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APS

A fisioterapia na Atenção Primaria a Saúde

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Alba Karine

Amanda Muniz

Debora Vitória

Laís Almeida

Rafaella de Sousa

Rebeca Avelino

Rosimere Oliveira

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O QUE É A APS

A atenção básica ou atenção primária em saúde é conhecida como a "porta de entrada" dos usuários nos sistemas de saúde. Ou seja, é o atendimento inicial. Seu objetivo é orientar sobre a prevenção de doenças, solucionar os possíveis casos de agravos e direcionar os mais graves para níveis de atendimento superiores em complexidade. A atenção básica funciona, portanto, como um filtro capaz de organizar o fluxo dos serviços nas redes de saúde, dos mais simples aos mais complexos.

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Historicamente, o profissional Fisioterapeuta é visto como um assistente no nível de atenção terciário, centralizado nas áreas curativas e reabilitadoras. Todavia, sabe-se que quando inserido na atenção primária pode ser um profissional de grande valia nas ações de promoção de saúde, prevenção de doenças e educação em saúde. Uma das competências gerais da Fisioterapia, assim como das demais profissões da saúde, é a atenção básica em saúde, a partir da qual ultrapassa o modelo individualista consoante ao novo paradigma de saúde, definido nas políticas públicas de saúde do país constituindo assim a integralidade.

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A relação harmoniosa entre o fisioterapeuta e a atuação na saúde coletiva irá gerar novas reflexões sobre a atuação da Fisioterapia, tendo em vista uma nova lógica de organização dos serviços de saúde. O Fisioterapeuta está conquistando seu espaço na saúde coletiva e adquirindo importância nos serviços de atenção primária como no caso na Estratégia de Saúde da Família (ESF).

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A Fisioterapia foi reconhecida como curso superior em 1969

Até a década de 1980, a atuação do fisioterapeuta estava restrita à recuperação e à reabilitação. Foi a partir desta década que a Fisioterapia passa a incorporar a promoção e a prevenção da saúde da população como área de atuação. Desde então, os cursos de Fisioterapia têm incorporado a prevenção e a promoção nas suas estruturas curriculares (NEVES; ACIOLE, 2011)

Em relação à atuação profissional, as diretrizes do Conselho Federal de Fisioterapia (COFFITO), 2009.

Definem que a atenção fisioterapêutica deve abranger o desenvolvimento de ações preventivas:

1- primárias (promoção de saúde e proteção específica)

2- secundárias (diagnóstico precoce)

3- terciárias (reabilitação)

A Resolução COFFITO-10

Define que é a responsabilidade do fisioterapeuta prestar assistência ao homem, participando da promoção, tratamento e recuperação de sua saúde, e participar de programas de assistência à comunidade através da sua participação como membro de uma equipe de saúde.

A resolução do COFFITO-80

Defende a inserção em uma equipe de saúde e a atuação desse profissional nos diversos níveis de assistência à saúde com responsabilidade, tendo como objetivos:

- Preservar

- Promover

- Aperfeiçoar ou adaptar

Através de uma relação terapêutica, o indivíduo, com ênfase na melhor qualidade de vida.

-Os profissionais da saúde devem atuar na prevenção de doenças e maus hábitos que possam prejudicar a saúde dos indivíduos, inibindo o surgimento e desenvolvimento de doenças que podem ser evitáveis.

-Sendo que, a população pode estar em risco devido a diversos fatores como os de natureza comportamental, educacional, social, econômica, biológica, físico-química, dentre outros.

-Para a identificação desses riscos, o fisioterapeuta deve atuar em equipe multidisciplinar e utilizar os conhecimentos de outras áreas, como a epidemiologia, a geografia e as ciências sociais

Atuação do fisioterapêuta na ESF

Na década de 90, o Ministério da Saúde (MS), reconheceu a crise no modelo assistencial e, este reconhecimento fez surgir, em 1994, uma nova estratégia para a consolidação dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS): o Programa Saúde da Família (PSF), configurando-se como a porta de entrada do sistema de saúde, sendo modificado para Estratégia Saúde da Família a partir de agosto de 2006, conforme a portaria 750.

A atenção primária representa um esforço para que o sistema de saúde se consolide, tornando-se mais eficiente, fortalecendo os vínculos entre os serviços de saúde e a população e contribuindo para a universalização do acesso e a garantia da integralidade e eqüidade da assistência, por isto tem como prioridade às populações com risco aumentado tanto do ponto de vista biológico como socioeconômico.

A ESF propicia o enfrentamento e a resolução dos problemas de saúde identificados na comunidade cadastrada e desenvolve seu trabalho com uma equipe multiprofissional. A experiência em equipe possibilita a interdisciplinaridade dando aos profissionais a oportunidade de conviver de maneira mais próxima com a diversidade de conhecimentos e práticas, havendo um espaço para a troca de saberes. A equipe mínima é composta por um médico (a), um (a) enfermeiro (a), um (a) auxiliar de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitários de saúde, com responsabilidade sobre um território onde vivem ou trabalham as pessoas de uma área adscrita. Cada equipe é responsável, no máximo por 4500 pessoas ou 1000 famílias e sua implantação gera alterações em todos os níveis do sistema.

Benefício da fisioterapia na ESF

O atendimento fisioterapêutico na ESF beneficiará pessoas acamadas ou com grande dificuldade de se locomover e indivíduos com dificuldades econômicas, sendo estes agravantes no que diz respeito ao acesso ao tratamento fisioterapêutico, uma vez que esse atendimento pressupõe repetidas idas ao serviço.

Essa aproximação com a realidade social do sujeito propicia um conhecimento ampliado do processo saúde-doença. Dessa forma, vê o indivíduo como um todo e não fica restringindo-o apenas a doença.

