque de Diversões • Restaurante, Bar e/ou Lanchonete • Sala de Reunião • Salões Diversos • Teatro
II – Terminais de Passageiros • Aeroporto • Estação Metroviária • Estação Ferroviária • Estação Rodoviária • Estação Hidroviária
III – De Permanência Transitória • Alojamento • Hotel • Motel• • Pousada • Sauna
IV – Institucionais Coletivas • Asilo • Creche • Instituição de Reabilitação de Deficientes Físicos e/ou Mentais • Internato • Presídio
V – Residenciais Privativas • Unifamiliar • Multifamiliar
VI – Escolares
VII – Comerciais • Lojas • Posto de Combustíveis • Posto de Revenda de Gás Liquefeito de Petróleo - GLP • Supermercado
VIII – Hospitalares
IX – De Prestação de Serviços • Agência Bancária • Oficina • Posto de Lavagem e Lubrificação
X – Industriais
XI – Escritórios
XII – Clínicas
XIII – Laboratórios
Pensionato
XIV – Estúdios XV – Estacionamentos • • Hangares
XVI – Depósitos • De Produtos Perigosos • Outros Depósitos
XVII – Mistos.
OS PROJETOS
Art. 16º – Os projetos de instalação contra incêndio e pânico serão apresentados ao Corpo de Bombeiros Militar do Amapá para análise e aprovação, obedecendo ao disposto em Norma Técnica específica. § 1º - A Consulta Prévia, para análise e aprovação de projetos, deverá ser realizada junto ao Corpo de Bombeiros Militar do Amapá, devendo ser apresentado o estudo preliminar e os dados necessários à análise.
§ 2º - O Corpo de Bombeiros Militar do Amapá expedirá documento referente à Consulta Prévia, contendo as exigências básicas de segurança contra incêndio e pânico, no prazo máximo de 10 (dez) dias úteis.
§ 3º - O prazo máximo para análise e aprovação dos projetos será de 30 (trinta) dias úteis, podendo ser prorrogado por igual período nos casos mais complexos, sendo comunicado ao interessado.
§ 4º - A análise de projeto tem por objetivo conferir se os parâmetros básicos de segurança contra incêndio e pânico estão sendo obedecidos, sendo de inteira responsabilidade do autor do projeto e do responsável técnico pela execução da obra, os danos advindos do descumprimento das Normas Técnicas do CBMAP .
NORMA TÉCNICA 001/2015 - CBMAP
Esta norma estabelece as exigências dos sistemas de proteção contra incêndio e pânico das edificações conforme suas definições: classificação (tipo), altura e área da edificação.
CONDIÇÕES PARA EXIGÊNCIA DE PROJETO: NT 03/2005 - CBMAP
As medidas de segurança contra incêndio e pânico nas edificações e áreas de risco devem ser apresentados ao corpo de bombeiros:
PROJETO TÉCNICO:
-Acima de 750m² ou com Altura acima de 5m;
-Independente da área ou área de risco, quando esta apresentar risco no qual necessite de sistemas fixos (hidrante, chuveiros automáticos, alarme de detecção e outros);
-Necessite de proteção de suas estruturas contra ação do calor proveniente de incêndio.
PROJETO SIMPLIFICADO:
-Edificações de até 750m² ou até 5m de altura;
-Locais que não exijam sistemas fixos;
-Locais de reunião de público cuja a lotação não ultrapasse 50 pessoas e não exijam sistemas fixos;
-Instalações provisórias com o prazo máximo de 6 meses.
DOCUMENTOS PARA ENTRADA DE PROJETO
ANÁLISE PRÉVIA:
Projeto arquitetônico completo (locação de reserva técnica, central de GLP)
Formulário de consulta prévia, RRT OU ART
ANÁLISE PPCIP
Projeto completo de Combate a Incêndio e Pânico; ART ou RRT (com todos os sistemas dimensionados); memorias padrões; cartão de identificação (anexo b); formulário de segurança contra incêndio (anexo c); procuração do proprietário, quando este transferir seu poder de signatário.
Objetivo das saídas de acordo com a NBR 9077
Para que ocorra a saída segura da população do edifício em caso de incêndio e para permitir o fácil acesso de auxilio externo (bombeiros) para o combate ao fogo e a retirada da população.
O que é saída de emergência?
