O principal objectivo é obter um parto por ano por vaca
- vacas secas
- pré-parto
- vacas em lactação
- novilhas
- vitelos
- A escolha dos alimentos em estabulação deve ser feita, tendo em conta a qualidade e o preço;
- É muito importante que os animais sejam adaptados gradualmente a novas dietas ou alimentos.
Maneio
Reprodutivo
Maneio
alimentar
Consequências de "mau" maneio reprodutivo
- infertilidade;
- elevado nº de IA;
- intervalo entre partos elevado
aumento dos custos de produção /litro de leite
Novilhas
- Feno à descrição;
- Concentrado equilibrado;
- Água
Vacas Secas
- as necessidades são consideravelmente mais baixas que as das vacas que se encontram em produção;
- limitar o consumo de ração;
- facultar forragens de fibra longa;
- água
Vacas em lactação
Consequências de um "mau" maneio alimentar
- custo alimentar incide pelo menos em 50% do custo total do litro de leite;
- uma boa alimentação permite melhorar a produção leiteira,, a saúde e reprodução;
- alimentadas de acordo com as suas necessidades nutricionais, que variam consoante o peso vivo, nível de produção e fase da lactação em que se encontram;
- formular um arraçoamento óptimo, que contemple uma correcta proporção entre forragem e concentrado.
- problemas de locomoção das vacas leiteiras: laminites, úlceras podais (cetoses e acidoses...);
- elevada mortalidade nos vitelos;
- problemas durante o parto com retenções placentárias;
- crescimento lento nas novilhas;
- custos de produção por litro de leite disparam.
A partir da 2ª semana, para além da água colocada à disposição do vitelo, poderá ser fornecida forragem "ad libitum" assim como concentrado. Progressivamente, o animal vai ingerir volumes cada vez maiores destes alimentos pelo que será possível reduzir a quantidade de leite administrado diariamente. Quando o consumo de concentrado atingir os 2 kg/dia poder-se-á realizar o desmame, que em geral, ocorre por volta de 1 ½ - 2 meses
Vitelos
A administração de colostro é essencial tanto para nutrição do recém-nascido como para assegurar a sua protecção contra agressões posteriores, graças ao seu teor em imunoglobulinas que o jovem consegue utilizar em seu benefício, desde que seja ingerido, logo a seguir ao parto, nas primeiras horas de vida (é essencial que seja no mínimo 3 litros) e durante 5 a 7 dias.
Pré-parto
- devem ser habituadas, progressivamente, aos novos alimentos ;
- não devem comer demasiado concentrado para não parirem gordas;
- todas as alterações devem ser graduais;
- água
Dúvidas?
Maneio
Maneio é um termo amplo que diz respeito a todas as actividades que diariamente são desenvolvidas com os animais, com a finalidade de criá-los, mantê-los e fazê-los produzir.
Para que uma empresa pecuária tenha sucesso na sua actividade, devem existir maneios correctos, capazes de aumentar a produtividade da exploração e diminuir as perdas.
- Maneio geral;
- Maneio sanitário;
- Maneio reprodutivo;
- Maneio alimentar.
Sistemas
de Produção Animal
Produção de Bovinos de Leite
Maneio:
- geral; reprodutivo; alimentar e sanitário;
- quando é mal executado promove sempre directa ou indirectamente o aumento dos custo de produção por litro de leite;
- o sucesso do maneio reprodutivo depende sempre de um bom maneio alimentar;
- o "mau" maneio sanitário põe em causa a saúde pública.
Resumindo...
Objectivos
Maneio
- identificar os diferentes tipos de maneio;
- reconhecer quais as principais "tarefas" do maneio geral;
- reconhecer problemas associadas a falhas no maneio;
- relacionar maneio alimentar com maneio reprodutivo;
- avaliar importância do maneio sanitário
Rastreios
Brucelose;
Tuberculose;
Leucose;
Peripneumonia Contagiosa Bovina
efetuado pelas OPP's (Organização de Produtores Pecuários - ADS Agrupamento de Defesa Sanitária) anual ou semestralmente, dependendo da classificação da exploração;
Consequências de
"mau" maneio sanitário
- aumento da mortalidade no efectivo;
- aumento do número de doenças na exploração;
- aumento nos gastos com o Médico veterinário;
- aumento dos custos de produção / litro de leite.
