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CURSO DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MASTER INTERNACIONAL

TRAUMA TORÁCICO E ABDOMINAL

Enfermeira Andrelina Melo de Lima Gonçalves

Maceió, 2021

Avaliação da cena

Avaliação da cena

Componentes Principais:

Situação e segurança.

  • Determinar a segurança do local;
  • Garantir a segurança do socorrista e da vítima;
  • Considerar a natureza da situação.

(PHTLS, 2017).

Segurança

  • Não se tornar mais uma vítima;
  • Nenhuma cena é 100% segura:
  • Exposição a fluídos corporais;
  • Substâncias químicas;
  • Odores;
  • Vapores;
  • Agressor.

Fonte: G1.

Segurança

Fonte: Google imagens.

(PHTLS, 2017).

Fonte: google imagens.

Avaliação

da vítima

Avaliação da Vítima

  • Base para o tratamento;
  • Determina a atual condição do doente;
  • Impressão geral:
  • Sistema respiratório;
  • Sistema circulatório;
  • Sistema neurológico.
  • Situações que põe em risco a vida:
  • Intervenções.
  • Avaliação primária;
  • Avaliação secundária;
  • Doente grave:
  • Estabilizar e transportar.

(PHTLS, 2017).

Período de ouro

Tempo entre a ocorrência da lesão e o tratamento definitivo.

Período de Ouro

Alguns sistemas pré-hospitalares:

  • 8-9 min para chegar na cena;
  • 8-9 min para o transporte do doente ao centro de referência;
  • 10 min: atendimento na cena.
  • 30 min do período de ouro.

Fonte: google imagens.

Minutos adicionais na cena em que o paciente está sangrando é tempo valioso que se esgota do período de ouro.

(PHTLS, 2017).

Avaliação

Primária

Avaliação primária

  • Identificação e tratamento rápido das situações que colocam em risco à vida;
  • Trauma multissistêmico;
  • Trauma em sistema único;
  • Rápida avaliação, reanimação e transferência para hospital.

Hemorragias Exsanguinantes

X

Identificar e controlar hemorragias externas exsanguinante:

  • Sangramentos arteriais;
  • Couro cabeludo;
  • Juncional.

Tratamento

  • Pressão direta;
  • Agentes hemostáticos;
  • Torniquete.

X

(PHTLS, 2018).

Fonte: PHTLS, 2018.

Fonte: Google imagens.

Tratamento da via aérea e estabilização da coluna cervical

A

VIA AÉREA

  • Examinar para garantir que esteja permeável (aberta e limpa);
  • Remover sangue, substâncias orgânicas e corpos estranhos;
  • Considerar dispositivos mecânicos: cânula oro ou nasofaríngea, dispositivos supraglóticos ou tubo traqueal.

A

ESTABILIZAÇÃO DA COLUNA CERVICAL

  • Suspeitar de lesão cervical até que seja descartado;
  • Manter a cabeça e o pescoço em posição neutra (estabilizados).

(PHTLS, 2017).

Fonte: Google imagens.

Ventilação

B

AVALIAÇÃO DA VENTILAÇÃO

  • Verificar se o doente está ventilando;
  • Caso não esteja, iniciar ventilação assistida com BVM;
  • Verificar se a VA está desobstruída, prosseguir com ventilação e pensar em via aérea definitiva.

B

  • Ventilação anormal: expor o tórax, palpar e auscultar (identificar sons anormais, reduzidos ou ausentes).

Fonte: google imagens.

(PHTLS, 2017).

Circulação e hemorragia

C

  • Hemorragia deve ser identificada e controlada;
  • A hemorragia é a causa mais comum de morte evitável decorrente do trauma;
  • A avaliação primária não pode avançar a menos que a hemorragia esteja controlada;
  • Locais primários de hemorragia interna maciça: tórax, abdome, espaço retroperitoneal e os ossos longos.

C

CONTROLE DA HEMORRAGIA

  • 1- Pressão direta;
  • 2- Curativo compressivo;
  • 3- Torniquete.

