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Introdução

Introdução

EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL (EIP)

EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL (EIP)

A EIP se estrutura na condição onde duas ou mais profissões aprendem juntas sobre o trabalho em equipe e colaboração interprofissional, como também alusões acerca dos núcleos profissionais, na melhoria da qualidade do cuidado ao usuário.

(McNAIR et al., 2005)

EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL - (EIP)

Boa efetividade, de forma intensa, dos projetos de Educação Interprofissional desencadeando avanços na formação profissional, na qualidade do trabalho em equipe e no cuidado ao paciente, quando implantados como proposta pedagógica no início da graduação.

BARR, 2015; SANTOS, 2015; ROSSIT et al.,2014; BANDALI et al., 2012; AGUILAR-DA-SILVA, et al., 2011; e McNAIR et al., 2005.

Center for the Advancement of Interprofessional Education - CAIPE

... quando uma ou mais categorias profissionais aprendem “com, para e sobre cada uma” com o escopo de aperfeiçoar o diálogo, a colaboração interprofissional e, com isto, a qualidade do cuidado.

(CAIPE, Londres)

Modelos pedagógicos no Brasil

Modelos pedagógicos no Brasil

Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), campus Baixada Santista;

Faculdade de Ceilândia da Universidade de Brasília (UnB);

Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

(Câmara et al., 2016)

MÓDULO INTERPROFISSIONAL

Módulo

Inter

A

Abordagem focada na crítica da realidade, na busca pela conscientização, no desenvolvimento de um processo onde o sujeito torna-se capaz de apreender a unidade dialética entre ele e o objeto de ensino.

(FREIRE, 1996)

B

Cursos: 6

Subturmas: 6

Tutores: 18

Preceptores: 18

USF's: 18

C

AVALIAÇÃO

Egressos sendo recomendados nas políticas de avaliação implementadas pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), frente a relevância atribuída a esses alunos pela probabilidade de fornecer contribuições e formar elos entre a formação e a prática profissional, ao avaliarem o currículo que tiveram.

(BRASIL, 2007; SAKAI e CORDONI JR, 2004)

ESTUDO

PROCESSOS

DO ESTUDO

PERGUNTA

Como os alunos avaliam o Módulo, a partir da experiência vivenciada, considerando organização, planejamento, conteúdo, metodologia, atuação da preceptoria e tutoria e sua contribuição para o saber pessoal e do grupo?

OBJETIVO

Apreciar a avaliação discente acerca de Módulo Interprofissional, desenvolvido no primeiro período de curso de graduação em área da saúde, considerando organização, planejamento, conteúdo, metodologia, atuação da preceptoria e tutoria e sua contribuição para o saber pessoal e do grupo.

METODOLOGIA

MÉTODO

LOCAL, PERÍODO E POPULAÇÃO

LOCAL, PERÍODO E POPULAÇÃO

  • Campus da Universidade de Pernambuco
  • Semestres letivos 2015.2 e 2016.1
  • 267 estudantes egressos do Módulo

NATUREZA DO ESTUDO

NATUREZA DO ESTUDO

Estudo quantitativo, de desenho observacional, individuado e transversal.

Apresentar-se como o procedimento que consiste em apresentar características de determinadas populações ou fenômenos usando métodos científicos. Uma de suas peculiaridades está na utilização de técnicas padronizadas, como de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática.

(ALMEIDA FILHO; BARRETO, 2011; BRAGA, 2007)

VARIÁVEIS

VARIÁVEIS

Independente: a formação no Módulo Interprofissional;

Interveniente: a diferença no número de discentes por curso que participaram do estudo poderia ter levado a um efeito modificador, devido a suas concepções imbricadas na cultura das formações prévias. Especialmente no que tange aos alunos de ciências biológicas e de saúde coletiva, porém não houve diferença de resultado com ou sem a participação destes alunos.

INDICADORES

INDICADORES

Percentual de alunos que avaliaram cada variável, segundo a escala proposta.

COLETA E ANÁLISE DE DADOS

COLETA E ANÁLISE DE DADOS

  • Questionário online, ao final de cada semestre (2015.2 e 2016.1);
  • Treze questões estruturadas, com base nas 6 variáveis;
  • Escala de avaliação "tipo Likert".

(Excelente, Muito bom, Bom, Regular e Fraco)

Análise: frequência simples e percentagem.

ASPECTOS ÉTICOS

  • Pesquisa aprovada em Comitê de Ética

Parecer N° 063036/2016.

  • Todos os participantes assinaram Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

RESULTADOS

DISCUSSÃO

ORGANIZAÇÃO E PLANEJAMENTO

ORGANIZAÇÃO E PLANEJAMENTO

Em média 250 alunos, 18 tutores e 18 preceptores

Avaliação bastante satisfatória, uma vez que o rigor organizativo deve existir a fim de evitar o descontrole das possíveis situações, que podem atrapalhar o percurso metodológico e, torná-lo frágil na concepção dos estudantes.