É um caminho contínuo, devidamente protegido, sinalizado e iluminado. Que em caso de incêndios ou de outras emergências, garante a saída de seus ocupantes por meios próprios em tempo hábil, partindo de qualquer ponto da edificação, até atingir a via pública ou um espaço externo devidamente seguro.
O que é descarga?
É a área do pavimento térreo a partir do término da escada, rampa, passarela, elevador de emergência, ou de outro pavimento qualquer que dá acesso a uma área protegida ou direto ao logradouro público.
Cálculo da população:
Exemplo: Macapá Shopping 1200m², qual a população? Largura das saídas?
Exemplo: Macapá Shopping
N = P / C
N = Unidade de passagem
P = População conforme coeficiente da tab.5 e critérios do item 4.3 (largura das saídas) e 4.4.1 (cálculo da população.
C = Capacidade da Unidade, tab. 5
Cálculo da população
P = 1200 / 3
P = 400 pessoas
Para calcular a largura mínima em escadas e rampas, deste exemplo, basta dividir a população pelo fator 60, visto na tab. 5.
N = 400 / 60 = 6,66 7
L = 7 x 0,55 = 3,85 m.
Largura mínima exigida para acessos, descargas e portas
N = P / C L = N x 0,55
L = 4 x 055
N = 400 / 100 L = 2,20 m
N = 4 und. de passagem
Peculiaridades:
Para efeitos de cálculos da população, devemos incluir como área de pavimento:
1 - Terraços, sacadas e assemelhados das edificações.
Exceções: grupo A (Residencial), B (Serviços de hospedagem) e H (Serviços de saúde e institucionais).
2 - Áreas totais cobertas das edificações F-3 (ginásios, estádios, piscina cobertas com arquibancadas, arenas em geral) e F-6
( Boates e clubes noturnos em geral).
3. Áreas de escadas, rampas e assemelhados, quando utilizados com arquibancadas, nas edificações do tipo F-3, F-6 e F-7( Circos e assemelhados).
4. Para efeitos de cálculos da população, devemos excluir como área de pavimento: As áreas de sanitários das edificações do tipo E (Educacionais e cultura física) e F.
1 - A largura mínima das saídas deve ser de 1,10 m para qualquer tipo de edificação, exceto para hospitais, que o mínimo deve ser 2,20 m, permitindo a passagem de macas e assemelhados e de 1,65m para edificações do grupo F.
2 - A largura mínima deve ser medida em sua parte mais estreita.
3 - As portas de 180° que abrem no sentido da rota de saída não deve diminuir as dimensões mínimas de largura exigidas nesta norma
4 - As portas de 90º, podem reduzir as larguras mínimas, no máximo em 10 cm.
a) No plano Horizontal:
Neste plano devem ser considerados todos os caminhos ou espaços localizados no interior dos pavimentos, que podem dar acesso a uma área de refúgio no mesmo pavimento, ou diretamente as escadas, rampas ou elevadores de emergência, exemplo:
b) No plano Vertical:
Neste plano devem ser considerados todos os caminhos ou meios utilizados para se deslocar, entre pavimentos de diferentes níveis, que dão acesso área de refúgio e/ou ao pavimento de descarga, exemplo:
Os acessos devem atender as seguintes condições:
a) Permitir o escoamento fácil de todos os ocupantes do prédio;
b) Permanecer desobstruídos em todos os pavimentos;
c) Ter largura de acordo com o estabelecido nas saídas de emergência;
d)Ter pé direito mín. de 2,50 m, com altura mín. livre de 2,00m;
e) Ser sinalizado e iluminado com indicações claras do sentido de saída;
É exigido para os diversos tipos de ocupação, em função da altura, dimensões em planta e características construtivas, conforme a tab. 7, da referida norma.
Obs.: Admite-se saída única para edificações multifamiliares, quando não houver mais de 4 unidades autônomas por pavimento.
A largura mínima do vão livre ou “luz” das portas, comuns ou corta fogo, utilizadas nas rotas de saída, devem ser:
Nota: portas acima de 2,20m, exigem coluna central.
Condições de atendimento:
Edificação Multifamiliar
Pavimento Tipo (Superior)
Área Garagem (Térreo) 184m²
Área Garagem (Térreo) 184m²
1º PASSO: De acordo com a Tabela 1 da NBR 9077:2001 - Classificação das edificações quanto à sua ocupação, se tem:
2º PASSO: Conforme tabela 2 da NBR 9077:2001 – Classificação das edificações quanto à altura:
3º PASSO: Classificar a edificação quanto a suas dimensões de área em planta, de acordo com a tabela 3 da NBR 9077:2001
4º PASSO: Classificar a edificação quanto a suas características construtivas usando a tabela 4.
