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EXTRAÇÃO DE CALCÁRIO NA SERRA DE AIRE E CANDEEIROS

GEOGRAFIA

GEOGRAFIA

Figura 1 - Principais aspetos geográficos da Serra de Aire e Candeeiros.

GEOGRAFIA

  • Área protegida (Decreto-Lei Nº 118/79) de 38 400 hectares;
  • Maciço Calcário Estremenho.

Figura 3 - Serra dos Candeeiros.

Figura 2 - Planalto de St. António.

GEOGRAFIA

Figura 4 - Planalto de S. Mamede.

Figura 5 - Serra de Aire.

DECRETO-LEI

Decreto-Lei Nº 118/79

de 4 de Maio

"Entre as muitas áreas a proteger (…) destacam-se as serras de Aire e dos Candeeiros que reúnem grande interesse paisagístico, além de conservarem muitos valores naturais e terem ainda um riquíssimo património arquitetónico e cultural ligado às populações que ali habitam"

Considerando os valores naturais, paisagísticos e humanos da região abrangida pelas serras de Aire e dos Candeeiros;

Considerando a receptibilidade das autarquias locais para a salvaguarda do património dos seus concelhos e freguesias:

O Governo decreta, nos termos da alínea a) do nº 1 do artigo 201º da Constituição, o seguinte:

Artigo 1º

É criado o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros.

Artigo 3º

O Parque Natural visa fundamentalmente, dentro dos limites da sua área, a proteção dos aspetos naturais existentes, a defesa do património arquitetónico e cultural, o desenvolvimento das atividades artesanais e a renovação da economia local, bem como a promoção do repouso e do recreio ao ar livre.

Artigo 6º

1. 1 - Dentro dos limites do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (excluindo os perímetros urbanos dos aglomerados) ficam sujeitos a parecer favorável da Comissão Instaladora:

1. a) Construção, reconstrução, ampliação ou demolição de edifícios e outras construções de qualquer natureza;

2. b) Instalações de explorações ou ampliação das já existentes;

3. c) Aterros, escavações ou qualquer alteração à configuração do relevo natural;

4. d) Derrube de árvores em maciço;

.

5. e) Abertura de novas vias de comunicação e passagem de linhas eléctricas ou telefónicas;

6. f) Abertura de fossas, de depósitos de lixos ou materiais;

7. g) Captação e desvio de águas.

Artigo 9º

1. 1 - As funções do policiamento e fiscalização competem aos funcionários do Serviço Nacional de Parques, Reservas e Património Paisagístico, Direcção-Geral do Ordenamento e Gestão Florestal, câmaras municipais, à GNR e aos guarda-rios.

Promulgado em 10 de Abril de 1979.

Publique-se.

O Presidente da República, ANTÓNIO RAMALHO EANES.

O Ministro das Obras Públicas, João Orlindo Almeida Pina.

GEOLOGIA

GEOLOGIA

  • Processos geomorfológicos;
  • Rocha calcária;
  • Grutas e galerias;
  • Formações cársicas.

Figura 8 - Escarpa.

Figura 7 - Poljes.

Figura 6 - Algar, em Rio Maior.

GEOLOGIA

  • Materiais calcários do Jurássico médio superior com cerca de 100 milhões de anos;
  • Morfologia cársica: dissolução dos maciços calcários, sendo o principal agente modelador a água das chuvas;
  • Movimentos tectónicos da crosta terrestre, no Mesozoico;
  • Afloramentos de rochas eruptivas: basaltos e brechas vulcânicas.

Figura 9 - Rochas magmáticas em pleno carso.

PRINCIPAIS FORMAÇÕES GEOLÓGICAS

  • Infiltração da água através de falhas e diaclases;
  • Ação de meteorização química sobre a rocha calcária;
  • Cursos de água subterrâneos que abrem galerias.

Figura 10- Grutas de Mira D’Aire

Figura 11– Ventas do Diabo

Figura 12 – Salinas de Rio Maior.

Figura 14 - Miradouro Jurássico.

Figura 13 – Grutas de St. António.

A água, pouco visível à superfície, abunda no subsolo, fazendo desta zona um

RECURSOS HÍDRICOS

  • Maior reservatório subterrâneo de água doce do país (Rio Maior até Porto de Mós);
  • Chuva forma ribeiras subterrâneas (nascente cársica);
  • Olhos de Água do Alviela (transição entre o Maciço Calcário Estremenho e a Bacia Terciária do Baixo Tejo).

Figura 15 - Nascente cársica dos Olhos de Água do Alviela.

RECURSOS HÍDRICOS

  • Água da escorrência;
  • Formação de pequenas depressões superficiais.

Figura 16 - Pequena lagoa do Arrimal.

Figura 17 - Grande lagoa do Arrimal.