- promover a saúde do animal, reduzindo a incidência de doenças;
- assegurar um alto nível de saúde pública e segurança alimentar;
- promover o bem estar dos animais através da prevenção.
Marcas auriculares
SUPORTE INFORMÁTICO
- Todos os animais de uma exploração devem ser identificados por uma marca auricular aprovada pela autoridade competente;
- é aplicada após o nascimento em cada orelha, num prazo legalmente fixado;
- as duas marcas auriculares devem ter o mesmo código de identificação que permita identificar cada animal individualmente;
- permite também identificar a exploração em que o animal nasceu.
- os animais provenientes de outro Estado-Membro devem manter a sua marca auricular de origem;
- as marcas auriculares não podem ser retiradas ou substituídas sem autorização da autoridade competente;
- deve-se informar qualquer danificação ou perda do brinco identificativo.
Este registo pode ser mantido em suporte informático, desde que:
- sejam elaborados e impressos relatórios, pelo menos trimestrais, com a informação requerida;
- serem mantidos na exploração e assinados, sempre que exigido, pelo veterinário.
Todo o detentor de animais de espécie bovina deverá manter um registo onde se identifica claramente todos os animais presentes na sua exploração.
Este livro é de preenchimento obrigatório e a actualização é da responsabilidade do detentor que o deverá disponibilizar sempre que solicitado pelas autoridades competentes.
- é possível retirar muitas informações relativas à identificação dos animais, tais como a raça, data de nascimento, ascendência e também o conhecimento das várias explorações por onde passaram os animais durante a sua vida produtiva.
ONDE DEVE ESTAR O REGISTO E POR QUANTO TEMPO DEVE SER MANTIDO?
Maneio Geral
Identificação e registo
- Na sede social da exploração ou em casa do detentor.
- Os registos devem ser mantidos actualizados, em bom estado de conservação e à disposição das autoridades oficiais para efeitos de controlo por um período de 5 anos.
Passaporte
Detentor
Qualquer pessoa singular ou colectiva responsável pelos animais numa fase permanente ou temporária, inclusivamente durante o transporte, no mercado ou no matadouro.
Sistema Nacional de Identificação e Registo de Animais, S.N.I.R.A:
- é um sistema informático de identificação de bovinos a nível nacional.
- permite aos animais circularem legalmente;
- permite um controlo das doenças;
- a identificação é registada numa base de dados (B.D.D.) “on-line”, existente nas Divisões de Intervenção Veterinária, nos Matadouros de Bovinos, nas OPP’S seleccionadas e em algumas associações;
Para que um bovino se considere identificado deve:
Cada detentor de bovinos deve:
Documento oficial de identificação (boletim sanitário), emitido pelas autoridades competentes para cada bovino.
Terá de possuir obrigatoriamente:
- o código de identificação,;
- a data de nascimento,;
- o sexo e a raça;
- o código de identificação da mãe;
- a marca da exploração de nascimento;
a marca de exploração de todas as explorações em que permaneceu e respectivas datas de entrada e de saída;
- indicação da autoridade que emitiu o passaporte;
- data de emissão.
- Manter o Livro de Registo e Existências actualizado;
- Comunicar todos os movimentos de entrada e de saídas de bovinos da exploração no prazo de 4 dias;
- Registar no Passaporte a identificação da nova exploração/detentor quando da venda/compra do animal.
- Exibir duas marcas auriculares;
- Constar da base de dados;
- Possuir passaporte actualizado;
- Constar do registo de existências e deslocações na posse do detentor.
Disponível em formato digital
Maneio
sanitário
A actualização deste documento no que diz respeito aos movimentos do animal é da responsabilidade do respectivo detentor.
Todos os outros averbamentos, incluindo os sanitários, são da responsabilidade dos serviços oficiais.