Fonte: Google imagens.

(PHTLS, 2017).

Disfunção Neurológica

D

D

Medida indireta da oxigenação cerebral:

  • Oxigenação cerebral diminuida (hipóxia e hipoperfusão);
  • Lesão do SNC;
  • Intoxicação por álcool e drogas;
  • Distúrbios metabólicos.

AVDI

  • A - Alerta
  • V-Resposta ao estímulo verbal
  • D-Resposta ao estímulo doloroso
  • I - Inconsciência

(PHTLS, 2017).

Escala de Coma de Glasgow

Lesão leve: 13-15

Lesão moderada: 9-12

Lesão grave: 3-8

Indicação de tratamento de via aérea: ≤8

ECG

(PHTLS, 2017).

Fonte: Google imagens.

Avaliação pupilar

Fonte: google imagens.

Exposição/Ambiente

E

  • Remover as roupas, pois sua exposição é essencial para identificar todas as lesões;
  • Depois de examinar todo o corpo, cobrí-lo novamente para evitar hipotermia.

E

(PHTLS, 2017).

Fonte: PHTLS, 2017.

Fonte: Google imagens.

Avaliação secundária

SINAIS VITAIS +

Avaliação da cabeça aos pés, realizada apenas após o término da avaliação primária.

  • Objetivo: Identificar as lesões ou os problemas que não foram encontrados durante a avaliação primária.

VE

J

A

  • Fique atento em relação a hemorragias internas ou externas;
  • Examine toda a pele;
  • Observe todas as lesões de tecidos moles;
  • Observe tudo que não "pareça certo".

Abordagem:

  • Veja, não olhe apenas;
  • Ouça, não escute apenas;
  • Sinta, não toque apenas.

E

S

C

U

T

E

  • Repare em qualquer ruído respiratório não usual;
  • Repare em sons anormais auscultados;
  • Verifique se o som respiratório está presente e uniforme.

S

I

N

T

A

  • Palpe todas as regiões do corpo;
  • Observe quaisquer achados anormais.

(PHTLS, 2017).

Avaliação secundária

SAMPLE

Histórico SAMPLE

Sintomas: Do que o doente se queixa?

Alergias: Tem alergias conhecidas?

Medicamentos: Quais medicamentos em uso?

S

A

M

P

L

E

Passado médico e cirúrgico anterior: Possui algum problema significativo? Já passou por alguma cirurgia?

Líquidos e alimentos (última refeição): Quanto tempo desde a última refeição?

Eventos: Quais eventos precederam a lesão? Imersão em água e exposição a materiais perigosos.

(PHTLS, 2017).

TRAUMA TORÁCICO

Fisiopatologia

Lesões

  • Lesões que resultam de mecanismos contusos ou penetrantes.
  • Possuem maior probabilidade de comprometer respiração e a circulação.

VENTILAÇÃO

X

RESPIRAÇÃO

Fonte: PHTLS, 2017.

(PHTLS, 2017).

Trauma

torácico

FISIOPATOLOGIA

Lesão Penetrante

  • Objeto atravessa a parede do tórax;
  • Pode haver lesões de órgãos situados no tórax;
  • Ocorre a comunicação entre a cavidade peitoral e o ambiente exterior;
  • Pode entrar ar pela lesão durante a inspiração;
  • Colapso pulmonar, impedindo a ventilação eficaz.

Lesão contusa

  • Resulta de uma força contusa na parede do tórax que pode ser transmitida para os órgãos torácicos.

(PHTLS, 2017).

Avaliação

Avaliação

Histórico:

  • SAMPLA;
  • Mecanismo que resultou na lesão;
  • Dor no peito (aguda, pontada, facada, constrição).