CURIOSIDADES

Figura 18 - Símbolo do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, morcego, representado nesta Área Protegida por dezoito espécies, animal que estabelece uma relação entre a fauna e a geologia própria das calcários, nomeadamente os espaços cavernícolas.

CALCÁRIO E MÁRMORE

CALCÁRIO

Rochas sedimentares quimiogénicas

  • Carbonatadas;
  • Não carbonatadas (cloretadas ou sulfatadas).

Figura 20 – Sal gema (halite).

Figura 19 - Calcário.

Figura 21 - Gesso.

Formação do calcário quimiogénico

  • Acumulação de organismos / precipitação de carbonato de cálcio na forma de bicarbonato;
  • Meio marinho (perda de dióxido de carbono);
  • Reposição do dióxido de carbono (formação e precipitação de calcite);
  • Deposição e diagénese.

Figura 22 - Processos que antecedem a formação de uma rocha sedimentar, como o calcário.

Tipos de calcário

Figura 24 - Tufo.

Figura 23 - Marga.

Figura 26 - Calcário Conquífero.

Figura 25 - Calcário Recifal.

Utilização do calcário

• Produção de cimento;

• Produção de cal (CaO);

• Correção do pH do solo para a agricultura;

• Fabrico de vidro;

• Construção e ornamentação.

Figura 29 - Mosteiro da Batalha (monumento calcário que tem sofrido uma deterioração acelerada, sobretudo após a construção do troço da estrada IC2, que liga Lisboa ao Porto).

Figura 28 - Cimento.

Figura 27 - Calçada portuguesa.

Impurezas e cor do calcário

  • Sílicas, argilas, fosfatos, carbonatos de magnésio, óxidos de ferro e magnésio e sulfetos;
  • Branco, cinzento ou preto (tons vermelhos, amarelos, azuis ou verdes).

Figura 30 - Dolomito.

Figura 32 - Calcário travertino.

Figura 31 - Deserto Branco, composto por giz (Egito).

MÁRMORE

Formação do mármore

  • Metamorfismo de contacto (intrusão de magma, que faz com que rochas preexistentes sofram os efeitos de elevadas temperaturas);
  • Auréola de metamorfismo (depende da temperatura da intrusão, da presença de fluidos e da natureza da rocha encaixante).

Figura 33 - Metamorfismo de contacto.

Metamorfismo de contacto

- Vídeo -

Metamorfismo de contacto

Figuras 38 e 39 - Argilito e corneana.

Figuras 34 e 35 - Calcário e mármore.

Figuras 36 e 37 - Arenito e quartzito.

Características do mármore

  • Cor varia consoante a composição mineralógica (branca ou preta, acinzentada, creme com veios escuros ou ainda esverdeada);
  • Muito poroso;
  • Desgasta-se facilmente com a ação de intempéries e da poluição;
  • Má resistência a ácidos (pode perder brilho quando exposto a materiais de limpeza pesados, vinagres e limão).

Figura 40 - Diversos tipos de mármore, depois de transformado numa fábrica de pedra.

Utilização do mármore

  • Construção e ornamentação.

Figura 42 - Templo de Diana, Évora.

Figura 41 - Taj Mahal, Índia.

EXPLORAÇÃO DE CALCÁRIO NO PNSAC

Aproveitamento inicial das rochas

  • Rocha que tornava os terrenos impróprios para a agricultura retirada e aproveitada para a elevação de muros de pedra solta (“chousos” ou “cerrados”);
  • Quando a pedra é muita, erguem-se “maroiços” (montes de pedra solta espalhados pelo terreno).

Figura 43 - Chousos ou cerrados.

Figura 44 - Maroiços.

Aproveitamento inicial das rochas

Figura 45 - “Casinas” de pastores feitas em pedra solta, que serviam e servem para os abrigar do mau tempo.

Processo atual de extração e transformação

vídeo

Utilização das rochas extraídas

  • Aplicação em obra, sendo sobretudo utilizado em revestimentos e fachadas (arquitetura e construção civil);
  • Fermentos alimentares;
  • Revestimento de cabos elétricos;
  • Tinta para a construção;
  • Indústria automóvel;

Figura 46 - Mosteiro de Alcobaça (construído com calcários provenientes da Serra dos Candeeiros).

Utilização das rochas extraídas

  • Rações;
  • Saúde e bem-estar;
  • Higiene pessoal;
  • Medicina (comprimidos);
  • Cosmética;
  • Indústria farmacêutica;
  • Indústria vidreira;
  • Agricultura.

Figura 47 - O calcário é um dos principais componentes do vidro.

Figura 48 - Adubação com calcário em pó.

Vantagens da extração de calcário

  • Viabilização económica das empresas que realizam a exploração;
  • Criação de postos de trabalho diretos e indiretos;
  • Abastecimento da indústria de construção a nível nacional e internacional;

Figura 49 - Trabalhador de uma pedreira.