A atuação do fisioterapeuta na atenção básica é importante, uma vez que sintomas como a dor podem ser tratadas precocemente. Além de, orientar aos familiares cuidadores, beneficiando-os na prevenção de doenças e promoção da saúde, bem como auxiliando ao tratamento fisioterapêutico do paciente.

A ESF visa atingir um número maior de indivíduos de uma população, assim sendo o fisioterapeuta precisará mudar a sua conduta em relação aos atendimentos, reavaliando o tratamento individual e explorando o de grupo.

Deverá conhecer e verificar as capacidades de seu paciente em relação às atividades funcionais, e a partir daí organizar a formação de grupos, selecionando-os por patologia e estabelecendo o número de integrantes. o usuário a aprender e assumir parte da responsabilidade do seu próprio exercício.

O fisioterapeuta tem como meta abordar assuntos relacionados à saúde, família, atividades de vida diária (AVDs), adaptações em casa, enfim, melhorar a qualidade de vida, trazendo ao paciente maior compreensão sobre a patologia e aprendizado dos métodos de prevenção, difundindo-os para os demais membros da família e da comunidade.

Outro atendimento prestado por este profissional na ESF é o domiciliar, que por necessitar de maior tempo para ser realizado, precisa da participação dos cuidadores e agentes comunitários, assegurando a continuidade e a maior intensidade do tratamento. As duas formas de tratamento prestadas pelo fisioterapeuta podem ser usadas em qualquer fase da vida do paciente.

Atenção à Saúde da Criança e adolescente

Em relação à atenção à Saúde da Criança, o fisioterapeuta auxiliará a equipe nos aspectos referentes ao desenvolvimento motor e ao aleitamento materno. O fisioterapeuta prestará atenção às crianças que estão vinculadas às creches, bem como aos pais da Comunidade formando grupos de orientação sobre a importância da estimulação precoce para aquisição do desenvolvimento motor normal. Através do método shantala estará estimulando a criança e aumento o vínculo desta consigo e com a mãe. Programa de Aleitamento Materno, o fisioterapeuta também é responsável em transmitir para a mãe a necessidade deste e os benefícios ao bebê.

Quanto à atenção à Saúde do Adolescente, o fisioterapeuta montará grupos de atendimentos de postura e de atividade física.

Atenção à Saúde da Mulher e do idoso

Em relação à atenção à Saúde da Mulher, que é um ser com diversas particularidades que necessita de uma assistência especial, a fisioterapia também tem seu papel na prevenção, promoção e tratamento. No acompanhamento pré-natal informará as gestantes sobre a atividade física neste período, agrupando-as por trimestre gestacional, para amenizar quadros de dor, ajudar no trabalho de parto, sendo imprescindível para garantir bem estar físico e mental. Formação de grupos de gestantes para praticar técnicas de alongamento e relaxamento, por exemplo. fisioterapeuta se torna fundamental para a execução e orientação de atividades aeróbicas e de postura. A fisioterapia também desenvolve prevenção e tratamento de doenças cardio-respiratórias, se propondo a estimular ações que possibilitem desenvolver hábitos de vida mais saudáveis (palestras educativas).

Na Saúde ao idoso, o fisioterapeuta utilizará como recurso terapêutico a cinesioterapia global e atividades recreacionais, visando a socialização e também orientação em relação à queda, locomoção, realização de atividades cotidianas, organização do mobiliário e utilização de adaptações na residência.

Fisioterapia no NASF

Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) foram criados pelo Ministério da Saúde, em 2008, regulamentados pela Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011.

Composto por vários profissionais graduados na área da saúde entre esses o FISIOTERAPEUTA.

Objetivo : apoiar a consolidação da Atenção Básica no Brasil, ampliando as ofertas de saúde na rede de serviços, atuando de forma integrada com as equipes de Saúde da Família (eSF)

O fisioterapeuta do NASF rompe com o modelo biomédico, direcionando suas ações para prevenção e reabilitação das doenças, traçando aspectos importantes para a saúde coletiva, atuando na interdisciplinaridade e atendimento compartilhado, possibilitando a troca de saberes, capacitações e responsabilidade mútua. O fisioterapeuta tem demonstrado a cada dia suas competências na Atenção Básica em saúde, reduzindo danos e agravos, com uma prática integral que perpassa pela educação em saúde, acolhimento, atendimentos individuais, grupos operativos e realizando visitas domiciliares.

Conclusão

Diante do que foi exposto, analisamos como é imprescindível a inserção do fisioterapeuta na APS, tendo em vista, não só a necessidade de uma fisioterapia reabilitadora, porém, mais que isso, a promoção e a prevenção à saúde pode trazer de forma significativa a redução de danos e agravos, numa população que vai desde a criança, adolescente, adulto e idoso; então, seria interessante investir em conhecimento e esclarecimento para com a população de modo que venham a entender um pouco mais sobre suas determinadas patologias e de que forma muitas delas poderiam ser evitadas. No entanto, vimos que é um espaço que ainda deve ser almejado, conquistado e respeitado, basta só pensarmos um pouco a respeito de quem faz parte da equipe mínima de saúde. Então, inicialmente poderia começar dando-se um melhor reconhecimento de trabalho do fisioterapeuta na atenção básica e ainda, rever a quantidade de equipes em relação ao número de fisioterapeutas que atua na USF por exemplo.

Podemos perceber o quanto o fisioterapeuta pode contribuir com a atenção primaria, desde o período gestacional até final da vida , trabalho com idosos e ações paliativas, por exemplo. Mas temos que pensar além do APS como atendimento em PSF e sim no seu planejamento na sua regulamentação, de forma a garantir espaço na equipe mínima e para isso conseguirmos identificar nosso papel dentro deste espaço.

Obrigada!