Exame Físico:

  • Inspeção:
  • Palidez, cianose, sudorese, distensão das veias jugulares, posicionamento da traqueia, tórax (contusões, abrasões, lacerações e se a parede torácica se expande simetricamente);
  • Palpação: sensibilidade, crepitação (óssea ou enfisema subcutâneo), e instabilidade óssea da parede torácica;
  • Percussão: avaliação prejudicada pelo ambiente barulhento;
  • Ausculta: diminuição de MV e sons cardíacos abafados;
  • Oximetria e Capnografia em forma de onda.

(PHTLS, 2017).

LESÕES TORÁCICAS

(PHTLS, 2017).

Tórax Instável

TÓRAX INSTÁVEL

Ocorre quando dois ou mais arcos costais adjacentes são fraturados em mais de um lugar ao longo do seu comprimento.

  • Movimento paradoxal do seguimento instável (pode ser evidente ou não);
  • Ventilação menos eficiente;
  • Contusão pulmonar subjacente pode ocorrer, prejudicando a ventilação e a troca gasosa.

Avaliação

  • Dor intensa;
  • FR elevada, respirações superficiais, hipóxia e cianose;
  • Espasmo de músculos intercostais (para estabilidade de segmento instável);
  • Fadiga dos músculos = evidencia movimento paradoxal;
  • Sensibilidade e creptação óssea;
  • A palpação pode evidenciar a instabilidade.

Fonte: Google imagens.

(PHTLS, 2017).

TÓRAX INSTÁVEL

Fonte: Google imagens.

Tratamento:

  • Alívio da dor
  • Analgésicos narcóticos
  • Suporte ventilatório;
  • BVM (AMBU), CPAP, IOT;
  • Monitoramento do quadro
  • Risco de contusão respiratória subjacente;
  • FR e oximetria;
  • Fornecer oxigênio visando saturação de pelo menos 95%;
  • Acesso venoso;
  • Tentar estabilizar o seguimento é contra-indicado, pois pode gerar prejuízos ventilatórios.

Fonte: Google imagens.

(PHTLS, 2020).

Contusão pulmonar

CONTUSÃO PULMONAR

Ocorre quando o tecido pulmonar é dilacerado ou rompido por mecanismos contundentes ou penetrantes, o sangramento nos espaços aéreos alveolares pode resultar em contusão pulmonar.

  • Lesão mais comum e potencialmente fatal da lesão torácica;
  • Pode ocorrer piora nas primeiras 24 horas após lesão, levando a insuficiência respiratória;
  • Trocas gasosas estão prejudicadas;
  • Geralmente associada a tórax instável.

Avaliação:

  • Inicialmente não há comprometimento respiratório;
  • Com a progressão da contusão há:
  • Aumento da FR;
  • Estertores na ausculta.

Fonte: Google imagens.

(PHTLS, 2017).

CONTUSÃO PULMONAR

Fonte: Google imagens.

  • Tratamento:
  • Suporte ventilatório;
  • Avaliação contínua da FR;
  • Atentar-se a sinais de dispneia;
  • Monitorizar o paciente com oxímetro e capnógrafo;
  • Ofertar oxigênio a todos os pacientes com suspeita de contusão, visando faixa de saturação normal;
  • Dispositivos de ventilação: BVM (AMBU), CPAP ou IOT, caso seja necessário.
  • Reposição volêmica: balanceada, administração agressiva de fluídos pode aumentar o edema e comprometer a ventilação e a oxigenação.

(PHTLS, 2017).

Hemotórax

HEMOTORÁX

Ocorre quando entra sangue no espaço pleural.

  • O espaço pleural pode acomodar um volume entre 2.500 a 3.000 ml;
  • O sangramento pode vir da musculatura da parede torácica, vasos intercostais, parênquima pulmonar, vasos pulmonares ou grandes vasos do tórax.

AVALIAÇÃO:

  • Desconforto, dor no peito e falta de ar;
  • Sinais de choque;
  • Taquicardia, taquipneia, confusão, palidez e hipotensão;
  • Ausculta reduzida ou ausente no local da lesão;
  • Percussão também é diminuída;
  • Não há distensão de veias do pescoço devido a hipovolemia.
  • Associação com pneumotórax = Comprometimento cardiorrespiratório.

