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Wilfred Bion

Biografia

Biografia

-Nasceu em 1897 em Muttra, no Punjab.

- Com oito anos foi enviado para um colégio interno em Londres .

-Aos 19 anos ingressou nas Forças Armadas e atuou na I Grande Guerra com distinção, atingindo a patente de capitão.

-Ao fim da guerra estudou medicina e em seguida, envolveu-se com a prática psiquiátrica. Em 1932 começou trabalhar como médico assistente na Tavistock Clinic de Londres.

-Em 1945, Betty (sua primeira esposa) morre durante o parto de Partenope. Bion abala-se muito com o fato e inicia análise com Melanie Klein, que marcaria sua orientação.

-Casou-se pela segunda vez com Francesca e tiveram Julian e Nicola.

-Foi acometido cronicamente por leucemia mielóide aguda e morreu em 1979, na cidade de Oxford, na Inglaterra.

teoria dos grupos

Teoria dos grupos

-Dois grandes trabalhos com grupos: seleção de militares e tratamento de ex militares acometidos por neuroses de guerra

-Estudo das tensões de tarefas sem regra ou pauta.

-Objetivo comum.

-Duas tendências: uma que se dirige a realização da tarefa e outra que obstrui a realização da mesma.

-Desempenho intelectual e julgamento crítico inferiores, situações carregadas de emoções.

-A mentalidade do grupo = O inconsciente no contexto individual.

mentalidade de grupo

Mentalidade do grupo:

A atividade mental é desenvolvida no interior do grupo através da contribuição de cada indivíduo. Não é a soma da mentalidade dos indivíduos, mas a equivalência entre elas.

grupo de trabalho

Grupo de trabalho:

Voltado para os aspectos conscientes de uma determinada tarefa combinada por todos os membros do grupo, conduzido por meio do princípio da realidade. A tarefa se desenvolve segundo o tempo cronológico e em espaços determinados, cumprem papéis designados, seguem regras do grupo e, em alguns grupos, seguem hierarquicamente.

Supostos básicos

Supostos básicos:

Obedecem mais às leis do inconsciente, funcionando pelo princípio do prazer. O grupo é orientado a evitar atividades que desagradam. Assim as fantasias grupais se manifestam nesse estado e adquirem uma das três formas típicas: de dependência; de luta e fuga e de acasalamento.

Dependência

Obedecem mais às leis do inconsciente, funcionando pelo princípio do prazer. O grupo é orientado a evitar atividades que desagradam. Assim as fantasias grupais se manifestam nesse estado e adquirem uma das três formas típicas: de dependência; de luta e fuga e de acasalamento.

Dependência:

Representação do seio bom de Melanie Klein, que sustenta todas as fantasias dos participantes. É um espaço de salvação e o líder é o messias, os participantes possuem grande dependência em relação ao seu líder, geralmente de características carismáticas. O grupo busca proteção, segurança e uma alimentação material e espiritual.

Luta

ou

fuga

Obedecem mais às leis do inconsciente, funcionando pelo princípio do prazer. O grupo é orientado a evitar atividades que desagradam. Assim as fantasias grupais se manifestam nesse estado e adquirem uma das três formas típicas: de dependência; de luta e fuga e de acasalamento.

Luta ou fuga:

Condição em que o inconsciente grupal está dominado por ansiedades paranoides e, por essa razão, ou a totalidade grupal mostra-se altamente defensiva e ‘luta’ com rejeição contra qualquer situação nova de dificuldade psicológica, ou eles ‘fogem’ da mesma, criando um inimigo externo, ao qual atribuem todos os males e, por isso, ficam unidos contra esse inimigo ‘comum’.

Acasalamento

Obedecem mais às leis do inconsciente, funcionando pelo princípio do prazer. O grupo é orientado a evitar atividades que desagradam. Assim as fantasias grupais se manifestam nesse estado e adquirem uma das três formas típicas: de dependência; de luta e fuga e de acasalamento.

Acasalamento:

As esperanças messiânicas do grupo podem estar depositadas em uma pessoa, uma ideia, um acontecimento, etc., que virá salvá-los e fazer desaparecer todas as dificuldades. Nestes casos, o grupo costuma se organizar com defesas maníacas, e o líder desse tipo de grupo deverá ter características messiânicas e de algum misticismo.

Valência

Valência:

Maior ou menor disposição do indivíduo para fazer combinações com os demais, de acordo com a vigência do suposto básico em atividade.

teoria do pensar

Teoria do pensar

- A experiência de frustração proveniente do princípio da realidade (não seio), vivida a partir de um aparelho psíquico capaz de suportá-la, origina um protopensamento, desenvolvendo um aparelho psíquico para pensá-lo.

