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A histologia (do grego: hyston = tecido + logos = estudos) é a ciência que estuda os tecidos biológicos, desde a sua formação (origem), estrutura (tipos diferenciados de células) e funcionamento.
O corpo de um organismo multicelular é constituído por diferentes tipos de células, especializadas em realizar diversas funções. As células com determinado tipo de especialização organizam-se em grupos, constituindo os tecidos. Alguns tecidos são formados por células que possuem a mesma estrutura; outros são formados por células que têm diferentes formas e funções, mas que juntas colaboram na realização de uma função geral maior.
Dentre as diversas adaptações que favoreceram a conquista do meio terrestre pelos vertebrados destacam-se um revestimento corporal impermeabilizado, um sistema esquelético de suporte do organismo e de seus órgãos e um mecanismo que permite a movimentação do organismo pelo meio. No homem, essas três tarefas são desempenhadas, na ordem, pela pele, pelo conjuntivo de ossos do sistema esquelético e pelos inúmeros músculos componentes do sistema muscular. Ossos e músculos constituem o sistema locomotor.
Os tecidos nos vertebrados adultos são formados a partir de três folhetos germinativos: endoderma, ectoderma e mesoderma.
Os destinos finais (organogênese) desses folhetos germinativos, na formação dos tecidos e órgão humanos, são:
Ectoderma
Epiderme e anexos cutâneos (pêlos e glândulas mucosas);
Todas as estruturas do sistema nervoso;
Epitélio de revestimento das cavidades nasais, bucal e anal.
Mesoderma
Forma a camada interna da pele (derme);
Músculos lisos e esqueléticos;
Sistema circulatório, esquelético, excretor e reprodutor.
Endoderma
Epitélio de revestimento e glândulas do trato digestivo, com exceção da cavidade oral e anal;
Sistema respiratório (pulmão);
Fígado e pâncreas.
Nos animais vertebrados há quatro grandes grupos de tecidos: o muscular, o nervoso, o conjuntivo (tecido ósseo, cartilaginoso, adiposo e sanguíneo) e o epitelial.
Por exemplo: O sangue é considerado um tecido conjuntivo, com diversificadas células (as hemácias, os leucócitos e as plaquetas) e o plasma (água, sais minerais e diversas proteínas).
Nos invertebrados estes tipos de tecido são basicamente os mesmos, porém com organizações mais simples. A maioria dos tecidos além de serem compostos de células, apresentam entre elas substâncias intracelulares (intersticiais).
Epitélio → revestimento da superfície externa do corpo (pele), os órgãos (fígado, pulmão e rins) e as cavidades corporais internas;
Conjuntivo → constituído por células e abundante matriz extracelulas, com função de preenchimento, sustentação e transporte de substâncias;
Muscular → constituído por células com propriedades contráteis;
Nervoso → formado por células que constituem o sistema nervoso central e periférico (o cérebro, a medula espinhal e os nervos).
A superfície externa do corpo e as cavidades corporais internas dos animais são revestidas por este tecido. O tecido epitelial desempenha várias funções no organismo, como proteção do corpo (pele), absorção de substâncias úteis (epitélio do intestino) e percepção de sensações (pele), dependendo do órgão aonde se localizam.
Os tecidos epiteliais têm células perfeitamente justapostas, unidas por pequena quantidade de material cimentante, com pouquíssimo espaço intercelular. Os epitélios não são vascularizados e não sangram quando feridos. A nutrição das células se faz por difusão a partir dos capilares existentes no conjuntivo adjacente. O arranjo das células epiteliais pode ser comparado ao de ladrilhos ou tijolos bem encaixados.
Quanto ao número de células:
Quanto à forma das células:
Os tecidos epiteliais, também chamados epitélios, são classificados em dois tipos principais: epitélios de revestimento e epitélios glandulares.
Funciona como uma membrana que isola o organismo, ou parte dele, do meio externo. Está relacionado ao revestimento e proteção de superfícies externas (por exemplo, na pele) e internas (por exemplo, no estômago). Atua, também, na absorção de substâncias, na secreção de diversos produtos, na remoção de impurezas e pode conter vários tipos de receptores sensoriais (notadamente na pele).
Tecido Epitelial de Revestimento Pluriestratificado Pavimentoso Queratinizado. Microscopia óptica. (E) Epiderme, (D) Derme, (SC) Células queratinizadas e cera.