5º PASSO: Calcular a população do ambiente e dimensionar a largura das saídas de acordo com a tabela 5 (N=P/C);
2 apartamento por pavimento (4 dormitórios)
O cálculo da População será igual:
A = 2 pessoas por dormitório x (4 x 2) = 8 pessoas
Acesso e descarga: N = P / C = 8 ⁄ 60 = 0,13 1 -> 1 x 0,55 = 0,55 1,10
Escadas e rampas: N = P / C = 8 ⁄ 45 = 0,17 1 -> 1 x 0,55 = 0,55 1,10
Onde:
N= Número de unidades de passagem, arredondando para um número inteiro.
P= População, conforme coeficiente da tabela 5 e seus critérios
C= Capacidade da unidade de passagem, conforme tabela 5 do anexo.
6º PASSO: determinar a distância máxima a percorrer até se atingir um local seguro (espaço livre exterior, área de refúgio, escada protegida ou à prova de fumaça) usando a tabela 6.
7º PASSO: Determinar o número de saídas e o tipo de escadas pela tabela 7. De acordo com o resumo das tabelas 1, 2 e 3. Basta cruzar os dados para obter o resultado.
Cont.
GENERALIDADES:
NE – escada não enclausurada:
- Proporcional ao número da população do edifício;
- Mínimo de 110cm;
- 90cm para os seguintes casos:
NE – escada não enclausurada:
- O lanço mínimo deve ser de três degraus e o lanço máximo, entre dois patamares consecutivos, não deve ultrapassar 3,70m de altura.
- O comprimento dos patamares deverá ser no mínimo igual a largura da escada, quando há mudança de direção.
EP – escada protegida:
- escada enclausurada
- PCF 90 min
- Ventilação permanente de no mínimo 0,80 m² junto ao teto ou a no máxima 20 cm deste
- Ventilação permanente inferior de 1,20 m²
Quando não for possível instalar a janela na caixa de escada, a janela do hall de 0,80 m² a no máximo 5 m da PCF – não se aplica para as janelas de ventilação superior e inferior
PF – prova de fumaça
- escada enclausurada
- PCF 60 min com antecãmara
- acesso por antecâmara com ventilação
por 2 dutos ou balcão / varanda / terraço
PF – prova de fumaça
Corte para visão dos dutos:
- Entrada de ar
- Saída de fumaça
PF – prova de fumaça:
A compartimentação horizontal se destina a impedir a propagação do fogo através das chamas, gases quentes ou fumaça, para outras áreas ou ambientes do mesmo pavimento.
Modelo de compartimentação horizontal
A compartimentação vertical tem como objetivo impedir a propagação do fogo entre andares consecutivos a partir do pavimento de origem.
Modelo de compartimentação vertical (verga-peitoril)
Modelo de compartimentação vertical (fachada envidraçada)
Modelo de compartimentação vertical (abas)
NBR 10898/2013 – Sistema de iluminação de emergência
OBJETIVO: Fixar as características mínimas exigíveis para as funções a que se destina o sistema de iluminação de emergência a ser instalado em edificações, ou em outras áreas fechadas sem iluminação natural.
Composição: Tipos de sistemas
a) conjunto de blocos autônomos (instalação fixa);
b) sistema centralizado com baterias;
c) sistema centralizado com grupo motogerador;
d) equipamentos portáteis com a alimentação compatível com o tempo de funcionamento garantido;
e) sistema de iluminação fixa por elementos químicos sem geração de calor, atuado a distância;
f) sistemas fluorescentes à base de acumulação de energia de luz ou ativados por energia elétrica externa.
Conjunto de blocos autônomos:
São aparelhos de iluminação de emergência constituídos de um único invólucro adequado, contendo lâmpadas incandescentes, fluorescentes ou similares e:
Sistema centralizado com baterias:
Sistema centralizado com baterias
Sistema com grupo motogerador
Sistema com grupo motogerador
Luminárias
Resistência ao calor: Os aparelhos devem ser construídos de forma que, no ensaio de temperatura a 70°C, a luminária funcione no mínimo por 1 h.
Ausência de ofuscamento: Os pontos de luz não devem ser resplandecentes, seja diretamente ou por iluminação refletida.
