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Sistema imunitário

Introdução

A barreira física da pele é a primeira e mais imediata proteção do organismo contra agentes patológicos presentes no ar, no solo e na água. Quando essa barreira se rompe -- devido a uma ferida, por exemplo -- entram em ação mecanismos de defesa que, em conjunto, constituem o sistema imunológico.

Imunologia é a ciência que estuda a imunidade, capacidade que tem o organismo de resistir ao ataque de microrganismos invasores como forma de se proteger de infecções e reagir contra toxinas produzidas por esses microrganismos ou contra substâncias nocivas que nele penetre.

Conceitos

Conceitos

Vivemos em ambientes repletos de microorganismos potencialmente capazes de nos causar doenças. São os chamaos agentes infecciosos ou patogênicos. Todos os dias, milhares deles penetram em nosso corpo através da pele, das vias aéreas e das vias digestivas. Entretanto, a incidência de doenças infecciosas, ao longo da vida de uma pessoa, é surpreendentemente baixa. Isso se deve a um bem equipado "exército de defesa", estrategicamente localizado em todas as partes do corpo.

O combate aos agentes infecciosos ocorre, habitualmente, graças a três tipos de mecanismos:

1) processos que tentam evitar a penetração do agente infeccioso;

2) respostas inespecíficas contra esse agente;

3) resposta imune específica.

Barreiras naturais

Barreiras naturais

Nosso corpo apresenta alguns órgãos que se expõem ao ambiente e, portanto, constituem-se em verdadeiras "portas de entrada" para agentes infecciosos. Os principais são a pele, as vias aéreas, o tubo digestivo e as vias urinárias. Cada uma delas possui seus artifícios contra a penetração de microorganismos.

A pele é revestida, em seu estrato mais superficial, por uma camada de células mortas, impregnadas por queratina, uma proteína. Além de garantir certa impermeabilização, essa camada representa uma barreira mecânica eficaz contra a penetração de agentes infecciosos. As secreções sebáceas também contribuem para a proteção da pele, pois possuem ácidos graxos de ação antimicrobiana.

As mucosas das vias aéreas, digestivas e urinárias contam com muitas substâncias dotadas de ação antimicrobiana, como anticorpos e lisozima. Entretanto, como são desprovidas da camada de células mortas, geralmente são o local de penetração de microorganismos patogênicos.

Resposta imune adaptativa

- Possui elevada especificidade

- Reconhece cada patógeno e age de maneira específica para combatê-lo

- Gera memória ao agente infeccioso

- A resposta adaptativa torna-se cada vez mais eficiente após cada encontro sucessivo com o mesmo patógeno, gerando uma imunidade prolongada.

- A especificidade e a memória imunológica se devem à ação dos linfócitos, leucócitos responsáveis pela produção de anticorpos.

Resposta imune inata

Já a resposta imune inata não se altera mediante exposição repetida a um dado agente infeccioso. Nesse caso, as células que atuam na defesa são leucócitos de ação inespecífica, como neutrófilos, eosinófilos, basófilos, monócitos e macrófagos, que combatem os patógenos por meio da fagocitose ou degranulação.

Imunidade

inata

Mecanismos de defesa

Os principais tipos de células fagocitárias são os neutrófilos, os monócitos e os eosinófilos.

Neutrófilos – Leucócitos mais abundantes no organismo, circulam pelo sangue reconhecendo e fagocitando patógenos invasores.

Monócitos – Se diferenciam em macrófagos, podendo permanecer no sangue ou se alojar nos linfonodos, no baço e em outros tecidos linfoides, “inspecionando” a linfa e fagocitando invasores.

Eosinófilos – Leucócitos especializados em destruir parasitas, como vermes, que tenham sido recobertos por anticorpos.

Uma classe de leucócitos não fagocitários, conhecida como células assassinas naturais (do inglês, natural killer cells), pode reconhecer células infectadas por vírus e algumas células tumorais, em comparação com as células normais, e realizar a lise dessas células-alvo. Além dessa ação inespecífica, as células assassinas naturais também fazem parte da defesa específica.

Interferons

Quando as células são infectadas por vírus, elas produzem pequenas quantidades de uma proteína antimicrobiana chamada interferon, que aumenta a resistência das células vizinhas à célula contaminada contra infecções do mesmo vírus ou até de outros. Como não possuem ação específica, os interferons correspondem a uma das linhas de defesa inata do corpo contra infecções virais.

Inflamação

No processo infeccioso ocorre recrutamento de leucócitos, denominado inflamação, é feito por meio da liberação de diversos sinalizadores químicos, a exemplo da histamina, secretada pelos mastócitos e basófilos.

A histamina possui propriedade vasodilatadora (provocando vermelhidão e calor na área inflamada).