A pele é importante órgão de contato com o meio. A conquista do ambiente terrestre pelos vertebrados tornou-se possível, entre outras coisas, a partir do isolamento e proteção do corpo e de mecanismos de relação do ser vivo com o meio. O tato e demais sentidos são úteis no relacionamento do animal com o ambiente. A pele, órgão responsável pelas sensações táteis, apresenta diferentes tipos de “sensores”, que registram e informam ao ser vivo variações de temperatura e pressão. A pele é, ainda, importante órgão de defesa contra diversos tipos de agentes infecciosos.
A pele é órgão composto por duas camadas: epiderme e derme.
A epiderme é um tecido epitelial pluriestratificado, formada pelo estrato basal (estrato germinativo), que fica apoiado na derme com células de aspecto cúbico. Intensa divisão celular mitótica, que repõe as células perdidas no desgaste diário. À medida que novas células são formadas, elas vão sendo “empurradas” para formar as demais células, até ficarem expostas na superfície da pele.
A derme é formada por tecido conjuntivo denso. Vários tipos de células são encontrados, como fibroblastos e macrófagos. Nervos, terminações nervosas, corpúsculos sensoriais e capilares sangüíneos cruzam a derme em várias direções. Ela é um importante tecido de manutenção e de apoio. Os nutrientes existentes no sangue difundem-se para as células epidérmicas.
Nos mamíferos, a derme é atravessada por finas faixas de células musculares, os músculos eretores dos pêlos, cuja contração é involuntária e permite aumentar a camada de ar retirada entre os pêlos. Mecanismo semelhante ocorre nas aves, com as penas.
Abaixo da derme, há uma camada de tecido conjuntivo frouxo (hipoderme), que não faz parte da pele, mas estabelece a sua ligação com as estruturas adjacentes, permitindo o seu deslizamento. Em determinadas regiões do corpo, a hipoderme contém um número variável de camadas de células adiposas, formando o panículo adiposo, importante como reserva de energia, isolante térmico e facilitador da flutuação na água.
Três estruturas da pele, derivadas da epiderme, são extremamente importantes na adaptação dos mamíferos ao meio terrestre: pêlos, que auxiliam no isolamento térmico; glândulas sudoríparas, que desempenham o papel importante na regulação da temperatura corpórea; e glândulas sebáceas, que lubrificam a pele e estruturas anexas.
As células dos tecidos epiteliais mantêm-se aderidas umas às outras por meio de estruturas especializadas, genericamente chamadas junções celulares.
Uma das mais importantes junções celulares, o desmossomo (do grego desmos, ligação, e somatos, corpo), pode ser comparado a um botão de pressão constituído por duas metades que se encaixam, estando uma metade localizada na membrana de uma das células e a outra na célula vizinha.
Em cada célula existe uma placa circular de proteína, situada bem junto à membrana. Das placas partem substâncias colantes, chamadas desmogleínas, que atravessam as membranas e grudam as células na região de contato. As placas também estão ligadas a um grande número de filamentos constituídos da proteína queratina.
É comum observar-se a ocorrência de pregueamento entre as membranas plasmáticas de duas células adjacentes. Esses pregueamentos, conhecidos como interdigitações, ampliam a superfície de contato entre as células e facilitam a passagem de substâncias de uma para a outra.
As células do tecido epitelial glandular produzem secreções. Essas secreções podem ser:
As glândulas podem ser unicelulares, ou multicelulares (maioria das glândulas).
Em amarelo glândulas caliciformes do intestino.
Em verde a parte secretora de glândulas multicelulares exócrina e endócrina, respectivamente.
As glândulas multicelulares originam-se sempre dos epitélios de revestimento, por proliferação de suas células para o interior do tecido conjuntivo subjacente e posterior diferenciação.
Glândulas exócrinas: apresentam a porção secretora associada a dutos que lançam suas secreções para fora do corpo (glândulas sudoríparas, lacrimais, mamárias e sebáceas) ou para cavidades do corpo (glândulas salivares);
Glândulas endócrinas: não apresentam dutos associados à porção secretora. As secreções são denominadas hormônios e lançadas nos vasos sanguíneos e linfáticos. Exemplos, hipófise, glândulas da tireóide, paratireódeas e adrenais;
Glândulas mistas: apresentam regiões endócrinas e exócrinas ao mesmo tempo. É o caso do pâncreas, cuja porção exócrina secreta enzimas digestivas, lançadas no duodeno e a porção endócrina é responsável pela secreção dos hormônios insulina e glucagon.