Fonte: Google imagens.

(PHTLS, 2017).

HEMOTORÁX

TRATAMENTO:

  • Observação para detectar piora fisiológica;
  • Alta concentração de oxigênio;
  • Monitorar estado hemodinâmico;
  • Obter acesso intravenoso e administrar fluídos de modo controlado;
  • Transporte rápido para instituição com capacidade de hemotransfusão e de intervenção cirúrgica.

Fonte: Google imagens.

(PHTLS, 2017).

Pneumotoráx

PNEUMOTÓRAX

Fonte: Google imagens.

  • Simples
  • Presença de ar no espaço pleural com colapso do pulmão envolvido;
  • Aberto
  • Ferimento torácico soprante, envolve o pneumotórax associado a falha na parede torácica, permitindo a entrada e a saída de ar do espaço pleural com o esforço respiratório.
  • Hipertensivo
  • Ocorre quando o ar continua a entrar e fica preso no espaço pleural com gradual aumento da pressão intratorácica. Há o desvio do mediastino, diminuição do retorno venoso para o coração comprometendo a função circulatória.

Fonte: Google imagens.

(PHTLS, 2017).

Fonte: Google imagens.

PNEUMOTÓRAX SIMPLES

AVALIAÇÃO

  • Dor pleurítica;
  • Falta de ar de leve a grave;
  • Redução dos MVU no local da lesão;

TRATAMENTO

  • Obter EV;
  • Ofertar oxigênio;
  • Monitorar oximetria de pulso e capnografia em forma de onda;
  • Posicionar em semi-fowler, se não houver contra-indicação;
  • Transportar rapidamente;
  • Reavaliar constantemente pois o doente pode evoluir com pneumotórax hipertensivo.

Fonte: Google imagens.

(PHTLS, 2017).

PNEUMOTÓRAX ABERTO

Fonte: Google imagens.

AVALIAÇÃO

  • Ferimento torácico soprante (inspiração: sons de sucção/expiração: sons de borbulhar);
  • Desconforto respiratório;
  • Ansiedade e taquipnéia;
  • Taquicardia e pulso filiforme;

TRATAMENTO

  • Ofertar oxigênio;
  • Fechar área torácica lesionada (curativo torácico ventilado);
  • Reavaliar constantemente devido ao risco de pneumotórax hipertensivo.

Fonte: Google imagens.

(PHTLS, 2017).

PNEUMOTÓRAX ABERTO

Fonte: Google imagens.

TRATAMENTO

  • Se apresentar taquicardia, taquipneia ou outras indicações de desconforto respiratório, retire o curativo por alguns segundos e ajude na ventilação caso necessário.
  • Se persistir pode ser necessário toracostomia com agulha no segundo espaço intercostal, na linha média da clavícula ou na linha do mamilo na linha média axilar.
  • Não havendo melhora pode ser necessária a IOT e ventilação por pressão positiva.

Fonte: Google imagens.

(PHTLS, 2017).

PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO

AVALIAÇÃO

  • Sinais e sintomas dependem da quantidade de pressão acumulada no espaço pleural;
  • Início: apreensão e desconforto;
  • Piora: dor no peito e dificuldade de respirar; agitação, taquipneia e insuficiência respiratória;
  • Achados clássicos: desvio de traqueia para longe do lado da lesão, redução dos murmúrios vesiculares do lado da lesão e percussão timpânica.
  • Outros achados: distensão de veia jugular, creptação da parede torácica, cianose, taquicardia, taquipneia, hipotensão e choque descompensado.

Fonte: Google imagens.

(PHTLS, 2017).

PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO

TRATAMENTO

  • Descomprimir
  • Piora da insuficiência respiratória ou dificuldade de ventilação com AMBU;
  • Redução unilateral ou ausência de murmúrio vesicular;
  • Choque descompensado (PAS <90 mmHg com redução de pressão de pulso.
  • Remoção de curativo oclusivo
  • Toracostomia com agulha
  • Confirmar posição do TOT antes da descompressão.
  • Toracostomia com tubo (intra-hospitalar).

