Perturbação de Hiperatividade com Défice de atenção
Índice
- O que é?;
- Quais são os tipos de PHDA?;
- Sintomas;
- Causas;
- Diagnóstico;
- Tratamento;
- Problemas de aprendizagem e linguagem associados;
- São crianças menos inteligentes?;
- Fatores que podem piorar o prognóstico;
- Fatores que ajudam a uma boa evolução;
- Vídeos;
- Perguntas e respostas;
- Conclusão;
- Wetgrafia.
Introdução
Neste trabalho vou abordar o seguinte tema "perturbação de hiperatividade e défice de atenção" nas crianças. Este trabalho foi sugerido no âmbito da disciplina de saúde infantil pela professora Conceição Pinto, com o objetivo de conhecer e dar a conhecer está perturbação e algumas curiosidades sobre esta.
O que é?
- É uma perturbação do neurodesenvolvimento das crianças que resulta de alterações no funcionamento do sistema nervoso.
- As crianças com esta perturbação podem apresentar as seguintes caraterísticas:
Défice de atenção e concentração
A criança pode ter dificuldades em:
- Selecionar informações;
- Iniciar atividades;
- Manter a atenção até ao final de uma tarefa;
- Prestar atenção a dois estímulos em simultâneo.
Impulsividade
SWOT Analysis
Estás crianças têm dificuldade em:
- Refletir/pensar antes de agir;
- Prevêr as consequências das suas ações;
- Seguir normas/regras estabelecidas.
Hiperatividade
SWOT Analysis
- Estas crianças podem manifestar um nível excessivo de movimento corporal, as dificuldades podem ser mais evidentes nas situações em que se requer maior tranquilidade.
Outras características
SWOT Analysis
- Baixa tolerância à frustação;
- Baixa auto-estima;
- Dificuldades em seguir normas;
- Desmotivação escolar;
- Rendimento escolar oscilante;
- Dificuldades em respeitar a sua vez, precipitação nas respostas;
- Podem ser pouco populares entre os seus colegas;
- Têm dificuldades em adaptar-se a mudanças;
- São distraídos e imprevisíveis.
Quais são os tipos de PHDA?
Existem três formas de apresentação da PHDA, de acordo com os sintomas que predominam:
- Tipo desatento- com predomínio de sintomas de falta de atenção;
- Tipo hiperativo- impulsivo, com predomínio de sintomas de hiperatividade e/ou de impulsividade;
- Tipo combinado- quando está presente num número significativo dos três grupos de sintomas: desatenção, hiperatividade e impulsividade.
O tipo desatento é mais frequentes nas raparigas mas também afeta os rapazes, e pode ser mais difícil de diagnosticar.
A criança pode não perturbar a aula e parecer sossegada no seu lugar.
Contudo, o foco da atenção e o pensamento ficam dispersos com frequência, longe dos conteúdos que estão a ser lecionados.
Sintomas
Os sintomas são diferentes consoante as idades.
Bebé:
- Torna-se insaciável(esfomeado), facilmente irritável e é com dificuldade que se consegue acalmá-lo.
- Tem dificuldades em dormir e na alimentação.
Primeira infância
- Fica irritado, agitado e inquieto.
- É desobediente e dificilmente fica satisfeito com qualquer coisa.
Criança
- Distrai-se muito facilmente, não conseguindo concentrar-se.
- É muito impulsivo, podendo envolver-se em brigas.
- Pode ou não surgir hiperatividade.
Causas
- Embora as verdadeiras causas sejam desconhecidas, há vários fatores que influenciam a PHDA.
- Influência genética. A probabilidade de adquirir este distúrbio duplica se uma criança tiver um pai ou mãe com esta perturbação.
- Há uma maior tendência para esta perturbação caso os fatores genéticos se conjuguem com fatores ambientais. Por exemplo, ambientes agressivos, familiares conflituosos, negligência por parte dos pais, etc.
- Muitos problemas estão também associados ao momento da gravidez ou do parto, como, por exemplo: hemorragia pré-parto; consumo de tabaco e/ou álcool durante a gravidez; má saúde materna; stress fetal; etc.
- Dieta alimentar pobre em nutrientes, proteínas, vitaminas, ácidos gordos e açúcar.
- Problemas de ansiedade, depressão, intolerância às frustrações, abuso de substâncias químicas, etc.
Diagnóstico
- Este processo envolve questionários, observação direta do comportamento, análise da ficha médica do paciente e do seu ambiente familiar, avaliação neuropsicológica e outras avaliações complementares que poderão ser necessárias.
Não existe ainda nenhum teste sanguíneo ou exame de imagem do sistema nervoso que sejam úteis para diagnosticar a PHDA.
- Trata-se de um diagnóstico difícil, por depender de uma avaliação subjetiva.
- Para o diagnóstico, é necessário que existam pelo menos 6 sintomas de desatenção ou hiperatividade-impulsividade, com uma duração superior a 6 meses.
- Os sintomas podem estar presentes noutras condições e estas crianças podem apresentar outros problemas que se associam a manifestações distintas.