Projetores ou faróis: Não podem ser utilizados em escadas ou áreas em desnível, onde sombra ou ofuscamento podem ocasionar acidentes.
Tipos de Luminárias - Podem ser utilizados os seguintes tipos de luminárias:
Para o projeto do sistema de iluminação de emergência devem ser conhecidos os seguintes dados de lâmpadas e luminárias:
a) tipo de lâmpada;
b) potência, em watts;
c) tensão, em volts;
d) fluxo luminoso nominal, em lúmens;
e) ângulo da dispersão da luz;
f) vida útil do elemento gerador de luz.
Circuito de alimentação: Em caso de incêndio, em qualquer área fora da proteção para saída de emergência e com material combustível, a tensão da alimentação da iluminação de emergência deve ser no máximo 30 Vcc.
NOTA - Na falta de um circuito de baixa tensão em instalações já existentes, uma proteção aceitável pode ser atingida em tensão alternada de 110/220 Vca - 60 Hz por meio de disjuntores diferenciais para proteção humana de 2 mA a 5 mA e não só de proteção industrial.
Iluminação de ambiente: É obrigatória em todos os locais que proporcionam uma circulação vertical ou horizontal, de saídas para o exterior da edificação, ou seja, rotas de saída e nos ambientes citados no anexo E da NBR 10898/13.
Deve garantir um nível mínimo de iluminamento no piso, de:
a) 5 lux em locais com desnível: escadas ou passagens com obstáculos;
b) 3 lux em locais planos: corredores, halls e locais de refúgio.
NOTA - Estes valores estão valendo para corredores com decoração clara e com piso com boa reflexão de luz. Em corredores com decoração desfavorável e piso escuro, os valores da intensidade luminosa devem ser aumentados de acordo com ensaios feitos em total escuridão, com a iluminação prevista, conforme o anexo A.
A distância máxima entre dois pontos de iluminação emergência é equivalente a quatro vezes a instalação destes em relação ao nível do piso:
Medição do fluxo luminoso
Luminária na parede
Luminária no teto
A sinalização de segurança contra incêndio e pânico tem como objetivo reduzir o risco de ocorrência de incêndio, alertando para os riscos existentes, e garantir que sejam adotadas ações adequadas à situação de risco, que orientem as ações de combate e facilitem a localização dos equipamentos e das rotas de saída para abandono seguro da edificação em caso de incêndio.
A sinalização de segurança contra incêndio e pânico é classificada em sinalização básica e complementa:
Sinalização básica: devem apresentar efeito fotoluminescente
a) sinalização de proibição, cuja função é proibir ou coibir ações capazes de conduzir ao início do incêndio ou ao seu agravamento;
b) sinalização de alerta, cuja função é alertar para áreas e materiais com potencial risco;
c) sinalização de orientação e salvamento, cuja função é indicar as rotas de saída e ações necessárias para o seu acesso;
d) sinalização de equipamentos de combate e alarme, cuja função é indicar a localização e os tipos de equipamentos de combate a incêndio disponíveis.
Proibido Fumar (de proibição)
Cuidado, risco de radiação (de alerta)
Saída de Emergência (de orientação e salvamento)
Sinalização Vertical extintores (de equipamentos de combate a incêndio e alarme)
Implantação da sinalização
Os diversos tipos de sinalização de segurança contra incêndio e pânico devem ser implantados em função de características específicas de uso e dos riscos, bem como em função de necessidades básicas para a garantia da segurança contra incêndio na edificação.