Fonte: Google imagens.

(PHTLS, 2017).

Tamponamento cardíaco

TAMPONAMENTO CARDÍACO

Ocorre quando um ferimento no coração permite que fluidos se acumulem exatamente entre o saco pericárdico e o coração. O saco pericárdico é composto por um tecido fibroso e inflexível.

  • Quando ocorre acúmulo de fluidos a pressão pericárdica aumenta impedindo o retorno venoso ao coração, levando a redução do DC e da pressão arterial;
  • Pericárdio de um adulto: pode acomodar 300mL, mas 50mL já é o suficiente para impedir o retorno venoso;
  • Pode ocasionar uma Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP);
  • Maior frequência associado a ferimento por arma branca, quando ocorre por arma de fogo em geral é tão grave que o pericárdio não consegue conter a hemorragia.

(PHTLS, 2017).

Fonte: Google imagens.

TAMPONAMENTO CARDÍACO

Fonte: Google imagens.

AVALIAÇÃO:

  • Tríade de Beck
  • Pulso paradoxal

TRATAMENTO

  • Transporte rápido e monitorado para centro com tratamento cirúrgico imediato.
  • Acesso intravenoso para terapia com fluídos;
  • Se estiver hipotenso -> IOT/Ventilação por pressão positiva;
  • Pericardiocentese;
  • Toracotomia de reanimação.

Fonte: Google imagens.

(PHTLS, 2017).

Contusão cardíaca

CONTUSÃO CARDÍACA

Lesão cardíaca da aplicação de força na região anterior do tórax, principalmente em desaceleração, como em acidente com violento impacto frontal.

  • Contusão cardíaca: o músculo cardíaco fica contundido, com vários graus de lesão nas células miocárdicas;
  • Ritmos cardíacos anormais: taquicardia sinusal;
  • Se a região septal estiver lesionada: o ECG pode mostrar anormalidades na condução como bloqueio de ramo direito;
  • Se um volume considerável do miocárdio foi lesionado, a contratilidade pode ficar prejudicada e o DC declinar, resultando em choque cardiogênico;
  • Ruptura valvular: ruptura das estruturas de suporte das válvulas ou as próprias válvulas;
  • Apresenta diversos graus de choque e sinais e sintomas de ICC, como taquipneia, estertores e sopro recente;
  • Ruptura cardíaca por contusão: evento raro, a maioria morre na cena, devido a hemorragia intensa ou tamponamento cardíaco fatal.

(PHTLS, 2017).

AVALIAÇÃO

  • Impacto frontal com centro do tórax;
  • A vítima queixa-se de dores no peito e/ou falta de ar;
  • Se houver arritmia, pode-se queixar de palpitações;
  • Achados físicos preocupantes: contusões, crepitação e instabilidade do esterno (esterno flutuante).

Fonte: Google imagens.

TRATAMENTO

  • Avaliação correta de que pode ter ocorrido lesão cardíaca por contusão e a transmissão ao hospital de destino;
  • Administrar oxigênio em alta concentração e acesso IV;
  • Realizar monitorização e em caso de arritmias deve ser administrado a farmacoterapia antiarritmica padrão.

Fonte: Google imagens.

(PHTLS, 2017).

Ruptura aórtica

RUPTURA TRAUMÁTICA DA AORTA

Resulta de um mecanismo de aceleração/desaceleração de força significativa, como em colisões de carros em alta velocidade com impacto frontal e quedas de grandes alturas.

  • O coração, a aorta e o arco aórtico são relativamente móveis dentro da cavidade torácica;
  • Quando a ruptura se estende através de toda a espessura da parede torácica, entra em processo fatal de perda de sangue para dentro da cavidade pleural;
  • Se houver apenas a ruptura parcial através da parede, deixando intacta a camada externa, o paciente pode sobreviver por um determinado tempo.

(PHTLS, 2017).