No caso de morte de um animal, o passaporte deverá ser devolvido pelo detentor às autoridades competentes, num prazo estipulado, cabendo essa responsabilidade ao operador do matadouro no caso de o animal ter sido enviado para o matadouro.
A detenção ou posse de medicamentos sujeitos a receita só é permitida desde que justificada por:
- receita médico-veterinária normalizada;
- requisição validada pelo médico-veterinário;
- uma declaração do veterinário.
É interdita a deslocação, a alteração de detentor ou o abate de animais durante o tratamento ou antes do final do intervalo de segurança.
Livro de Registo
de Existências
e Deslocações de Bovinos
O registo deve ser organizado em livro e obedecer às seguintes condições:
- Ter numeração identificativa;
- Estar organizado por ordem cronológica;
- Ser paginado sequencialmente;
- Existir um por cada exploração e poderá contemplar as diferentes espécies existentes.
- Identificação e registo;
- corte e manutenção dos cascos;
- detecção de cios;
- parto
Livro de Registo
de Medicamentos
QUAIS AS OBRIGAÇÕES DO CRIADOR?
O detentor de animais é obrigado a manter actualizado um registo de medicamentos veterinários utilizados nos animais.
COMO DEVE SER ESTE REGISTO?
- Data do tratamento;
- Identificação animal/grupo de animais tratados;
- Motivo ou natureza do tratamento;
- Nome e quantidade administrada;
- Intervalo de segurança;
- Identificação de quem o administrou.
Maneio
Geral
Vacinações
- prescritas pelo Médico veterinário:
- IBR ( Rinotraqueíte Infecciosa Bovina);
- BVD (Diarreia Viral Bovina);
- PI3 (Parainfluenza 3);
- BRSV (Pneumonia por Vírus Respiratório Sincicial Bovino).
MAIS VALE PREVENIR
QUE REMEDIAR!
Desparasitações
- prescritas pelo Médico veterinário:
- endoparasitas.
Desinfeções periódicas das instalações
Pedilúvio; rodilúvio; imersão; pulverização; aspersão
efectuadas pelo produtor, com produtos homologados para animais, com supervisão do Médico Veterinário
Quando as patas estiverem cá fora, cerca de 30 cm, começa a aparecer a cabeça. Logo a seguir à cabeça aparecem os ombros e todo o vitelo desliza para o exterior.
Normalmente a placenta sai junta com o vitelo ou algumas horas após o nascimento, 24 a 48 horas, caso isto não aconteça deve-se chamar um veterinário.
Depois do parto a vaca deve limpar o vitelo e repousar.
Também é considerada posição normal, embora menos frequente, a posição posterior. Neste tipo de nascimento, os cascos aparecem voltados ao contrário, ou seja, com a parte da frente virada para baixo. Em seguida, com as contracções da vaca, ficará visível a cauda.
Neste tipo de parto podem surgir algumas complicações, como por exemplo, o cordão umbilical partir-se fazendo com que o animal comece a respirar, mas tendo ainda a cabeça revestida pela placenta e mucosidades.
Assim sendo, logo que metade do corpo esteja fora, deve-se segurar o vitelo pelas patas e fazer sair rapidamente o restante do corpo. Nesta tarefa deve se ter o cuidado de não deixar bater a cabeça do vitelo no chão.
- Vigiar atentamente mãe e cria;
- Evitar correntes de ar e arrefecimentos bruscos do local onde os animais se encontrem;
- Ter atenção à alimentação inicial da cria;
- Assegurar a expulsão do saco vitelino;
- Destruir os invólucros fetais e todos os restos de parto, não deixar que outros animais os comam;
- Destruir as camas de palha.
- Lavar e desinfectar correctamente todo o material e equipamentos utilizados no parto;
- Lavar e desinfectar a sala de partos;
- Caso a vaca não se levante deve-se chamar o médico veterinário.
Cuidados a ter após o parto
- Verificar se o feto está vivo e o que impede o seu nascimento.
