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Psicologia: ciência feita de pensar e de dialogar
Psicologia: História e Matrizes
Prof.ª Mariana Datria Schulze
Faculdade IELUSC
Conforme Barreto e Morato (2008, p. 147), "é reconhecida a extensa dispersão sofrida pela Psicologia, decorrente da utilização de perspectivas epistemológicas, metodológicas e conceptuais diversas".
Esse processo pode ser definido e compreendido por meio da produção de diferentes teorias e sistemas que marcaram a história da Psicologia, especialmente até o final da década de 1980.
De Wundt até a contemporaneidade, muitos nomes, termos, métodos, instrumentos foram possíveis, vislumbrados e identificados como de nossa propriedade. Entendê-los é essencial para o caminhar pela Psicologia.
Condutivismo, também conhecido
PSICOLOGIA DA FORMA OU/E A FENOMENOLOGIA
Seus fundadores, MaxWertheimer (1880-1943), Kurt Koffka (1886-1941) e Wolfgang Köhler (1887-1967), não aceitavam a ideia de decompor a consciência em seus elementos (estrutura não dá conta), nem compreender o mundo a partir da acumulação de elementos (associacionismo não encantou também)
O ponto de partida deveria ser o próprio fenômeno, quer dizer, a experiência imediata. Inicialmente acessada pelo método introspectivo, mas sabendo das limitações e críticas do método, buscam no fenomenológico proposto por Husserl (1982) o procedimento metodológico para a apreensão da experiência imediata. Afinal, como bem dito pelo filósofo, "toda a consciência é consciência de algo”.
Divã, charuto e Édipo
Diferentemente dos já mencionados, apesar de contemporânea a eles em termos
cronológicos, a perspectiva psicanalítica, desenvolvida por Sigmund Freud (1856-1939), se entrecruzou com a constituição da Psicologia como ciência independente.
No entanto, porque não se desenvolveu como produto da academia, não se ocupou das áreas tradicionais da Psicologia. Então, Psicologia é uma coisa, Psicanálise é outra coisa. Ambas teorizam o psicológico e ambas são distintas em sua teorização.
Reconhecemos o lugar que a Psicanálise exerceu para a constituição do espaço psicológico, feito com críticas da própria Psicologia, mas que compreende o método clínico como uma possibilidade de compreensão da psiquê "[...] e da ação clínica como forma de conhecer o humano do homem" (BARRETO e MORATO, 2008, p. 157).
As perspectivas presentes no pensamento psicológico
- impossibilita unificação da Psicologia enquanto ciência?
- expressa diversidade válida e representativa de modos de compreensãopara o/do psicológico humano?
- o quê ou por quem essa ciência se preocupa e se ocupa?
Serbena e Raffaelli (2003) problematizam a dificuldade que a Psicologia possui em se compreender e se defender, enquanto coletivo.
Nesse sentido, parafraseando Japiassu (1982, p. 141), os autores recorrem à seguinte pergunta: "De onde vem esta necessidade da psicologia tornar-se científica, se ela sempre oscilou entre estes dois campos?"
Um estado de dissociação do campo e de incapacidade de diálogo entre as correntes é o que temos - e como isso no corrói e nos fragiliza
Enfocando-se as diversas abordagens psicológicas como diferentes metáforas do encontro do homem com sua subjetividade ou das diferentes maneiras de a alma se manifestar, por conseqüência deve-se considerar que existem várias formas válidas de conhecimento, que a racionalidade e o alcance do conhecimento são ampliados no diálogo com outras formas de saber. Desta maneira, a nova ciência se afirma como um ato criativo que envolve o cientista. A transformação do real e a sua manipulação estão subordinadas à contemplação do resultado e sua compreensão. Isto aproxima a obra científica da obra de arte, permitindo falar de uma dimensão “estética” da ciência.
As próprias necessidades humanas em relação ao conhecimento modificaram-se, principalmente devido às grandes crises sociais, ambientais e tecnológicas na contemporaneidade, pois “não se trata tanto de sobreviver como de saber viver” (Souza Santos, 1997, p. 53) (SERBENNA e RAFFAELLI, 2003, p. 36-37)