AVALIAÇÃO

  • Suspeita em mecanismos de aceleração/desaceleração de alta energia;
  • Variação na qualidade do pulso e pressão arterial entre as duas extremidades superiores ou entre as inferiores;
  • O diagnóstico exige exame radiográfico no hospital;
  • Radiografia de tórax: alargamento do mediastino;
  • Diagnóstico definitivo: aortografia, TC de tórax e ecocardiografia transesofágico.

TRATAMENTO

Fonte: Google imagens.

  • No ambiente pré-hospitalar é de suporte;
  • Administração de alta concentração de oxigênio e acesso IV;
  • Comunicação com a unidade de destino;
  • Controle rigoroso de pressão arterial;
  • Controle da infusão de fluidos, podendo ser administrado betabloqueadores.

Fonte: Google imagens.

(PHTLS, 2017).

TRAUMA ABDOMINAL

Fisiopatologia

Lesões

  • Lesão abdominal não reconhecida é uma das principais causas de morte evitável no doente de trauma;
  • Todo doente com choque inexplicado após sofrer uma lesão traumática no tronco tenha uma hemorragia intra-abdominal até se provar o contrário;
  • A cinemática aumenta o índice de suspeita do socorrista para possível trauma abdominal.

Fonte: PHTLS, 2017.

(PHTLS, 2020).

Fonte: PHTLS, 2017.

Trauma abdominal

FISIOPATOLOGIA

  • Órgãos sólidos e vascular (fígado, baço, aorta e veia cava): sangramento;
  • Órgãos ocos (intestino, vesícula biliar e bexiga urinária): deixam cair seu conteúdo na cavidade abdominal, também sangram, mas não com a mesma velocidade de órgãos sólidos;
  • A liberação de ácidos, enzimas digestivas e bactérias para dentro da cavidade abdominal: peritonite e sepse.

DIAFRAGMA

Fonte: PHTLS, 2017.

  • Trauma penetrante: ferimentos de facadas, arma de fogo e empalação;
  • Trauma fechado: ocasionado por forças de compressão e cisalhamento, como em colisões de carro ou motocicleta, atropelamento ou queda de altura.

(PHTLS, 2020).

Avaliação

Avaliação

Histórico:

  • SAMPLA;
  • Mecanismo que resultou na lesão;
  • Exemplo de uma colisão com veículo:
  • Tipo de colisão, posição do doente no veículo ou ejeção;
  • Velocidade estimada do veículo no momento da colisão;
  • Extensão do dano ao veículo;
  • Uso de dispositivos de segurança.
  • Exemplo de lesão penetrante:
  • Tipo de arma (revólver ou rifle, calibre, comprimento da faca);
  • Número de vezes que o doente foi baleado ou esfaqueado;
  • Distância da qual o doente foi baleado;
  • Quantidade de sangue na cena.

Fonte: Google imagens.

(PHTLS, 2020).

Exame Físico:

  • Avaliação primária

Geralmente apresentam via aérea pérvia;

As alterações encontradas geralmente correspondem ao grau de choque encontrado;

O indicador mais confiável de sangramento intra-abdominal é a presença de choque hipovolêmico de origem não explicada.

Fonte: Google imagens.

(PHTLS, 2020).

Exame Físico:

  • Avaliação secundária
  • Inspeção: lesão de tecidos moles, distensão, contusões, abrasões, ferimentos por tiro ou facada, sangramento evidente, achados incomuns, sinal de cinto de segurança, sinal de Grey-turner (flancos) e Cullen (umbigo).

Fonte: Google imagens.

  • Palpação: realizada para identificar áreas de sensibilidade.
  • Defesa voluntária e involuntária;
  • Pelve: 1- pressionar cristas ilíacas para dentro; 2- para fora; 3- sínfise púbica para trás.

Exame Físico:

  • Avaliação secundária
  • Ausculta: não é uma ferramenta útil de avaliação pré-hospitalar, no entanto, se forem ouvidos sons do instestino sobre o tórax durante a ausculta, pode-se considerar uma ruptura diafragmática.