- Quando a cabeça se encontra flectida para trás, deve-se empurrar levemente o feto no sentido da cabeça da vaca e tentar colocar a cabeça do feto na posição normal do parto. Por fim procede-se como para um parto normal.
- Quando se encontram membros flectidos, também se deve empurrar o feto no sentido da cabeça da vaca e colocar os membros na posição do parto normal. Nesta situação deve-se proteger, com a mão em forma de concha, a extremidade do membro a reduzir a fim de se evitar lesões das paredes do útero. Depois de colocado o vitelo na posição correcta procede-se como para um parto normal.
- Deve-se usar apenas a força humana para extracção do feto.
- A extracção do feto deve acompanhar as contracções.
- Sempre que possível é conveniente a presença de um veterinário.
O aborto é a expulsão de um feto não viável antes do tempo normal da gestação
(aproximadamente 9 meses).
O aborto de um feto implantado tem uma incidência aproximadamente de 3 a 5% em vacas gestantes.
Aborto
Como evitar partos distócicos
1. Acasalamento de vitelas extremamente jovens, que ainda não estão fisicamente preparadas;
2. Erros de monta ou IA, originando fetos grandes;
3. Oclusão do colo uterino;
4. Edema de vulva e vagina;
5. Retenção fetal;
6. Impossibilidade de correcção de distocias
Parto com intervenção de fórceps
Principais causas das cesarianas
- Esta técnica consiste no uso de um fórceps que ajuda na extracção do vitelo do útero da vaca.
- Deve-se deitar a vaca sobre o flanco esquerdo e amarrar-lhe os membros acima dos boletos.
- Encosta-se a cabeça do fórceps ao períneo do animal e faz-se tracção do fórceps de acordo com as contracções da fêmea.
- Caso o animal se apresente na posição posterior, é conveniente acelerar a extracção da cria.
- Inseminação de uma vaca já cheia;
- Lesões físicas (maneio brusco de vacas cheias);
- Gestações gemelares;
- Ingestão de alimentos que contêm toxinas, sementes com bolor ou altos níveis de estrogénio;
- Infecções microbianas (doenças venéreas e outras infecções);
- Infecções bacterianas (brucelose, leptospirose, literiose, vibriose, etc), virais (BVD, IBR), parasitárias ou fungos.
Principais causas de aborto
Sintomas de parto distócico
· Contracções fortes e persistentes sem que haja expulsão do feto;
· Contracções fracas, sem frequência por mais de 2 ou 3 horas;
· Intervalo entre os fetos superior a duas horas, no caso de haver mais que um;
· Gestação prolongada, corrimentos vaginais purulentos e sinais de intoxicação;
· Apresentação, posição ou atitude do feto anormal
O cuidado das patas dos bovinos tem como objectivo obter um óptimo bem estar do animal.
O casco protege o extremo da pata, permitindo ao animal suportar o seu peso corporal, quer parado quer em movimento.
Deve estar intacto e ter uma boa superfície de suporte para que o bovino possa movimentar-se livremente.
Na maioria dos partos, o vitelo apresenta-se com o focinho em primeiro lugar e após algumas fortes contracções, aparece a ponta de um dos cascos, seguida pelo outro.
A posição normal e mais corrente dos partos é com as patas anteriores esticadas e a cabeça entre elas, tendo em conta que é a menos dolorosa.
Tendo em conta que as fêmeas por vezes só apresentam sinais de cio durante a noite, a melhor opção é filmá-las. Este sistema é utilizado nas grandes explorações.
sistema de vídeo
Na base da cauda da fêmea aplica-se tinta. Esta, ao ser montada, a tinta vai desaparecendo, sendo limpa pelo macho. Da mesma forma se pode colocar tinta no ventre de um touro vasectomizado ou com desvio do pénis e este ao montar a fêmea vai deixar-lhe uma marca na garupa.
aplicação de tinta
Trata-se de um dispositivo colocado na garupa da fêmea, que emite directamente para um computador os dados/sintomas da vaca.
detector electrónico
Também se trata de um dispositivo colocado na garupa, que altera a cor ao ser pressionado pelo macho ou outra fêmea durante a monta.
