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Poema - "Cada árvore é um ser para ser em nós"
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"Cada árvore é um ser para ser em nós"
António Ramos Rosa
Joana Jesus
Joaquim Pacheco
13 de junho de 2022
António Ramos Rosa
- Nascimento: 17 de outubro de 1924, Faro
- Falecimento: 23 de setembro de 2013, Lisboa
Biografia
« Cada árvore é um ser para ser em nós »
Cada árvore é um ser para ser em nós
Para ver uma árvore não basta vê-la
a árvore é uma lenta reverência
uma presença reminiscente
uma habitação perdida
e encontrada
À sombra de uma árvore
o tempo já não é o tempo
mas a magia de um instante que começa sem fim
a árvore apazigua-nos com a sua atmosfera de folhas
e de sombras interiores
nós habitamos a árvore com a nossa respiração
com a da árvore
com a árvore nós partilhamos o mundo com os deuses.
Poema escolhido
António Ramos Rosa, 2002
« Cada árvore é um ser para ser em nós »
Antítese
Estabilidade e sossego
Interpretação
Cada árvore é um ser para ser em nós
Para ver uma árvore não basta vê-la
a árvore é uma lenta reverência
uma presença reminiscente
uma habitação perdida
e encontrada
À sombra de uma árvore
o tempo já não é o tempo
mas a magia de um instante que começa sem fim
a árvore apazigua-nos com a sua atmosfera de folhas
e de sombras interiores
nós habitamos a árvore com a nossa respiração
com a da árvore
com a árvore nós partilhamos o mundo com os deuses.
António Ramos Rosa, 2002
Estrutura do poema
Estrutura do Poema
- monóstico
- 14 versos - irregular
- Rima inexistente
"uma habitação perdida e encontrada"