Fonte: Google imagens.

  • Percussão: informação que não altera o tratamento pré-hospitalar.

Lesões

(PHTLS, 2020).

Objetos empalados

OBJETOS EMPALADOS

É a empalação com ou sobre um objeto quando alguém cai por sobre um pedaço saliente de madeira ou metal.

  • A remoção e movimento de um objeto empalado é contraindicado no ambiente pré-hospitalar, devido ao risco de trauma adicional e sangramento;
  • Geralmente a remoção é realizada no centro cirúrgico após avaliação radiográfica e reserva/reposição de sangue;
  • Pode ser realizado a estabilização do objeto de forma manual ou mecanicamente;
  • Não deve ser realizado a palpação e percussão no abdomên nessas circunstâncias.

Fonte: Google imagens.

(PHTLS, 2017).

Evisceração

EVISCERAÇÃO

Uma parte do intestino ou outro órgão abdominal é deslocado através de um ferimento aberto e se projeta para fora da cavidade abdominal.

  • Não devem ser feitas tentativas para se recolocar o tecido eviscerado na cavidade abdominal;
  • Deve-se proteger o seguimento protuberante do intestino ou de outro órgão com um curativo umedecido com solução salina;
  • Devem ser imediatamente transportados para uma unidade com centro cirúrgico.

Fonte: Google imagens.

(PHTLS, 2017).

Trauma na gestante

TRAUMA NA GESTANTE

A gestação causa alterações anatômicas e fisiológicas aos sistemas do organismo. Essas alterações podem afetar os padrões de lesões observadas e tornar a avaliação desafiadora.

  • Lesões no útero: ruptura, penetração, abruptio placentae e ruptura prematura das membranas;
  • A placenta e o útero são altamente vascularizados, lesões podem resultar em hemorragia profunda;
  • Ocorre um aumento do débito cardíaco durante a gestação, onde pode chegar a perder 30 a 35% do volume sanguíneo antes de apresentar sinais e sintomas de hipovolemia;
  • O tratamento efetivo da gestante é a chave da sobrevivência da mãe e do feto;
  • O transporte da gestante não deve ser retardado.

Fonte: PHTLS, 2017.

(PHTLS, 2020).

Lesões geniturinárias

LESÕES GENITURINÁRIAS

Lesões nos rins, ureter e bexiga ocorrem mais frequentemente com hematúria. Este sinal não será notado até que seja inserido um cateter urinário.

  • Fraturas pélvicas podem estar associadas a lacerações da bexiga e das paredes da vagina ou reto;
  • Fraturas pélvicas abertas podem resultar em hemorragia externa grave;
  • O trauma de genitália externa pode ocorrer devido a vários mecanismos, embora predominem lesões resultantes de ejeção de moto, acidente industrial, ferimento por arma de fogo ou agressão sexual;
  • Geralmente o sangramento pode ser controlado com pressão direta ou curativo compressivo;
  • Não inserir curativos na vagina ou na uretra para controlar sangramento.

Fonte: Google imagens.

(PHTLS, 2017).

Referências

Referências

BRASIL. Ambulância do Samu é interceptada e paciente executado dentro de veículo, 2015. Disponível em: http://g1.globo.com/bahia/noticia/2015/09/ambulancia-do-samu-e-interceptada-e-paciente-executado-dentro-de-veiculo.html>. Acesso em: 16 Nov. 2020.

MALAGUTI, W; MARTINS, J. C. A. Catástrofes: atuação multidisciplinar em emergências. São Paulo: 2011.

PHTLS – Pre hospitalar Trauma Life Support. Atendimento pré-hospitalar ao traumatizado. Tradutores: Diego Alfaro e Hermíniode Mattos Filho. Ed. 8. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.

PHTLS – Pre hospitalar Trauma Life Support. Atendimento pré-hospitalar ao traumatizado. Tradutores: Diego Alfaro e Hermíniode Mattos Filho. Ed. 9. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.

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