Sinalização de proibição: A sinalização apropriada deve ser instalada em local visível e a uma altura mínima de 1,80 m, medida do piso acabado à base da sinalização. A mesma sinalização deve estar distribuída em mais de um ponto dentro da área de risco, de modo que pelo menos uma delas seja claramente visível de qualquer posição dentro da área, e devem estar distanciadas entre si em no máximo 15,0 m
Forma: Circular
Fundo: Branco
Imagem: Preta
Faixa de Contorno e Faixa Diametral:
Vermelha
Sinalização de alerta: A sinalização apropriada deve ser instalada em local visível e a uma altura mínima de 1,80 m, medida do piso acabado à base da sinalização, próxima ao risco isolado ou distribuída ao longo da área de risco generalizado. Neste último caso, cada sinalização deve estar distanciada entre si em no máximo 15,0 m
Forma: Triangular
Fundo: Amarelo
Imagem: Preta
Moldura: Preta
Sinalização de orientação e salvamento:
Forma: Quadrada ou
Retangular
Fundo: Verde
Imagem: Branca,
Fotoluminescente
Moldura (opcional): Branca, Fotoluminescente
Sinalização de orientação e salvamento:
A sinalização de saída de emergência apropriada deve assinalar todas as mudanças de direção ou sentido, saídas, escadas etc., e deve ser instalada segundo sua função
a) a sinalização de portas de saída de emergência deve ser localizada imediatamente acima das portas, no máximo a 0,10 m da verga; ou na impossibilidade desta, diretamente na folha da porta, centralizada a uma altura de 1,80 m, medida do piso acabado à base da sinalização;
Sinalização de orientação e salvamento:
b) a sinalização de orientação das rotas de saída deve ser localizada de modo que a distância de percurso de qualquer ponto da rota de saída até a sinalização seja de no máximo 7,5 m. Adicionalmente, esta sinalização também deve ser instalada de forma que no sentido de saída de qualquer ponto seja possível visualizar o ponto seguinte, distanciados entre si em no máximo 15,0 m. A sinalização deve ser instalada de modo que a sua base esteja no mínimo a 1,80 m do piso acabado;
c) a sinalização de identificação dos pavimentos no interior da caixa de escada de emergência deve estar a uma altura de 1,80 m, medida do piso acabado à base da sinalização, instalada junto à parede, sobre o patamar de acesso de cada pavimento;
d) se existirem rotas de saída específicas para uso de deficientes físicos, estas devem ser sinalizadas para tal uso.
Sinalização de identificação dos pavimentos
Forma: Quadrada
Fundo: Vermelho
Símbolo: Branco, Fotoluminescente
Margem (opcional): Branca, Fotoluminescente
Sinalização de equipamentos e combate a incêndio:
A sinalização de equipamentos de combate a incêndio deve estar a uma altura mínima de 1,80 m, medida do piso acabado à base da sinalização e imediatamente acima do equipamento sinalizado e:
a) quando houver, na área de risco, obstáculos que dificultem ou impeçam a visualização direta da sinalização básica no plano vertical, a mesma sinalização deve ser repetida a uma altura suficiente para a sua visualização;
b) quando o equipamento se encontrar instalado em uma das faces de um pilar, todas as faces visíveis do pilar devem ser sinalizadas;
Sinalização complementar:
As mensagens específicas que acompanham a sinalização básica devem se situar imediatamente adjacente à sinalização que complementa.
A sinalização de indicação continuada pode ser na parede ou no piso acabado (espaçamento 3m entre eles), no piso deve ser centralizada e quando na parede ter altura entre 0,25 e 0,50m do piso.
SITUAÇÕES ADICIONAIS DE SINALIZAÇÃO: NBR 13523: CENTRAL PREDIAL DE GLP
Devem ser colocados avisos com letras não menores que 50 mm, em quantidade tal que possam ser visualizados de qualquer direção de acesso à central de GLP, contendo os seguintes dizeres:
PERIGO
INFLAMÁVEL
PROIBIDO FUMAR
Projeto da sinalização: Requisitos mínimos
A implantação do sistema de sinalização deve estar representada no mínimo por meio dos seguintes documentos:
a) plantas baixas, preferencialmente na escala de 1:50;
b) memorial descritivo;
c) quadro de quantidades.
Projeto da sinalização: Em planta baixa, os pontos onde devem ser implantadas as sinalizações devem estar indicados por uma circunferência dividida devem constar horizontalmente em duas partes iguais, sendo que na parte superior deve constar o código do símbolo e na parte inferior devem constar as suas dimensões, em milímetro
Símbolos para identificação de placas em planta baixa
Não fazer
Fazer
NBR 12693/2013 da ABNT
Esta Norma estabelece os requisitos exigíveis, para o projeto, seleção e instalação de extintores de incêndio portáteis e sobre rodas, em edificações e áreas de risco, para combate a principio de incêndio
NT 05/2005 CBMAP
Esta Norma tem por objetivo estabelecer as condições exigíveis para projeto e instalação de extintores de incêndio, portáteis ou sobre rodas.
DEFINIÇÕES:
Agente extintor: Substância utilizada para a extinção de fogo.
Carga: Quantidade de agente extintor contida em um extintor de incêndio, medida em massa (kg) ou volume (l).
