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Moda, Ciclos e a Evolução
Fast Fashion significa um padrão de produção e consumo no qual os produtos são fabricados, consumidos e descartados muito rápidamente. Trazendo consequências negativas para o ambiente.
A sociedade atual vive a era da hipermodernidade.
Isto é a velocidade acelerada atinge todas as esferas da vida, a começar pelo trabalho, atividades cotidianas, e até chega a provocar mudanças tecnológicas e transformações no processo produtivo.
O desenvolvimento da humanidade é caracterizado por diversos momentos de instabilidade, revoluções e crises que proporcionaram o cenário mundial contemporâneo.
A moda atual é global e abrangente, não sendo definida apenas pela alta-costura, tendo a capacidade de atingir todos os setores da sociedade.
De acordo com a Fundação Ellen McArthur, a produção de roupas aproximadamente duplicou nos últimos 15 anos, um aumento impulsionado pelo crescimento da classe média á volta do mundo e pela alta das vendas per capita nos países desenvolvidos. O crescimento estimado de 400% no PIB global até 2050 implicará uma procura ainda maior por vestuário. Esse cenário pode ser uma oportunidade para agirmos melhor. Um estudo revelou que solucionar os problemas ambientais e sociais criados pela indústria da moda proporcionaria um ganho de US$ 192 bilhões para a economia global até 2030. O valor das roupas descartadas de forma prematura hoje é de US$ 400 bilhões por ano.
Grandes empresas costumam contratar a produção em países ou regiões de baixos salários e escassa organização operária.
Direitos básicos são desconsiderados com frequência, o que se reflete em situações bastante precárias nos ambientes de trabalho.
Saídos de locais onde as possibilidades e perspetivas são insignificantes, esses trabalhadores costumam ser atraídos pelas promessas aliciadoras, sujeitando-se a um alojamento precário e a alimentação inadequada e água de má qualidade. Também têm uma carência de assistência médica, enfrentando assim, jornadas de trabalho exaustivas e até, em diferentes casos, maus tratos, com violência física.
A fabricação de roupas ajudou a estimular o crescimento das economias em desenvolvimento, mas uma análise mais detalhada mostra uma série de desafios sociais. Por exemplo: de acordo com a ONG Remake, 75 milhões de pessoas, hoje em dia, trabalham a produzir roupas, 80% da produção vem de mulheres jovens entre 18 e 24 anos. Trabalhadores do setor de vestuário em Bangladesh, principalmente mulheres, ganham á volta de US$ 96 por mês. A tabela de salários do governo sugere que uma pessoa precisa em média 3,5 vezes esse valor para ter “uma vida decente com suas necessidades básicas atendidas”. Um relatório do Departamento de Trabalho dos Estados Unidos comprovou a existência de trabalho infantil e de trabalhos forçados na indústria da moda na Argentina, Bangladesh, Brasil, China, Índia, Indonésia, Filipinas, Turquia e Vietnã, entre outros países. O consumo cada vez mais rápido das peças e a necessidade de produzir para ciclos de moda mais curtos geram pressão sobre os recursos, resultando em uma linha de produção que coloca os lucros à frente do bem-estar humano.
A produção de roupas também é uma fonte considerável de emissões e de consumo de recursos. Consideremos que: fabricar umas calças de ganga emite o equivalente a conduzir um carro por 128kms; roupas descartadas feitas de tecidos não biodegradáveis podem permanecer em aterros até 200 anos; são necessários 2.700 litros de água para fabricar uma camisa de algodão, o suficiente para atender a média de consumo de uma pessoa por dois anos e meio . Tudo isto ao acumular-se cada vez mais, tráz graves prejuiços para o ambiente e para as vidas humanas e selvagens, por causa do despejo dos restos de roupas utilizadas para os mares.
O slow fashion prioriza a qualidade em detrimento da quantidade, bem como bem-estar dos trabalhadores, remuneração justa dentre outros. Esta prática está atenta a todos os processos de produção.
A Zara e a H&M estão cada vez mais empenhadas a mudar o ritmo do Fast Fashion atual, explorando iniciativas de reciclagem em loja. Tais como:
H&M
Já recolheu cerca de 40 mil toneladas de peças de vestuário
Zara
Começou a instalar pontos de recolha durante 2016 nas lojas da Europa.
Apesar de cada vez mais haver investimentos graduais, o comportamento e a mente dos consumidores está a ser difícil de mudar.
Mas apesar disso, já existe mudanças em termos de utilização de camisolas com mais anos de vida, ou seja que não se estraguem logo na primeira lavagem, para assim durarem mais.
Ainda existem muitas lojas que utilizam o sistema do Fast Fashion, mas já existem mudanças de mentalidades a nivel das pessoas, e a nivel das lojas face ao problema do consumismo rápido, combatendo-o com o Slow Fashion.