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Caso clínico: bradiarritmia e parada respiratória
Alana Batista, Alice Almeida, Alice Alvarenga, Amanda Lessa, Amanda Mazzini, Ana Beatriz Parma, Ana Clara Peruchi, Anna Bárbara Scardua
Paciente do sexo feminino, 45 anos, dá entrada no serviço com queixa de dispneia e episódio prévio de síncope.
Segurança da cena e uso de EPI
O objetivo da avaliação primária é identificar e corrigir situações de risco imediato de morte
Avaliar responsividade, checar pulso e expansão torácica.
Paciente responsiva: prosseguir com ABCDE.
A: Vias aéreas pérvias. SaO2:86%.
Foi ofertado oxigênio a 12L/min via máscara não-reinalatória com reservatório, com estabilização da saturação.
B: Sem alterações ao exame físico.
C: Perfusão capilar de 4 segundos, pulsos radiais filiformes e simétricos. Hipotensa, pálida e mentalmente confusa.
À ausculta: RCR BNF 2T sem sopros, sem estalidos, sem atrito pericárdico.
FC: 45 bpm. Monitorização cardíaca e obtenção de acesso venoso.
D: Glasgow 12, pupilas isocóricas e fotorreagentes.
E: Ausência de ferimentos ou cicatrizes, temperatura axilar de 35,5ºC e glicemia normal.
Eletrocardiograma
Marcadores de necrose miocárdica
Ionograma
Gasometria arterial
Realizar entrevista AMPLE (com o paciente, familiares ou terceiros):
A: paciente sem alergias.
M: fazia uso de anti-hipertensivos.
P: sem passado médico similar a este.
L: última refeição foi o café da manhã.
E: estava em casa e começou a sentir dispneia.
Definição:
- FC < 60 bpm, evidenciada ao exame físico ou eletrocardiograma.
Quadro clínico:
- Pode ser assintomática. Geralmente, achados clínicos atribuíveis à bradiarritmia ocorrem com FC ≤ 50 bpm.
- Sintomas possíveis: precordialgia, dispneia, queda do nível de consciência, fraqueza, fadiga, tontura, síncope, pré-síncope;
- Sinais possíveis: hipotensão (postural ou não),
diaforese, congestão pulmonar e sistêmica.
O diagnóstico de bradiarritmia por ECG depende da existência ou da ausência de ondas P, da morfologia dessas ondas e da relação entre ondas P e complexos QRS.
Isquemia, degeneração do sistema His-Purkinje, infecções (Chagas, endocardite, difterias), doenças de depósito, colagenoses, trauma cirúrgico (troca valvar, transplante cardíaco).
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
VALVULOPATIAS
DISTÚRBIOS ELETROLÍTICOS
MIOCARDITES
Fluxograma de atendimento
Atropina
Dopamina , epinefrina ou MPTC
Marcapasso transvenoso
Quadro clínico atribuível à bradiarritmia
Critérios de instabilidade?
Manter via aérea pérvia, monitorizar, fornecer O2, obter acesso venoso, ECG de 12 derivações
Monitorar e observar
A meia-vida da atropina é de 5 a 10 minutos. Desta forma, é importante considerar a atropina apenas como uma medida intermediária para que se coloque o marcapasso transcutâneo e se prepare a instalação do marcapasso transvenoso provisório.
Atropina: dose em bolus - 0,5 mg EV a cada 3-5 min por no máximo 6 vezes.
Melhorou discretamente a bradicardia da paciente.
Marcapasso transcutâneo?
Epinefrina 10 mcg/min EV (infusão lenta) = melhora discreta da bradicardia (56bpm).
Orientar encaminhamento para o especialista
e programar instalação de marcapasso transvenoso.
Acionar ajuda e pedir carrinho de parada
Precocemente instalar suprimento de O2 e considerar cânula orofaríngea
Após a instalação da via aérea avançada, realizar 8 a 10 insuflações/min e
checar o ritmo a cada 2 minutos
Administrar ventilação de resgate: 1 a cada 5-6 segundos
Assim que possível, instalar dispositivo de via aérea avançada
Checa responsividade: vítima não responsiva
Verificar respiração e pulso central: vítima com pulso e respiração ausente ou gasping
Confirmar efetiva ventilação e fixar o dispositivo escolhido
Verificar presença de pulso a cada 2 minutos. Na ausência, iniciar RCP
Fluxograma de atendimento
Paciente inconsciente.
Inserção de cânula orofaríngea e ventilação com bolsa-válvula-máscara
conectada à fonte de oxigênio a 12L/min com 1 ventilação a cada 5-6s. Houve melhora da saturação, porém a paciente permaneceu inconsciente.
Palpação de pulso central a cada 2 minutos.
Identificada necessidade de via aérea avançada.
Intubação orotraqueal em sequência rápida.
Avaliar efetividade da via aérea avançada por meio de ausculta do epigástrio e bases e ápices pulmonares