Aumenta a permeabilidade dos capilares, permitindo o escape de plasma sanguíneo e de células fagocitárias, o que causa o inchaço característico das inflamações. Já a dor é resultante principalmente da compressão provocada pelo inchaço local.

Os macrófagos fagocitam os patógenos e restos celulares, contribuindo para a melhora da inflamação. Produzem, ainda, várias citocinas que induzem a febre, importante por inibir o crescimento dos organismos invasores. As citocinas podem também atrair células de defesa ao local da lesão e iniciar uma resposta imune específica contra o patógeno.

Imunidade específica

Resposta imune específica

Substâncias estranhas ao corpo costumam desencadear uma resposta de defesa que envolve a participação de células e de anticorpos. Essas substâncias são conhecidas como antígenos, e podem ser componentes das células dos agentes infecciosos (vírus ou bactérias), toxinas produzidas por esses mesmos agentes (como a toxina tetânica e a toxina diftérica), ou simples moléculas provenientes de outros seres vivos.

As células fagocitárias da nossa defesa orgânica atuam como células apresentadoras de antígenos. Quando combatem e destroem agentes infecciosos, colocam os antígenos desses agentes em contato com células reconhecedoras, os linfócitos T. Quando os linfócitos T são estimulados pelos antígenos, passam a secretar linfocinas, substâncias que iniciam a etapa específica da resposta imune.

Algumas dessas linfocinas aumentam a migração de neutrófilos para o local da infecção, elevando a capacidade de destruição de microorganismos. Outras linfocinas atuam sobre os linfócitos B, células que, quando estimuladas, convertem-se em plasmócitos, células produtoras de anticorpos.

Doenças autoimunes

Nos casos de autoimunidade, o organismo passa a não reconhecer o que é seu, tratando células e órgãos como elementos estranhos que devem ser destruídos. Assim, o corpo pode destruir suas próprias células por meio de seus anticorpos.

Doenças

autoimunes

Doenças

Diabetes tipo I (5-50 ocorrências/100 mil pessoas)

O sistema imune ataca e destrói as células das ilhotas pancreáticas, produtoras do hormônio insulina. O diabetes tipo I ou juvenil desenvolve-se antes dos 40 anos de idade e é causado pela redução acentuada de células beta do pâncreas. O tratamento envolve injeções diárias de insulina e restrição de carboidratos na dieta.

Lúpus eritematoso (30-100 ocorrências/100 mil pessoas)

Todos os órgãos do corpo podem ser atacados, causando inflamações. Trata-se de uma doença de difícil diagnóstico, dada a inespecificidade dos sintomas. Os cientistas acreditam que a doença tenha um componente genético, já que é comum haver múltiplos casos dentro de uma mesma família. O tratamento inclui medicamentos imunossupressores, mas não há cura.

Esclerose múltipla (5-130 ocorrências/100 mil pessoas)

Nesse caso, a destruição da bainha de mielina dos neurônios do encéfalo e da medula espinal promove progressivo comprometimento das funções neuromusculares e sensoriais. De modo geral, a doença costuma aparecer entre os 20 e 40 anos de idade. Casos na família elevam em até dez vezes as chances de uma pessoa desenvolver a doença. O tratamento inclui medicamentos corticosteroides, mas não há cura.

Vitiligo (1% da população mundial)

Os anticorpos atacam os melanócitos, provocando o aparecimento de manchas brancas na pele. A doença pode levar a hiper ou hipotireoidismo, anemia e inflamação dos olhos. O tratamento inclui o uso de corticoides e a fototerapia.

Sistema Imunitário

O sistema imunológico, também chamado de imune ou imunitário, é o conjunto de células, tecidos, órgãos e moléculas responsáveis pela retirada de agentes ou moléculas estranhas do organismo de todos os seres vivos, com a finalidade de manter a homeostasia dinâmica do organismo. O funcionamento do sistema imune consiste na resposta coletiva e coordenada das células e moléculas diante dos agentes estranhos; isto caracteriza a resposta imune.

Sistema Imunitário

Memória imunológica

Memória imunológica

Assim, quando os seres humanos são submetidos pela primeira vez ao contato com determinado antígeno, tem-se uma resposta imunitária primária, com linfócitos produzindo clones de células efetoras e de memória. As células efetoras destroem os invasores e logo morrem; já as células de memória se multiplicam e compõem o sistema imune, formando a memória imunológica.

Durante a ação da resposta imune adaptativa, um linfócito (célula B ou T) ativado produz dois tipos de células: células efetoras e células de memória.

Células efetoras – Realizam o ataque ao antígeno. Elas tanto podem ser plasmócitas, produtoras de anticorpos, como células T, que, uma vez ligadas ao determinante antigênico, liberam mensageiros moleculares. Essas células vivem poucos dias.