Souto et al. (2014), corrobora esta importância da organização e planejamento, quando comenta que a partir do momento em que o componente se encontra bem estruturado e com planejamento horizontal, no qual os alunos experimentam a prática permanente do diálogo interprofissional, se aumenta potencialmente o pensar em novas interações no trabalho em equipe.

CONTEÚDO

CONTEÚDO

CONTEÚDO

O alto nível de aprovação da variável ‘conteúdo’, deve impressionar com cautela, por se tratar de uma questão que apresenta dificuldade de alinhamento do material teórico com o material humano que irá trabalhá-lo, podendo, então, modificar toda a lógica idealizada para o desenvolvimento do componente curricular.

Assim, Batista e Batista (2016) versam, a respeito de um estudo analisado, que caracteriza o desafio do docente, onde é enfatizado o quão relevante é a competência do professor enquanto mediador no processo de ensino-aprendizagem aportadas na EIP.

CONTRIBUIÇÃO PARA O SABER PESSOAL E DO GRUPO

CONTRIBUIÇÃO PARA O SABER PESSOAL E DO GRUPO

CONTRIBUIÇÃO PARA O SABER PESSOAL E DO GRUPO

Considerando o resistente reconhecimento dos discentes, em relação ao aumento de seu conhecimento/saber, refere-se positivamente ao resultado obtido, com as ponderações que afirmam aumento do saber pessoal e do grupo, elevando a qualificação do Módulo. Resultado corrobora com os achados de Rossit et al. (2014) que apontou em seu estudo uma proporção de 84% de satisfação da amostra quanto a formação recebida, os quais indicam as contribuições da formação, no ponto de vista da EIP, no desenvolvimento das competências colaborativas para o trabalho em equipe e a integralidade do cuidado.

ATUAÇÃO DA PRECEPTORIA

ATUAÇÃO DA PRECEPTORIA

ATUAÇÃO DA PRECEPTORIA

Costa et al. (2015) verificou que as instituições de ensino superior consideram que vêm adotando a EIP e a interdisciplinaridade como instrumentos para a formação de preceptores e tutores, entretanto no mesmo estudo evidencia contradição conceitual dos termos interprofissionalidade e multiprofissionalidade, caracterizado pela descrição das atividades realizadas, onde são claramente direcionadas ao conceito ‘multi’.

O conhecimento dos preceptores foi exposto como excelente para maioria dos egressos, o que segundo Haddad et al. (2012) representa avanço no processo de ensino-aprendizagem, que se dá desde o princípio e ao longo de todo o curso – perfazendo a prática, inserido e articulado com a rede de serviços, enfatizando a atenção básica, na compreensão ampliada dos determinantes sociais, com destaque no aprendizado do aluno e no uso das metodologias ativas em seu relacionamento com os discentes.

ATUAÇÃO DA TUTORIA

ATUAÇÃO DA TUTORIA

ATUAÇÃO DA TUTORIA

Santos (2015, p.80) diz:

"Tal profissional pôde ainda ser percebido como instrumento para uma efetiva relação de união ou desagregação entre os alunos no grupo e de adesão às atividades propostas na disciplina. Foi considerado como o promotor de atividades que exemplificam a necessidade de uma prática colaborativa e complementar entre as diferentes categorias profissionais, mas, também, aquele que pode tornar a disciplina agradável, ou não, aos olhos dos alunos"

Silva (2011) diz que o tutor, enquanto professor, desempenha papel primordial se considerar que ele deva ser o indivíduo que encanta os estudantes para que se tornem seres conscientes de seu papel enquanto aprendiz e indivíduo com responsabilidade social.

ATUAÇÃO DA TUTORIA

Outra questão a ser considerada como hipótese frente às avaliações positivas é a de que o tutor pode adequar ocasiões de compartilhamento de saberes não apenas entre ele e os alunos, mas, também, entre os próprios discentes, ou, também, entre alunos e os profissionais dos serviços de saúde, nas práticas, corroborando, assim, para que a EIP e a prática colaborativa ocorram nos mais distintos espaços e ocasiões.

METODOLOGIA

METODOLOGIA

METODOLOGIA

McNair et al. (2005) afirma que metodologia e avaliação tradicionais não poderão ter lugar num currículo inovador.

Com o material e método correto utilizados, o aluno passa a ser visto como um agente transformador do seu processo de ensino-aprendizagem, como apontam os discentes que afirmam que passaram a não ser mais “objeto de sua educação”, mas, sim, “agentes para a sua mudança” (BARR; LOW, 2013).

METODOLOGIA

“O educador já não é aquele que apenas educa, mas, o que enquanto educa, é educado em diálogo com o educando que ao ser educado também educa [...]” (FREIRE, 1996).

Assim, é de extrema importância que exista a compreensão de tutores e professores, desse modo de ensinar e, também, da lacuna existente entre o profissional que se quer formar, diante das legítimas necessidades dos serviços de saúde, e a formação ofertada.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

CONCLUSÃO

Com pioneirismo no estado, avaliar a EIP em alusão a percepção de estudantes na formação interprofissional, do trabalho em equipe, da integralidade do cuidado e da atenção, se faz relevante na perspectiva da difusão da empreitada afim de que mais profissionais sejam formados em uma ótica integral.

