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Homofobia é uma série de atitudes e sentimentos negativos em relação a pessoas homossexuais, bissexuais e, em alguns casos, contra transgêneros e pessoas intersexuais. As definições para o termo referem-se variavelmente a antipatia, desprezo, preconceito, aversão e medo irracional. A homofobia é observada como um comportamento crítico e hostil, assim como a discriminação e a violência com base na percepção de que todo tipo de orientação sexual não-heterossexual é negativa.
A orientação sexual se refere a desejos e atrações sexuais de um indivíduo. No passado, a homossexualidade já foi considerada uma doença. Hoje, o Conselho Federal de Psicologia a entende como uma variação normal da orientação sexual humana. Em 1990, a Organização Mundial da Saúde tirou a homossexualidade da lista de doenças ou transtornos.
A homofobia tem raízes na cultura da nossa sociedade. Tradicionalmente, a nossa cultura se assenta numa estrutura “heteronormativa”. O termo significa que a norma, o padrão ou o considerado “normal” em uma sociedade é que a pessoa seja heterossexual (sinta atração pelo gênero oposto). Nesse sentido, todas as outras formas de variações de comportamento e orientação sexual seriam consideradas “antinaturais”, como o homossexual (aquele que sente atração pelo mesmo gênero), o bissexual (atraído pelos dois gêneros) ou o assexual (que não tem desejo sexual).
Pessoas homofóbicas acreditam que a heteronormatividade é o correto, e quando elas são confrontadas com outras formas de sexualidade, não as toleram e podem sentir raiva, vontade de agredir o outro ou aversão total à aprovação de direitos individuais LGBT. Ou seja, não se trata apenas de aceitar ou não uma orientação sexual, mas de se colocar de maneira hostil e agressiva a ela, sem o respeito ao outro e às diferenças.
Casos extremos de homofobia trabalham com a “lógica do extermínio” e podem ser comparados ao sentimento de terroristas muçulmanos quererem matar ocidentais porque não têm as mesmas crenças. Ou ainda, ao preconceito de brancos contra negros durante o período do apartheid na África do Sul, que acreditava na divisão racial.
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A população LGBT constitui um grupo vulnerável, sendo alvo de inúmeras violações de direitos humanos em muitas partes do mundo. Em vários países, o afeto e as relações sexuais consentidas entre adultos do mesmo sexo são consideradas crime e punidas com prisão ou até com a pena de morte.
O Brasil é um dos países mais perigos para gays, lésbicas e transexuais. Em média, uma pessoa LGBT é morta a cada 16 horas. Segundo dados da organização Grupo Gay da Bahia, nos últimos quatro anos e meio, 2,5 mil pessoas morreram em ataques homofóbicos no país. Os números de mortes foram coletados com base em registros policiais e notícias. Em 2015, 530 pessoas foram mortas vítimas de homofobia.
Dados da Secretaria de Direitos Humanos do Governo Federal revelam que, em 2013, foram registradas 1.965 denúncias de 3.398 violações relacionadas à população LGBT. O número pode ser ainda maior devido ao elevado índice de subnotificação (casos que não são relatados para a polícia). As denúncias incluem espancamentos, agressões e até os chamados “estupros corretivos”. Proporcionalmente, as travestis e transexuais são as mais vitimizadas, apesar da população ser considerada pequena. O risco de uma “trans” ser assassinada é 14 vezes maior que um gay. Segundo a rede Transgender Europe, mais da metade dos homicídios registrados contra transexuais do mundo ocorrem no Brasil. De 2008.
Os transgêneros enfrentam diversos obstáculos para se inserirem na sociedade brasileira, visto que, conforme dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais(ANTRA), cerca de 90% das travestis e transexuais usam a prostituição como fonte de renda. Nesse contexto, a falta de acolhimento da família e o preconceito nas instituições de ensino dificultam a ascensão dessa população e a sua representatividade nos diferentes espaços e, por conseguinte, acarretam a permanência da transfobia e da marginalização desses indivíduos. Logo, medidas devem ser tomadas, a fim de combater esse preconceito e facilitar a inclusão dessa comunidade.
Nesse âmbito, diversas vezes, a discriminação começa a aparecer no ambiente familiar que deveria ser um espaço de acolhimento. Como resultado, várias pessoas que possuem uma identidade de gênero diferente do sexo atribuído são expulsas de casa e encaram bastantes desafios para a sua sobrevivência. Prova disso é a Jovem Patrícia Borges que foi banida da residência da sua família aos 13 anos, em razão de ser trans. Nesse sentido, é necessário desenvolver uma maior tolerância dentro desse meio.
Além disso, em virtude do enorme preconceito nas escolas, inúmeros transgêneros abandonam os estudos e, por consequência, encaram várias barreiras para ingressarem no mercado de trabalho e acabam na prostituição, tendo sua imagem marginalizada. Segundo dados da Rede Nacional de Pessoas Trans do Brasil(RedeTrans) 82% das mulheres transexuais e travestis abandonam o ensino médio, devido à discriminação. Nesse contexto, deve-se criar condições para a permanência desses cidadãos no meio acadêmico.
Portanto, embora não haja soluções imediatas para esse problema, torna-se indubitável que a transfobia precisa ser combatida. Nesse sentido, cabe ao Governo, em parceira com o Ministério da Educação, diminuir esse impasse. Para isso, esses agentes devem contratar psicólogos para fornecer palestras sobre esse tema e oferecer auxílio aos transgêneros, com o intuito de diminuir o preconceito na família e nas instituições de ensino e amparar as vítimas, além de ofertar bolsas para esses indivíduos, com o intuito de diminuir a evasão escolar. Assim, a transfobia será um mal cada vez menor na sociedade.