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Ao longo da História, a humanidade lutou continuamente contra a escassez de alimentos, pelo que a obesidade foi considerada muitas vezes um sinal de prosperidade e de riqueza.
Na cultura ocidental contemporânea, o excesso de peso é muitas vezes visto como pouco atrativo e a obesidade está associada a diversos estereótipos negativos. No entanto, em diversas regiões africanas, a obesidade ainda é vista como sinal de riqueza e bem-estar, situação que se tornou ainda mais comum desde o início da epidemia de VIH.
Obesidade é uma doença que constitui um importante fator de risco para o aparecimento e agravamento de outras doenças, em que se dá a acumulação de tecido adiposo em excesso.
IMC
O Índice de Massa Corporal (IMC) permite classificar o grau de obesidade de uma pessoa, dividindo o peso (em Kg) pela altura elevada ao quadrado (em metros).
CLASSIFICAÇÃO IMC (KG/M2)
BAIXO PESO <18,5
VARIAÇÃO NORMAL 18,5 – 24,9
PRÉ-OBESIDADE 25,0 – 29,9
OBESIDADE CLASSE I 30,0 – 34,9
OBESIDADE CLASSE II 35,0 – 39,9
OBESIDADE CLASSE III >40,0
Anorexia nervosa, muitas vezes referida simplesmente como anorexia, é um distúrbio alimentar que se caracteriza numa redução ou perda do apetite, resultando numa magreza extrema do indivíduo, e por uma distorção da imagem corporal, com um medo extremo da obesidade.
A bulimia é um distúrbio alimentar caracterizado por períodos de compulsão alimentar seguidos por comportamentos não saudáveis para perda de peso rápido como induzir vómito, uso de laxantes, abuso de cafeína, uso de cocaína e/ou dietas inadequadas.
De maneira geral, a principal causa da obesidade é o desequilíbrio entre calorias ingeridas e calorias queimadas pelo organismo, provocado normalmente por um dieta pouco saudável e falta de atividade física.
No entanto, outros fatores podem influenciar neste quadro.
O sedentarismo é caracterizado como a falta, ausência ou diminuição de atividade física.
A OMS afirma que a população mundial reduziu a atividade física, sendo que, atualmente, cerca de 30% não realiza exercício físico suficiente. Isto deve-se à tendência de evolução para condições de trabalho que exigem cada vez menos esforço físico, mas também à evolução e utilização de tecnologia.
A predisposição genética tem origem nos polimorfismos de vários genes que controlam o apetite e o metabolismo. As pessoas com duas cópias do gene FTO pesam em média 3 a 4 quilos a mais e apresentam um risco 1,67 vezes superior de obesidade; verifica-se ainda que 7% das pessoas com obesidade grave precoce possuem uma mutação pontual no ADN.
A disponibilidade de energia dietética por pessoa varia de forma acentuada entre diferentes regiões e países, e foi-se alterando de forma significativa ao longo do tempo; entre o início da década de 1970 e o fim da década de 1990, a energia alimentar disponível por pessoa e por dia (a quantidade de alimentos comprados) aumentou em todas as partes do mundo, sendo que a maior disponibilidade encontra-se nos Estados Unidos da América.
Hipotiroidismo: corresponde a uma diminuição na produção das hormonas da tiroide. Os sintomas desta doença incluem voz rouca, fadiga e aumento de peso devido à diminuição do ritmo metabólico.
Síndrome de Cushing: corresponde a um aumento de produção das hormonas corticosteroides. Alguns dos sintomas são a face ruborizada, a ocorrência de cicatrizes roxas, o aumento de peso e a depressão. A principal causa desta síndrome advém do tratamento prolongado com corticosteroides orais.
Compulsão alimentar: é caracterizada pela ingestão de grandes quantidades de alimentos num período delimitado de tempo (até 2 horas), acompanhado pela sensação de perda de controlo. Este distúrbio caracteriza-se por não ter qualquer comportamento de compensação para evitar um possível aumento de peso.
Alguns medicamentos podem provocar aumento de peso ou alterações na composição do corpo, como a insulina, sulfonilureias, tiazolidinedionas, antipsicóticos atípicos, antidepressivos, glicocorticoides, alguns anticonvulsivos, pizotifeno, algumas formas de contraceção hormonal e corticosteroides.
Existem várias atitudes sociais que aparentam aumentar o risco de obesidade, como o stresse, que pode ser causado pela ansiedade e pela depressão, fazendo com que a pessoa sinta angústia, e como a discriminação, que devido à aparência, as pessoas com excesso de peso são alvos de preconceito nos relacionamentos sociais e locais de trabalho.
A obesidade é um problema de saúde e não apenas um problema estético, associando-se a um grande número de doenças, assim como a uma redução da esperança de vida.
-Doenças cardiovasculares;
-Doenças metabólicas;
-Doenças pulmonares;
-Doenças reprodutoras.
Para emagrecer, as pessoas podem fazer uma reeducação alimentar (dieta), passando por beber 1,5 l de água por dia, reduzir a quantidade de hidratos de carbono, evitar alimentos processados, bebidas açucaradas e óleos vegetais e apostar nos vegetais, frutas e leguminosas.
Semáforo Nutricional
Semáforo Nutricional
Os desportos recomendados para a perda de peso são os aeróbios ou de resistência, como as caminhadas, a natação ou o ciclismo. Porém, é fundamental que os exercícios sejam realizados de forma regular, progressiva e moderada, de modo a evitar os esforços bruscos, muito intensos ou demasiado prolongados.