Tratamento
Existem três intervenções que terão de ser realizadas:
- intervenção farmacológica, em que o paciente será medicado;
- intervenção psicoterapêutica, em que haverá um acompanhamento direto de um psicólogo;
- intervenção psicossocial, que procura fazer programas para os familiares e para a escola da criança.
- Será necessário um aconselhamento psiquiátrico, o apoio psicológico educacional e/ou comportamental e terapia ocupacional ou psicopedagógica, pois só os medicamentos são insuficientes.
- A criança terá um longo percurso de esforço e aprendizagem para controlar a sua impulsividade, melhorar a sua atenção e encontrar estratégias de organização e de estudo.
Ambiente Familiar
Convém que haja um ambiente estável e silencioso, principalmente quando o indivíduo precisar de estudar ou trabalhar.
A ajuda dos professores na escola
É crucial e convém que a criança se sente na primeira fila, afastada da janela, para que não haja distrações. Aulas de tutoria ou de apoio também podem ser úteis.
O foco dos pais e dos professores
Deve procurar recompensar a criança pelo seu bom desempenho e valorizar as suas qualidades, e não tanto a punição de erros e falhas cometidas.
Problemas de aprendizagem e linguagem associados
Muitas crianças com PHDA apresentam dificuldades a nível da leitura, ortografia, escrita, matemática e linguagem.
Leitura e ortografia:
- Problemas na segmentação fonémica;
- Problemas em reconhecer palavras pela forma;
- Problema de compreensão da leitura;
- Impulsividade, escassa auto-monitorização e problemas de compreensão devido a fraca memória.
Matemática
Os problemas de cálculo mental são quase universais nas crianças com PHDA e muitas delas têm também dificuldades específicas na área da matemática.
Não têm dificuldades em reproduzir o números de cabeça e podem contar por utilizando os dedos, mas quando se lhes retira esse suporte começam os problemas.
Podem ter também uma discalculia, custa-lhes entender o tamanho relativo das figuras, aprender as tabuadas, recordar sequências de dígitos, entender o significado dos sinais e compreender conceitos matemáticos avançados.
Linguagem oral
Estas crianças costumam ter uma forma diferente de expressar-se e muitos problemas na aprendizagem da leitura que correspondem as dificuldades que têm na hora de descodificar a linguagem no cérebro.
Elas muitas vezes respondem sem ter ouvido a pergunta, interrompem as conversas dos outros e são muito desorganizadas.
Com os seus problemas de escolha, são capazes de se perder em pormenores irrelevantes e podem não saber dar uma ideia de conjunto ao seu discurso.
São crianças menos inteligentes?
Não, as crianças com PHDA tem um coeficiente de inteligência (QI) normal, a não ser que que tenham outros desafios associados.
No geral, as dificuldades escolares relacionam-se com problemas específicos na atenção, funções executivas e auto-regulação que refletem na aprendizagem e no comportamento.
Fatores que podem piorar o prognóstico
- Diagnóstico tardio;
- Fracasso escolar ;
- Educação demasiado permissiva ou excessivamente rígida:
- Ambiente familiar marcado pelo stress e/ou hostilidade/violência;
- Problemas de saúde ou atrasos no desenvolvimento;
- Problemas familiares (alcoolismo, patologias psiquiátricas).
Fatores que ajudam a uma boa evolução
- Diagóstico precoce
- Educação coerente;
- Estabilidade familiar;
- Adaptação e compreensão dos professores;
- Colaboração entre os pais e a escola.
Vídeos
https://www.youtube.com/watch?v=6uazzCz06JI
https://www.youtube.com/watch?time_continue=65&v=srEXGxtQAhs
https://www.youtube.com/watch?v=6AEyNsHj2ZU
Que tipos de phda existem?
Resposta:
Tipo desatento- com predomínio de sintomas de falta de atenção;
Tipo hiperativo- impulsivo, com predomínio de sintomas de hiperatividade e/ou de impulsividade;
Tipo combinado- quando está presente num número significativo dos três grupos de sintomas: desatenção, hiperatividade e impulsividade.
Quais os tres tipos de intervenções no tratamento?
Resposta:
intervenção farmacológica, em que o paciente será medicado;
intervenção psicoterapêutico, em que haverá um acompanhamento direto de um psicólogo;
intervenção psicossocial, que procura fazer programas para os familiares e para a escola da criança.
As crianças com phda são menos inteligentes?
Resposta:
Não, as crianças com PHDA tem um coeficiente de inteligência (QI) normal, a não ser que que tenham outros desafios associados.
No geral, as dificuldades escolares relacionam-se com problemas específicos na atenção, funções executivas e auto-regulação que refletem na aprendizagem e no comportamento.
Quais são os fatores que podem piorar o prognóstico?
Resposta
- Diagnóstico tardio;
- Fracasso escolar;
- Educação demasiado permissiva ou excessivamente rígida;
- Ambiente familiar marcado pelo stress e/ou hostilidade/violência;
- Problemas de saúde ou atrasos no desenvolvimento;
- Problemas familiares (alcoolismo, patologias psiquiátricas).
Conclusão
Com este trabalho pude conhecer um pouco mais sobre esta doença, mais concretamente o que é, as suas causas, como diagnosticar entre outras, com o objetivo de dar a conhecer também aos meus colegas.