Algumas vezes é necessário recorrer a uma operação de cesariana para se conseguir a extracção do vitelo.
Se a necessidade para uma cesariana for descoberta com antecedência e o veterinário for alertado para o facto, aumenta a probabilidade do sucesso desta operação. Caso contrário, se o veterinário for chamado em último recurso, corre-se o risco do animal não resistir.
Qualquer operação realizada numa vaca com um feto obstruído, morto, dentro dela ou uma vaca muito enfraquecida e cansada, é bastante arriscado.
detectores de monta
Parto por cesariana
Esta análise deve ser feita três vezes ao dia durante 30 minutos, preferencialmente de manhã e à noite e fora dos períodos de grande agitação.
Logo que o vitelo esteja livre, desobstruir as vias respiratórias de forma, a que este possa respirar. Se a respiração não existir ou for ofegante deve-se realizar operações que permitam o reflexo respiratório.
Finalmente, após a cria iniciar a respiração, deve-se deixar que a mãe a limpe e que repouse.
Em qualquer um dos casos deve-se desinfectar o umbigo da cria, com uma solução à base de iodo.
Partos normais ou eutócicos
Pedómetros ou colares
observação visual
É colocada uma coleira ao pescoço ou uma pulseira numa pata das vacas, com um chip que detecta o aumento ou não, da actividade, contabilizando os movimentos do pescoço ou de deslocação das patas. O registo é enviado para computador.
Métodos de detecção do cio
Maneio Geral
Corte e Manutenção
de cascos
Consequências da falta de manutenção dos cascos:
Sintomas de cio
- Nervosismo e maior actividade
- Vulva vermelha, edemaciada e congestionada
- Corrimentos vaginais de cor clara
- Quebra na produção leiteira
- Perda de apetite
- Isolamento da manada
- Mugidos ou bramidos mais frequentes em animais estabulados
- Perseguição as companheiras, cavalgando-as
- Imobilização ao serem montadas
- Levantar e baixar da cauda com frequência
- Cauda desviada para o lado
- Aumento da frequência de micção
- Ligeiro aumento da temperatura
· Fendas nos cascos (devido a um crescimento exagerado destes);
· Defeito nos aprumos (tendo em conta que uma inflamação causa dor, verificar-se-á uma desigual distribuição de peso sobre os membros posteriores);
· Os animais ficam instáveis, ocasionalmente tropeçam, caminham com cuidado e deitam-se frequentemente;
· Tomam posições débeis, dobram os membros e os curvilhões para dentro, sobrecarregando a parte interna das extremidades;
· Mostram manqueira e os membros posteriores unidos;
· Diminuição da longevidade;
· Baixa produtividade.
- Torção uterina, impedindo assim a expulsão do feto, normalmente nestes casos faz-se a imobilização do útero e rotação do corpo do animal;
- Fracturas da pélvis ou devido à pequena área pélvica da fêmea ou devido ao tamanho exagerado do feto;
- Hérnia ventral sendo a sua origem devido a traumas ou ao simples facto de a parede abdominal se encontrar muito debilitada;
- Alterações da via fetal;
- Bacias estreitas;
- Ruptura uterina, que ocorre por excesso de força sobre as paredes do útero ou por acidente, nestes casos recorre-se à cesariana.
Distócias de origem maternal
Cascos não cuidados resultam em perdas económicas:
- menor rentabilidade dos animais (estes não se deslocam para comer, a sua produção leiteira diminui, emagrecem, estando sujeitos a outras patologias)
- o aumento de custos de produção relacionado com o aumento do custo de tratamentos.
As vacas são animais poliéstricos de ciclos periódicos de 21 dias.
O cio ou ciclo éstrico é o período em que as vacas
apresentam apetência sexual, período fértil.
A detecção do cio influencia a eficácia reprodutiva (em produção elevada de leite, grande número de vitelos, redução do intervalo entre partos e da % de vacas secas e de custos com a assistência veterinária).