Capacidade extintora: Medida do poder de extinção de fogo de um extintor, obtida em ensaio prático normalizado.
Unidade extintora: Extintor que atenda a capacidade extintora mínima prevista na NBR 12693, em função do risco e da natureza do fogo.
REQUISITOS:
Os extintores devem estar em locais facilmente acessíveis e prontamente disponíveis. Preferencialmente, devem estar localizados nos caminhos normais de passagem, incluindo saídas das áreas, não podendo ser instalados em escadas;
Não podem estar fechados a chave e devem ter uma superfície transparente;
REQUISITOS
Os extintores portáteis devem ser instalados em suportes ou em abrigos.
Condições:
Alça no máximo a 1,60 m do piso;
O fundo no mínimo a 0,10 m do piso, mesmo apoiado em suporte.
REQUISITOS
Deve haver no mínimo um extintor de incêndio a não mais de 5 m da porta de acesso da entrada principal da edificação, entrada do pavimento ou entrada da área de risco;
Para proteção de locais fechados, tais como: salas elétricas, compartimentos de geradores, salas de máquinas, entre outros, os extintores devem ser instalados no lado externo, próximo a entrada destes locais.
REQUISITOS: SOBRE RODAS
Devem ser instalados para a proteção de áreas de alto risco onde seja necessário alta vazão de agente extintor, maior tempo de descarga e alcance de jato e maior quantidade de agente extintor;
São complementares aos extintores portáteis;
Somente são admitidos quando puderem acessar qualquer parte da área a ser protegida, sem impedimento de portas, soleiras, degraus, etc, não podendo proteger pavimentos diferentes de sua instalação.
CLASSES DO FOGO
CLASSE A
CLASSE B
CLASSE C
CLASSE D
CLASSE k (NÃO É RECONHECIDA AINDA PELA NOSSA NORMA)
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
CAPACIDADE EXTINTORA E DISTRIBUIÇÃO PARA RISCO CLASSE A
CAPACIDADE EXTINTORA E DISTRIBUIÇÃO PARA RISCO CLASSE B
CAPACIDADE EXTINTORA E DISTRIBUIÇÃO PARA RISCO CLASSE C
Os extintores para risco classe C devem ser distribuídos com base na proteção do risco principal da edificação ou da área de risco, ou seja, acompanhando-se a mesma distribuição dos riscos A e B. Sempre que possível, deve-se instalar estes extintores da classe C próximos a riscos especiais mantendo-se uma distância segura para o operador, tais como; casa de caldeiras, casa de bombas, casa de força elétrica, casa de maquinas, galerias de transmissão e outros com riscos semelhantes.
EXTINTORES PORTÁTEIS
EXTINTORES SOBRE RODAS
REQUISITOS PARA DISTRIBUIÇÃO
Nota: em edificações ou risco com área construída inferior a 50m² pode ser instalada apenas uma única unidade extintora de pó ABC.
SIMBOLOGIA DE EXTINTORES DE ACORDO COM NBR 14100
SIMBOLOGIA DE EXTINTORES DE ACORDO COM NBR 14100
São sistemas hidráulicos rigidamente fixados na estrutura da edificação, formados por uma rede de canalização e abrigos ou caixas de incêndio, que contêm tomadas de incêndio com uma ou duas saídas de água, de acordo com o risco, válvulas de bloqueio, mangueiras de incêndio, esguichos e outros equipamentos, instalados em locais estratégicos da edificações segundo as recomendações das normas e da legislação local, a partir dos quais os seus ocupantes fazem manualmente o combate ao foco do incêndio lançando água sob as formas de jatos sólido, de chuveiro ou de neblina, para extinguir, ou então, controlar o fogo até a chegada do Corpo de Bombeiros ao local.
DEFINIÇÕES DE ACORDO COM NT 05/2005 CBMAP:
Abrigo: Compartimento embutido ou aparente, dotado de porta, destinado a armazenar mangueiras, esguichos e outros equipamentos de combate a incêndio, capaz de protegê-los de intempéries e danos diversos.
Altura da Edificação: Distância compreendida entre o ponto que caracteriza a saída situada no nível de descarga do prédio (soleira) e o ponto mais alto do piso do último pavimento superior.
Esguicho: Dispositivo colocado na extremidade da mangueira de incêndio que tem por função direcionar o jato d'água para o combate a incêndio.