De acordo com o Instituto Português do Desporto e da Juventude, um adulto deve fazer, em média, 5 horas de exercício físico por semana.
A gastroplastia tem como objetivo reduzir o peso de pessoas com o IMC muito elevado, normalmente em pacientes com mais de 35 Kg/m² que têm complicações como apneia do sono, aumento de gorduras no sangue e problemas articulares, ou com 40 Kg/m² que não tenham obtido sucesso na perda de peso após dois anos de tratamento clínico
A indústria da perda de peso explodiu nos últimos anos, sendo que a venda e utilização de fármacos para o tratamento de obesidade aumentou imenso. Os mais comuns são o orlistato, a lorcaserina e a associação fentermina/topiramato. No entanto, a maioria destes medicamentos provocam efeitos secundários negativos na saúde.
O tratamento de crianças passa, sobretudo, por intervenções ao nível do estilo de vida e técnicas de comportamento, embora as tentativas de fazer aumentar a atividade física em crianças tenham, geralmente, pouco êxito.
A psicoterapia com crianças obesas, além de trabalhar no sentido da perda de peso, pode ter foco também em outras questões psicológicas, já que, a maioria das crianças nesta condição apresentam um maior comprometimento emocional (níveis mais altos de insegurança, retraimento, dependência, imaturidade e agressividade reprimida).
Gráfico
Nas sociedades contemporâneas, é o excesso de comida e de bebida, associado a uma vida cada vez mais sedentária que provoca obesidade.
Apesar de ser um fenómeno relativamente recente, que surgiu em 1980, a obesidade é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a epidemia do século XXI, na medida em que, em 2025, estima-se que mais de 50% da população mundial seja obesa.
Desde 1980, o número de obesos duplicou em 73 países e aumentou em outros lugares do mundo, sendo que, antigamente, era considerada um problema dos países industrializados e, atualmente, afeta tanto os países desenvolvidos, como os países em desenvolvimento.
Em Portugal, entre a população adulta, 59,1% das pessoas tem excesso de peso, sendo que a prevalência de excesso de peso é maior nos homens, com 61,8%, do que nas mulheres, com 56,6%. Em termos de obesidade, 24% da população adulta é obesa, em que as percentagens descem para 21,6% nos homens e para 26,3% nas mulheres.
Atualmente, a obesidade representa entre 2% e 7% dos custos dos sistemas de saúde dos países desenvolvidos, sem contar com o montante gasto com as doenças associadas à obesidade. Em 2014, a obesidade custou 1,6 biliões de euros à economia mundial
Custos económicos da obesidade em Portugal
ANO
Milhões de €
% da despesa total de saúde
1996
230 milhões
3,5%
440 milhões
2000
------
2002
297 milhões
2,5%
Os padrões de beleza, definidos pela televisão, revistas e redes sociais, resultam de uma media capitalista que bombardeia, a toda a hora, informações de forma tal que as pessoas esquecem a sua individualidade.
Os resultados desta forte influência são notórios, como a obsessão pelo corpo perfeito, as dietas, o exercício físico excessivo, as cirurgias plásticas, a moda, os produtos de beleza, entre muitos outros.
Todas as pessoas têm um metabolismo, formato de corpo, genética, rotina e necessidades biológicas distintas, sendo que cada um de nós precisa de encontrar o seu peso saudável, que não é necessariamente o peso das pessoas das capas de revista.
A pessoa obesa, vista pela sociedade como uma pessoa sem força de vontade ou desleixada, pode sofrer de grandes problemas de autoestima. Mais do que afetar o físico, a obesidade também compromete o sistema emocional humano.
Hoje em dia, ser “gordo” tornou-se numa “falha de carácter”; mesmo que haja casos de “gordos” comerem menos que pessoas consideradas “exemplares”, a sociedade simplesmente ignora as evidências e faz os seus julgamentos movida pela ignorância.
Criaram-se vários organismos e movimentos que lutam contra a perseguição e estigmatização das pessoas obesas pela sociedade, como é o caso da National Association to Advance Fat Acceptance (NAAFA), que tem como objetivo acabar com a discriminação de tamanho.
Os seguidores do movimento tentam encontrar maneiras para combater as ideias discriminatórias que as sociedades ocidentais têm a respeito da obesidade. Nos últimos tempos, o mercado da moda para pessoas obesas aumentou muito e os concursos plus-size começaram a ganhar o seu espaço e visualização perante a media.
As pessoas que se tornam obesas por problemáticas relacionadas com aspetos biológicos podem ser mais vulneráveis ao desenvolvimento de perturbações psíquicas como a ansiedade e a depressão. Podem, muitas vezes, ser vítimas de discriminação ou sentir-se incapazes de participar em determinadas atividades e, por isso, tendem a isolar-se.
Os distúrbios de identidade e de autoimagem, bem como uma baixa autoestima vão afetar negativamente a imagem corporal, conduzindo a pessoa a ser inundada de sentimentos de desvalorização, auto preconceito, fobia social e até aversão ao próprio corpo.
Sendo a obesidade caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo, de acordo com a Psicanálise, a obesidade não se prende ao ponto de vista estético ou físico/patológico, mas à representação simbólica e aos fatores psicoemocionais, na medida em que a obesidade só é classificada como um sintoma a partir do momento em que incomoda o indivíduo.
Quem sofre com este tipo de distúrbio alimentar, quase sempre, possui razões mais profundas que a mera “gula”, sendo que a grande questão para quem sente a necessidade “desnecessária” de comer, é perguntar-se: por que estou a comer, o que estou a tentar saciar, já que a fome não é?