Classificação:
Hospedeiros:
- Cavalos, zebras, elefantes e rinocerontes e pode afetar os seres humanos, sendo mais propícios aqueles que lidam com cavalos.
Sinais Clínicos:
- Associadas a sinais da síndrome cólica.
Relatos em Humanos:
- São geralmente do tipo migratórias;
- Oftalmomiíase externa;
- Miíase oral;
- Miíase pulmonar.
MIÍASES
Gustavo Allas
Evelyn Fachim
DEFINIÇÃO
"Miíase é definida como a infestação por larvas histiófagas de dípteros (moscas) em hospedeiros vertebrados, que encontram em tecidos vitalizados (biontófagas) ou necróticos (necrobiontófagas) fonte nutricional para seu desenvolvimento e reserva energética para a fase de pupa."
- GONÇALVES, 2013
ÓRDEM DÍPTERA
- Um par de asas funcionais;
- holometabólicas.
Moscas
Mutucas
Flebotomíneos
Mosquitos
HISTÓRIA
- Em carta endereçada ao médico sevilhano Nicolás Monardes, menciona a presença de larvas de dípteros encontradas em feridas ("llagas").
- Referindo-se à Cochliomyia.
Pedro de Osma
(1568)
- "É notório a todos, como é matarem com o seu sumo (extrato de fumo ou petume) os vermes que se criam em feridas e chagas de gente descuidada: com a qual curam também as chagas e feridas das vacas e das éguas sem outra cousa, e com o sumo desta erva lhe encouram"
Gabriel Soares de Souza
(1587)
- Descreveu o termo miíase pela primeira vez;
- Em "On insects and their larvae occasionally found in the human body";
- Desde então este termo vem sendo usado nas mais variadas acepções, existindo uma tendência para restringi-lo à síndrome geral caracterizada pelo ataque de larvas de dípteros a vertebrados vivos.
HOPE
(1840)
- Definiu miíase como sendo a infestação de vertebrados vivos por larvas de dípteros que, pelo menos durante certo período, se alimentam dos tecidos vivos ou mortos do hospedeiro, de suas substâncias corporais líquidas, ou do alimento por ele ingerido
Zumpt
(1965)
EPIDEMIOLOGIA
- Ocorrem frequentemente em áreas rurais;
- Regiões tropicais e subtropicais.
- Casos de miíase têm sido frequentemente relatados na zona urbana
- Capacidade de adaptação de diferentes dípteros a ambientes urbanizados.
- Causam grandes prejuízos em rebanhos bovinos brasileiros;
- Perda de peso;
- Queda na produção de leite;
- Danos ao couro;
- Mortalidade de animais;
- Medicamentos.
* Os tratamentos além de representarem grande prejuízo para o produtor, contribuem para a presença de resíduos indesejáveis na carne e no leite bovino (OLIVEIRA & BRITO, 2005).
AGENTES ETIOLÓGICOS
Gênero Gasterophilus
Dermatobia Hominis
Oestrus ovis
Cochliomyia hominivorax
Wohlfahrtia magnifica
Família Calliphoridae
Família Sarcophagidae
Família Oestridae
Dermatobia hominis
Wohlfahrtia magnifica
Cochliomyia hominivorax
Classificação:
Hospedeiros:
- Seres Humanos (crianças);
- Ovelhas;
- Animais selvagens na natureza ou em cativeiro podem ser afetados.
- São naturalmente atraídas por orifícios naturais ou por ferimentos, onde depositam as suas larvas;
- Em humanos tem sido relatado por causar miíase furuncular, miíase oral , e otomiíase
- Casos fatais já foram relatados.
Classificação:
Hospedeiros:
- Humanos, bovinos, suínos, cães, gatos, cavalos, ovelhas, outros mamíferos e algumas aves.
Sinais Clínicos:
- Irritabilidade;
- Redução da produtividade dos animais afetados;
Importância Econômica:
- Prejuizo 260 Milhões de dólares por ano;
- 40 bernes = Redução até 14% do ganho de peso em 10 meses;
- Levantamento em abatedouro, 52% das peles de bovinos parasitadas por D. hominis.
Classificação:
- Miíase cavitária de caráter obrigatório.
Hospedeiros:
- Ovinos, caprinos e, ocasionalmente humanos.
Sinais Clínicos:
- Corrimento nasal mucopurulento;
- Inquietos ou indóceis;
- Espirros freqüentes, dificuldade respiratória,
- Cegueira, incordenação motora,
- Perda de equilíbrio, andam em círculos, pode levar ao óbito.
Diagnóstico:
- Verificação de nódulos inflamatórios parecidos com furúnculos;
- Drenagem de secreção sanguinolenta;
- Percepção dos movimentos da extremidade da larva no orifício fistuloso.
Classificação:
- Obrigatorias, biontófagas.
Hospedeiros:
- Ovinos, caprinos e bovinos;
- Veados, tatus, tamanduás, pacas, elefantes, lobos marinhos, avestruzes e varias espécies de felinos.
Sinais Clínicos:
- Perda de peso;
- Queda na produção de leite;
- Danos ao couro e mortalidade de animais.
Importância Econômica
- Principal responsável pela miíase dos bovídeos;
- Segunda mais importante dentre as doenças causadas por artrópodes.
- No Brasil as miíases provocadas por esta espécie ocorrem em 94% dos municípios dos 26 Estados.
Gênero Gasterophilus
Oestrus ovis
TRATAMENTO E CONTROLE
Tratamento:
Ivermectinas;
Moxidectinas;
Doramectinas.
Controle:
Utilização de inseticidas em épocas específicas;
Evitar feridas cirúrgicas em tempo quente;
Limpeza diárias das feridas;
Repelentes.
REFERÊNCIAS
- DIAS, L. S. Biodiversidade de moscas Calliphoridae e Muscidae no depósito de lixo urbano de Presidente Prudente, São Paulo, Brasil. 2008. 40 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal) – Faculdade de Veterinária, Universidade do Oeste Paulista, Presidente Prudente.
- FAO. Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura. The new world screwworm erradication program. 1992. Disponível em http://www.fao.org/ag/aga/agap/frg/feedback/war/u8750b/u8750b0n.htm.
- FURUSAWA, G. P.; CASSINO, P. C. R. Ocorrência e distribuição de Calliphotidae (Diptera, Oestroidea) em um fragmento de Mata Atlântica Secundária no Município de Engenheiro Paulo de Frontin, Médio Paraíba, RJ. Revista de Biologia e Ciências da Terra, Campina Grande, v. 6, n. 1, p. 152-164, 2006.
- GUIMARÃES, J. H.; PAPAVERO, N.; PRADO, A. P. As miíases na região neotropical (identificação, biologia, bibliografia). Revista Brasileira de Zoologia, São Paulo, v. 1, n. 4, p. 239-416, 1983.
OBRIGADO!!