Vantangens da extração de calcário

  • Aproveitamento racional do recurso mineral e a libertação de áreas para recuperação paisagística;
  • Descoberta de formações geológicas (Algar do Pena);

Figura 50 - Algar do Pena, descoberto em 1985, enquanto se realizava extração de pedra para produção de calçada.

Consequências da extração de calcário

  • Produção de elevadas quantidades de resíduos (poeiras, lamas e massa mineral rejeitada);
  • Impactos ambientais negativos (ambiente sonoro, qualidade do ar, paisagem, ecologia, recursos hídricos e património).
  • As entidades licenciam as pedreiras, mas a a fiscalização é pouco eficaz;
  • Último relatório do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR (2010): 88 contraordenações em atividades extrativas.

Figura 51 - Produção de bastantes poeiras.

Figura 52 - Degradação paisagística.

Consequências da extração de calcário

“O som dos aerogeradores do parque eólico instalado no ponto mais alto dos Candeeiros é abafado por máquinas que perfuram vários pontos da serra para extrair calcário. No verde da floresta há uma cobertura de pó branco e caminhos abertos de terra batida para permitir a passagem de pesados que transportam a matéria-prima. Daqui sai calcário para a calçada portuguesa, para a construção e, em tempos de crise no sector, até para o Brasil e para a China. Em pleno coração do parque natural, onde funcionam 436 pedreiras, parece ter sido instalada uma verdadeira zona industrial."

Grande Investigação DN- 19 de fevereiro de 2012

Consequências da extração de calcário

"As Pedreiras da Serra D'Aire e Candeeiros ficaram em primeiro numa lista dos 10 locais identificados como pontos negros ambientais, da qual fazem parte outras pedreiras, o desordenamento do território, barragens, minas abandonadas, erosão da costa e incêndios."

Grande Investigação DN - 19 de fevereiro de 2012

Redução dos impactos ambientais

  • Processo prévio de Avaliação de Impacto Ambiental (membro do Governo responsável pelo ambiente);
  • Plano Ambiental e de Recuperação Paisagística:
  • Garantir que os impactos associados à exploração desta pedreira não extravasam a área da mesma;
  • Integrar a área intervencionada pela pedreira nos planos de ordenamento com vigência sobre o local;

Figura 53 - A exploração e a recuperação paisagística poderão avançar em simultâneo e de forma articulada. (recuperação do relevo durante a extração).

Redução dos impactos ambientais

  • Atenuar a emissão de poeiras e ruídos para a envolvência (tecnologias amigas do ambiente);
  • Minimizar o impacte visual e paisagístico associado à exploração da pedreira e respetivas infraestruturas associadas;
  • A total reposição do coberto vegetal nas áreas intervencionadas (recuperação de habitats);
  • Maior eficiência na extração da rocha;
  • Assegurar o enchimento parcial das depressões originadas durante as escavações para a extração.

Figura 54 - Reflosteração na zona de uma antiga pedreira, na Batalha.

Redução dos impactos ambientais

Figura 55 - Estádio Municipal de Braga - recuperação de uma antiga pedreira (Monte Crasto).

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WEBGRAFIA

  • https://www.dn.pt/dossiers/sociedade/os-pontos-negros-do-ambiente-grande-investigacao/noticias/interior/exploracao-de-pedra-arrasa-coracao-de-parque-natural-2313717.html
  • https://www.dobrarfronteiras.com/pela-minha-serra-de-aire-e-candeeiros/
  • https://gotoportugal.eu/pt/parque-natural-das-serras-de-aire-e-candeeiros/
  • https://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Natural_das_Serras_de_Aire_e_Candeeiros
  • http://www.icnf.pt/portal/turnatur/visit-ap/pn/pnsac/inf-ger (fotos sobre o Parque)
  • https://www.visitportugal.com/pt-pt/NR/exeres/E3DD827C-FE96-4B80-AA1A-38699014ED90
  • http://www.solancis.com/pt/pedreiras/pedreiras/codacal-n2-rafaeis
  • https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rmore
  • http://prgrupoparana.com/pt/qual-e-a-diferenca-entre-marmore-e-granito/
  • http://pedreirao.com.br/diferenca-entre-granito-e-marmore-passo-a-passo-aprenda-agora
  • https://pt.slideshare.net/PublicaTUDO/apresentao-calcrio
  • https://pt.slideshare.net/PublicaTUDO/apresentao-calcrio
  • http://siaia.apambiente.pt/AIADOC/AIA2791/rnt279120141016151027.pdf
  • https://www.youtube.com/watch?v=Bbw8BiZhGg0
  • http://siaia.apambiente.pt/AIADOC/AIA2791/rnt279120141016151027.pdf

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