Com pioneirismo no estado, avaliar a EIP em alusão a percepção ...

Foi expressiva a relação apontada nas avaliações condizentes c...

Foi expressiva a relação apontada nas avaliações condizentes com o método utilizado. A interação com os serviços de saúde, suas equipes e a comunidade permitiu, ao aluno, uma aproximação com sua futura prática profissional, além dos profissionais e da realidade das comunidades, dos usuários e suas famílias. Essa vivência no contexto do Módulo foi apontada como sendo rica, justamente por proporcionar, aos discentes, a interlocução com tutores e preceptores, colegas de curso e módulo, profissionais dos serviços de saúde e a comunidade, e, com isso, dar voz a todos os sujeitos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, o que é confluente a estudos já publicados quanto à prática da EIP.

DESAFIOS

  • A própria dinâmica do ensino, na qual existem resistências discentes e docentes entre áreas do conhecimento dentro de uma mesma categoria profissional;
  • A formação uniprofissional;
  • Organização da estrutura curricular dos cursos que dificulta uma aprendizagem comum; e
  • O potente modelo biomédico norteador das práticas profissionais em saúde.

Assim, continuaremos contribuindo com a onda cont...

Assim, continuaremos contribuindo com a onda contra hegemônica para a melhor e mais integral formação que a Universidade pública e estatal puder ofertar.

Destarte, se faz necessária a ampliação da discussão acerca da educação interprofissional entre instituições de ensino, estudantes, professores e sociedade civil, para que hajam reais mudanças na formação acadêmica. E serão esses ventos de mudança que farão brisa na população melhor cuidada no futuro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

REFERÊNCIAS

AGUILAR-DA-SILVA RH; SCAPIN LT; BATISTA NA. Avaliação da formação interprofissional no ensino superior em saúde: aspectos da colaboração e do trabalho em equipe. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior. V. 16, 2011, p.165-182.

Almeida Filho N; Barreto ML, organizadores. Epidemiologia & Saúde – Fundamentos, Métodos e Aplicações. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2011. p. 165-174.

BANDALI KS; CRAIG R & ZIV A. Innovations in applied health: Evaluating a simulation-enhanced, interprofessional curriculum. Medical Teacher. V. 34, 2012, p.e176–e184.

BARR H. Interprofessional education: the genesis of a global movement. London: Centrefor Advancement of Interprofessional Education; 2015.

BARR H; LOW H. Introducing Interprofessional Education. Fareham (PO): CAIPE, 2013. 36 p.

BATISTA NA. Educação Interprofissional em Saúde: concepções e práticas. Caderno FNEPAS. V.2, 2012, p. 25-28.

BORDENAVE JD; PEREIRA AM. Estratégias de ensino aprendizagem.4. ed. Petrópolis: Vozes, 1989.

BRAGA KS. Aspectos relevantes para a seleção de metodologia adequada à pesquisa social em Ciência da Informação. In: MUELLER, S. P. M. Métodos para pesquisa em Ciência da Informação. Brasília: Thesaurus, 2007. p.17-37.

CÂMARA AM; CHAGAS S; CYRINO AP; CYRINO EG; AZEVEDO GD; COSTA MV; BELLINI MIB; PEDUZZI M; BATISTA NA; BATISTA SHSS; REEVES S.

Interprofessional education in Brazil: building synergic networks of education a land health care processes. Interface (Botucatu. Online), v. 20, p. 5-8, 2016.

Center for the Advancement of Interprofessional Education (CAIPE) Interprofessionalducation – a definition. [Internet] [acesso em: 19 de abril de 2017] Disponível em: http://www.caipe.org.uk/

SAKAI MH; CORDONI JRL. Os egressos da Medicina da Universidade Estadual de Londrina: sua formação e prática médica. Revista Espaço para a Saúde, Londrina. V.8, n.1, 34-47, 2004.

SANTOS LC. A educação interprofissional na graduação de medicina e enfermagem: vivênvias e percepções de alunos. 2015. 134 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Medicina de Botucatu, 2015.

SILVA RHA. Educação interprofessional na graduação em saúde: aspectos avaliativos da implantação na Faculdade de Medicina de Marília (Famema). Educar Rev., n.39, p.159-175, 2011.

SOUTO TS; BATISTA SHSS; BATISTA NAA Educação Interprofissional na Formação em Psicologia: Olhares de Estudantes. Psicologia: Ciência e Profissão (Impresso), v. 38, p. 32-45, 2014.

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO. Faculdade de Ciências Médicas. Formação Interprofissional em saúde na UPE. Documento técnico de orientação pedagógica [Internet]. Recife, 2014. [acesso em: 19 de abril de 2017]. Disponível em: https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=ZGVmYXVsdGRvbWFpbnxtb2R1bG9pbnRlcnByb2Zpc3Npb25hbHVwZXxneDoxODYyNWJjZTFjYTRmYTk1

FORA TEMER!

OBRIGADO