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A REORGANIZAÇÃO DO ENSINO NO ESTADO DE SÃO PAULO E A GESTÃO DEMOCRÁTICA: LEITURAS POSSÍVEIS

Marília Araújo Fernandes Dias

Mestranda - PPG-LA/Unicamp

marilia1907@gmail.com

Motivações da investigação proposta

  • Lugar de atuação: professora de Língua Portuguesa e Literatura no contexto do Ensino Médio na cidade de Campinas;
  • Compreensão de que o funcionamento da escola está para além da atuação do professor, ou de um setor específico;
  • Curiosidade pela compreensão da dinâmica escolar alimentou o desejo de uma formação que ultrapassasse os conhecimentos específicos da formação em Licenciatura em Letras.

introdução

O processo

  • Durante as disciplinas cursadas na pós-graduação foi possível compreender a atividade escolar é construída conjuntamente entre corpo docente, funcionários, diretor e sociedade, representada pelos familiares dos alunos;
  • Foi possível pensar criticamente no impacto das políticas públicas na rotina escolar, compreendendo a importância das políticas orçamentárias e as tensões imbricadas quando se pensa na verba destinada à Educação;
  • Destaco, também, a importância da Projeto Político Pedagógico como instrumento que possibilita uma educação participativa e democrática.

Problema da investigação

problemas da pesquisa

  • Foi proposto um debate sobre o modo como o conceito de gestão democrática dialoga com as ocupações escolares no Estado de São Paulo no final de 2015 ocasionadas pela Reorganização das escolas públicas em ciclos;
  • A reflexão partiu de uma apresentação das diretrizes educacionais a partir da década de 80, no sentido de problematizar o modelo educacional que vem se desenhando nos últimos anos.
  • Foi feita uma análise documental da bibliografia existente até início de 2018 e dos materialis publicados desde 2015 que problematizaram a Reorganização.
  • Foram considerados como objetos de análise deste trabalho os discursos que se construíram nesse período a partir de notícias, tweets, documentários e publicações acadêmicas a respeito da temática, conferindo um caráter qualitativo ao debate proposto.
  • A análise do discurso, no contexto desta pesquisa, será compreendida como as marcas performáticas, as quais são marcadas subjetivamente nos atos de fala, ou seja, por meio da linguagem. Sendo assim, buscamos legitimar o confrontamento de vozes que emergiram a partir das decisões tomadas por líderes do Governo Estadual em São Paulo recorrendo a Agier (2001), Couche (2002), Mathews (2002), Montiel (2003) e Hall (2015) para debater a noção de identidade e estratégias identitárias adotadas/assumidas pela esfera pública na figura de seus gestores e pelos estudantes, estabelecendo contrapontos aos modelos de gestão que emergirão dessa análise.

natureza dos dados

Sobre a prática da gestão democrática

  • Promover a democracia como um princípio norteador do ensino é um posicionamento político --> não há neutralidade!

  • O próprio conceito de gestão democrática exemplifica esse duplo movimento: o trabalho da gestão democrática para algo externo à gestão em seu sentido administrativo apenas.

  • Logo, a escolha do termo democrático é de ordem política, é um posicionamento que foge da neutralidade, pois a gestão democrática só é possível quando entendemos e abraçamos a dialética do trabalho pedagógico: a atividade-fim é a educação, logo todo tensionamento de forças, administrativas e pedagógicas, convergirão para a ação de educar, e nesse sentido o caráter democrático coaduna-se com uma proposta libertadora de ensino

teoria e análise

Para Luck (2010), a gestão democrática abarcará a dinamicidade do cotidiano escolar, em contraposição à gestão entendida, até a década de 80, como um processo administrativo, entendendo o funcionamento da escola como um funcionamento tipicamente administrativo, encontrado em empresas privadas.

Couche e a noção de identidade

Couche (2002) problematiza a concepção objetiva e subjetiva de identidade cultural e propõe uma visão acerca da identidade como uma construção social.

[...] a identidade é uma construção social e não um dado, se ela é do âmbito da representação, isto não significa que ela seja uma ilusão que dependeria da subjetividade dos agentes sociais. A construção da identidade se faz no interior de contextos sociais que determinam a posição dos agentes e por isso mesmo orientam suas representações e escolhas. Além disso, a construção da identidade não é uma ilusão, pois é dotada de eficácia social, produzindo efeitos sociais reais. (COUCHE, 2002, p.182).

A noção situacional e relacional que Couche nos apresenta permite pensarmos na construção da identidade como uma espécie de jogo de oposições, o qual se dá nos contextos sociais de cada indivíduo; são as escolhas adotadas por nós que orientam esse processo. Sendo assim, assumir um determinado traço identitário é possível em um processo de oposição a uma série de outros traços identitários disponíveis e que poderiam ser incorporados pelo sujeito.

exemplos no arquivo

Em 2015

conclusão

  • O que buscamos contrastar, apoiando-nos nos princípios democráticos da gestão escolar, foi o caminho para a tomada de decisões no contexto da Reorganização Escolar.

  • Na perspectiva apresentada por Hall (Id.) de que as identidades estão situadas politicamente, os alunos quando se unem em função de um objetivo maior, que foi o não fechamento de suas escolas, utilizaram-se de estratégias identitárias: o protagonismo nas ações de ocupação construiu uma identidade politizada, marcada pela luta e reivindicação de mudanças.

2019

Ocupar e resistir

Quantos lutaram

Gritaram faleceram

Mais de mil?

Aqui vai virar o Chile

Ou o Chile virou o Brasil?

(Koka e Fabricio Ramos24)

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