-Para Bion existe um pensamento que é anterior à capacidade de pensar e que denominou pensamento sem pensador.

-Bion classifica os pensamentos conforme sua natureza evolutiva: pré-concepções, concepções e conceitos.

Função Alfa e Beta

-Os elementos betas, ao contrário, se proliferam de forma caótica e constituem o que Bion chamou de pantalha beta. O pensamento adquire uma concretude, dureza, capaz de causar danos reais e precisam ser expulsos imediatamente.

-Reversão da função alfa: Trata-se de casos em que a função alfa já operava no psiquismo, mas, por alguma dor vivida em excesso, ela recua e produz elementos beta, já diferentes dos originais.

-Os elementos alfa é que darão origem a barreira de contato, tendo a função de separar interno e externo, consciente e inconsciente, estabelecendo uma espécie de contorno e de alguma forma fornecendo ao sujeito uma sensação de integração. A função Alfa é responsável pela formação de símbolos que possibilita a capacidade de abstração e criatividade, inscrevendo o sujeito no campo do simbólico. Por fim, integra as sensações provindas dos órgãos do sentido com as emoções.

Rêverie

-Bion parte da noção de que todos nós temos a priori recursos para desenvolver o pensar, por isso, diz que há um pensamento em busca de um pensador. Entretanto, essa capacidade pode ser desenvolvida ou não, dependendo também da capacidade de rêverie do cuidador. No desenvolvimento do vínculo do conhecimento surgem duas possibilidades:

3- No lugar de K (alfa) forma-se um vínculo – K, ou um não K (beta), que são os casos mais extremos em que a mãe externa não contém e não dá significado, sentido e nome às identificações projetivas do bebê.

1- Se a capacidade

de RÊVERIE da mãe for adequada e suficiente, a

criança terá condições de fazer uma aprendizagem com as experiências positivas e negativas vividas, impostas pelas privações e frustrações.

2- Se a capacidade de RÊVERIE da mãe para conter a angústia da criança não for suficiente, as projeções que tenta depositar na mãe são obrigadas a retornar a ela sob a forma de um “terror sem nome”, o qual gera mais angústia e mais ódio.

teoria da transferência

Teoria da transferência

-A transferência sempre ocorre na relação entre terapeuta e paciente. No contexto da clínica, o estabelecimento da relação entre as duas pessoas produz um grande impacto em ambos.

-O paciente pode, por vezes, se utilizar da transferência de maneira inconsciente (e estratégica), não para fornecer ao analista o material adequado para a interpretação, mas sim para tentar induzi-lo a dizer o que quer ouvir, gerando dessa maneira uma estabilidade no status quo, não enfrentando a angústia e o medo de sofrer alterações na sua personalidade.

-O analisando/bebê carrega consigo os elementos beta, apenas a espera de um analista/mãe suficientemente bons, para que estes proporcionem experiências que gerem a transformação dos elementos betas em alfa, por meio da identificação projetiva – o analista/mãe, por conta da identificação projetiva de seu paciente/filho, pode dirigi-lo e ajudá-lo a entrar em contato com alguns pontos essenciais de seu self.

A Teoria Dos Grupos De Wilfred Bion. Disponível em: <http://palestraemroda.com.br/a-teoria-dos-grupos-de-wilfred-bion/>. Acesso em: out. 2018.

DIAS, Vera Lucia Linhares; VIVIAN, Aline Groff. Bion e uma mudança de paradigma na psicanálise. Aletheia, Canoas , n. 35-36, p. 206-210, dez. 2011 . Disponível em : <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-03942011000200017&lng=pt&nrm=iso>. acesso : 26 nov. 2018.

FOCHESATTO, Waleska Pessato Farenzena. Reflexões sobre a “teoria do pensar”, de Bion. Estudos de Psicanálise: Estudos de Psicanálise, Belo Horizonte, n. 40, p. 119-122, dez. 2013.

GROTSTEIN, James S. Um Facho de Intensa Escuridão: O Legado de Wilfred Bion à psicanálise. Artmed. 2011.

LIMA, Edilene. A noção de cura em Bion: do desvelamento do inconsciente à expansão mental. Dissertação (Pós-graduação em psicologia) - Universidade Estadual de Maringá. Orientador: Prof. Dr. Gustavo Adolfo Ramos Mello Neto. Maringá, 2012.

LIMA, Noeliza; TERZIS, Antônio. BION – estudo de processos de grupo. Disponível em: < https://pt.slideshare.net/noelizapsy/bion-2855814 >. Acesso em: 25 out. 2018.

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Referências