Células de memória – Possuem a capacidade de iniciar uma divisão, ao menor sinal de estimulação, produzindo mais células efetoras e mais células de memória. Essas células podem sobreviver por décadas.

A memória imunológica explica por que encontros subsequentes com o mesmo antígeno resultam em uma resposta imunitária mais eficiente, com uma maior e mais rápida produção de anticorpos contra determinado antígeno. Essa resposta é denominada resposta imunitária secundária.

Graças à memória imunológica, desenvolveu-se a imunidade natural para doenças como catapora, sarampo e rubéola. A memória imunológica, porém, varia de um patógeno para o outro, havendo doenças para as quais a proteção é limitada. Esse é o caso de doenças causadas por patógenos altamente mutagênicos, como os vírus da gripe.

Tipos de imunidade

adaptativa

Existem dois tipos de imunidade: a humoral e a celular.

  • A imunidade humoral - resposta mediada por moléculas no sangue chamadas de anticorpos, produzidos pelos linfócitos B. É o principal mecanismo de defesa contra microrganismos extracelulares e suas toxinas. Os anticorpos reconhecem os antígenos (qualquer partícula estranha ao corpo), neutralizam a infecção e eliminam estes antígenos por variados mecanismos efetores.

Tipos de imunidade

  • A imunidade celular - resposta mediada pelos linfócitos T. Quando microrganismos intracelulares, como os vírus e algumas bactérias, sobrevivem e proliferam dentro das células hospedeiras, estando inacessíveis para os anticorpos circulantes, as células T promovem a destruição do microrganismo ou a morte das células infectadas, para eliminar a infecção.

Especificidade antígeno-anticorpo

Especificidade antígeno-anticorpo

As substâncias estranhas ao corpo são genericamente chamadas de antígeno. Os antígenos são combatidos por substâncias produzidas pelo sistema imune, de natureza proteica, denominadas anticorpos, que reagem de forma específica com os antígenos.

Relação antígenos-anticorpos

Denominada afinidade, a força de ligação entre o anticorpo e o antígeno é representada, comumente, pela dissociação constante (Kd), sendo capaz de descrever a concentração necessária de antígenos para ocupar locais de ligação de ½ das moléculas de anticorpos presentes em uma solução com anticorpo. Quando menor for o Kd, maior e mais forte será a interação de afinidade.

A imunidade celular - resposta imune

A imunidade celular - resposta imune

A entrada de um agente invasor gera um mecanismo de defesa, a resposta imune.

Os invasores são detectados pelos macrófagos, que farão a digestão parcial e a comunicação da invasão aos outros componentes do sistema imune. Assim essas substâncias serão eliminadas.

Após ação dos macrófagos, os linfócitos T auxiliadores atuam, ligando-se aos invasores. Isto estimula produção de compostos denominados interleucinas, que estimularão a produção de mais linfócitos T auxiliadores que intensificarão o combate aos antígenos e liberarão outras interleucinas, que estimularão a produção de linfócitos T matadores e linfócitos B.

Parte dos linfócitos produzidos é armazenada, como um tipo especial - as células de memória.

Estas guardam a capacidade de reconhecer agentes infecciosos com os quais o organismo já se deparou. Havendo um novo ataque por agentes conhecidos, as células de memória são estimuladas a se reproduzir, dando início ao processo de defesa do organismo, em um curto intervalo de tempo.

Tipos de imunização

Existem basicamente dois tipos de processo de imunização:

  • Imunização ativa
  • Imunização passiva

Tipos de imunização

Imunização ativa

Imunização ativa

A imunização ativa ocorre quando o próprio sistema imune do indivíduo, ao entrar em contato com uma substância estranha ao organismo, responde produzindo anticorpos e células imunes (linfócitos T). Esse tipo de imunidade geralmente dura por vários anos, às vezes, por toda uma vida. Os dois meios de se adquirir imunidade ativa são contraindo uma doença infecciosa e a vacinação.

Imunização passiva

Imunização passiva

A imunização passiva é obtida pela transferência ao indivíduo de anticorpos produzidos por outro organismo. Esse tipo de imunidade produz uma rápida e eficiente proteção, porém temporária (poucas semanas ou meses).

A imunidade passiva natural - passagem de anticorpos da mãe para o feto por meio da placenta e também pelo leite. Essa transferência de anticorpos ocorre nos últimos dois meses de gestação, de modo a conferir uma boa imunidade à criança durante seu primeiro ano de vida.

A imunidade passiva artificial - duas formas principais: o soro homólogo e o soro heterólogo. A transfusão de sangue é uma outra forma de se adquirir imunidade passiva, já que, virtualmente, todos os tipos de produtos sanguíneos contêm anticorpos.

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