Maneio Geral
Detecção de cios
Distócias de origem fetal
- O feto ser maior que o normal ou a área pélvica da fêmea ser menor que o normal, quando isto ocorre pode ser necessário intervir ou realizando a extracção forçada do feto ou recorrendo à fetotomia ou cesariana;
- Apresentação, posição ou atitudes anormais do feto, este problema pode ser resolvido através de manobras de propulsão, rotação e tracção;
- Monstros fetais, ocorrem normalmente devido a factores genéticos, virais, químicos e físicos (ex: duas cabeças, cabeça com tamanho exagerado).
Partos distócicos
Partos que apresentam problemas que atrapalham o seu desenvolvimento normal.
Factores que podem influenciar
a ocorrência de partos distócicos
1. Peso da cria;
2. Idade da mãe;
3. Dimensões pélvicas e corporais da mãe;
4. Raça e genótipo do pai e da mãe;
5. Nutrição da mãe;
6. Posição ou apresentação do feto.
Fase de expulsão da placenta
Ocorre o rompimento do cordão umbilical, a placenta deixa de ser irrigada e dá-se mais facilmente a separação das carúnculas e cotilédones.
Dão-se contracções uterinas pósparto, que continuam por um período e ajudam à separação dos cotilédones fetais das carúnculas uterinas, contribuindo para a expulsão da placenta. Depois do encerramento da placenta verifica-se o encerramento da cérvix.
As contracções uterinas são inicialmente pouco intensas e em sentido crâneo-caudal.
Quando as contracções uterinas se intensificam dá-se o início das contracções abdominais o que vai acabar por empurrar o feto até ao exterior.
Fase de expulsão do feto
O vitelo pode ainda encontrar-se dentro de uma segunda “bolsa de água” (líquido amniótico).
Passando a cabeça do vitelo através do canal do parto sem grandes problemas, prevê-se que o vitelo seja expulso com pouco esforço da parte da vaca.
É comum cometer-se o erro de ir assistir o parto, puxando as patas dianteiras bastante cedo.
início da expulsão do feto
Maneio Geral
Parto
Fase preparatória
Nesta fase verifica-se a progressão do vitelo ao longo do canal do parto e expulsão do mesmo.
Normalmente as fêmeas têm a tendência para se colocarem em decúbito esterno abdominal.
Dá-se o posicionamento do feto para o parto, verifica-se um aumento do volume das glândulas mamárias, verifica-se a dilatação da cérvix e exposição das membranas fetais (“bolsa de água”) ao nível da vulva, com possível ruptura.
O parto é caracterizado pela saída do feto depois de finalizado o período de gestação que, para o caso dos bovinos, são 280 dias.
A duração do parto é cerca de 3 horas (por vezes mais), no entanto todo o trabalho de parto é antecipado algumas horas, aquando do rebentamento da bolsa das águas.
Sinais de parto
Fases do parto
- Fase preparatória, com uma duração média de duas a seis horas;
- Fase de expulsão do feto, com uma duração média de trinta minutos a uma hora;
- Fase de expulsão da placenta, com uma duração média de quatro a cinco horas.
Deve-se preparar um compartimento (maternidade) uns dias antes do previsto para o parto e a vaca deve ser lá colocada, devidamente limpa e desinfectada.
Na maternidade a vaca pode ser observada várias vezes ao dia e durante a noite, ao passo,que se estiver no pasto, é por vezes difícil a sua localização.
- Desloca-se com mais dificuldade, apresentando o quarto traseiro aberto, com afundamento em volta da raiz da cauda;
- Úbere cheio;
- Corrimentos vaginais sanguinolentos ou rosados;
- Vulva congestionada;
- Inquietação, ansiedade, levanta-se e deita-se com frequência;
- Isola-se dos restantes animais;
- Libertação de colostro através dos tetos;
- Alteração da temperatura corporal;
- Detecção de movimentos do feto através da parede abdominal;
- Sinais indicadores de dor (gemido);
Cuidados a ter antes do parto