DEFINIÇÕES DE ACORDO COM NT 05/2005 CBMAP:
Hidrante: Ponto de tomada de água onde há uma ou mais saídas contendo válvulas angulares com seus respectivos adaptadores, tampões, mangueiras de incêndio e demais acessórios.
Hidrante de Recalque: Dispositivo para uso do CBMAP que permite o recalque de água para o sistema.
Lance: Comprimento de uma mangueira de incêndio sem interrupção.
Linha de Mangueira: Conjunto de lances de mangueiras devidamente unidos por engate do tipo storz.
DEFINIÇÕES DE ACORDO COM NT 05/2005 CBMAP:
Manancial de Abastecimento: Fonte de abastecimento de água para o sistema de hidrantes, feito através de um ou mais reservatórios.
Reserva Técnica de Incêndio (RTI): Volume de água destinado exclusivamente à utilização em caso de incêndio.
Requinte: acessório existente na ponta do esguicho que serve para dar forma ao jato d'água.
Sistema de hidrantes: Sistema de combate a incêndio composto por uma RTI, bombas de incêndio (quando necessário) rede de tubulações, hidrantes e outros acessórios.
REQUISITOS: RESERVATÓRIO
REQUISITOS: VOLUME DA RTI
REQUISITOS: VOLUME DA RTI
VAMOS CALCULAR?
REQUISITOS: CÁLCULO DO VOLUME DA RTI
EXEMPLO: Usando a fórmula {[((At – 2500) / 100) x k2] + k1}, onde k1 e k2 são volumes d’água definidos pelas tabelas 01 e 02
Área total da edificação: 8.000m²
Classe de risco: B2 (médio)
8.000-2.500 = 5.500
5500/100= 55
55x122 = (6.600 + 9.000)
Total da RTI = 15.600 litros
REQUISITOS: VOLUME DA RTI
REQUISITOS: VOLUME DA RTI
REQUISITOS: RESERVATÓRIO
REQUISITOS:
SISTEMA POR BOMBAS DE INCÊNDIO
REQUISITOS:
SISTEMA POR BOMBAS DE INCÊNDIO
REQUISITOS:
SISTEMA POR BOMBAS DE INCÊNDIO
REQUISITOS:
SISTEMA POR BOMBAS DE INCÊNDIO
Esquema de ligação elétrica para acionamento
Da bomba de incêndio.
REQUISITOS:
SISTEMA POR BOMBAS DE INCÊNDIO
REQUISITOS:
SISTEMA POR BOMBAS DE INCÊNDIO
REQUISITOS:
ACESSO AO ABRIGO DAS BOMBAS
DE INCÊNDIO
REQUISITOS: TUBULAÇÃO E CONEXÕES DE INCÊNDIO
REQUISITOS: TUBULAÇÃO E CONEXÕES
DE INCÊNDIO
REQUISITOS: TUBULAÇÃO E CONEXÕES
DE INCÊNDIO
SISTEMA DE MANGOTINHOS
É um sistema constituído por:
Carretel móvel
Carretel fixo
SISTEMA DE HIDRANTES
É um sistema constituído por:
Hidrante simples
Hidrante duplo
Hidrante simples caixa de vidro
Equipamentos
REQUISITOS: INSTALAÇÕES DOS HIDRANTES
REQUISITOS: INSTALAÇÕES DOS HIDRANTES
REQUISITOS: ABRIGO DOS HIDRANTES
REQUISITOS: HIDRANTE DE RECALQUE
REQUISITOS: HIDRANTE DE RECALQUE
REQUISITOS: HIDRANTE DE RECALQUE
REQUISITOS: MANGUEIRA DE HIDRANTE
REQUISITOS: MANGUEIRA DE HIDRANTE
O QUE A NBR 13714:2000 DA ABNT RECOMENDA?
REQUISITOS: HIDRANTE
ALARME
REQUISITOS: HIDRANTE
LOCALIZAÇÃO
OS PONTOS DE TOMADA DE ÁGUA DEVEM SER POSICIONADOS:
Nas proximidades das portas externas e/ou acessos à área a ser protegida, a não mais de 5 m;
TIPOS DE SISTEMAS
Segundo a NBR 13.714:2000
Importante: Não está de acordo com NT 05 CBMAP
COMPONENTES DOS SISTEMAS
NBR 13714:2000
Importante: Não está de acordo com NT 05 CBMAP
REQUISITOS: HIDRANTE
V = Q x t