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"A minha casa é concha" é uma metáfora, onde o autor compara a sua casa a uma concha.
"Como os bichos" o sujeito poético compara-se a um bicho, pois este vive numa concha e o sujeito numa casa, é uma comparação.
"E telhados de vidro, e escadarias" é uma enumeração.
"Frágeis, cober
O sal no poema parece ser usado como uma substância destrutiva, porque o sujeito poético consegue conhecer um pouco do mundo exterior através da varanda e o sal é aquilo que acaba com a sua liberdade.
Às vezes a casa revela-se frágil, porque é destruída pelo sal e pelas heras, tem " telhados de vidro e escadarias" que podem quebrar.
Vulgarmente, ter telhados de vidro é ser frágil, mas também ser mal feito, defeituoso, porque com as alterações de clima telhados de vidro podem ser verdadeiramente perigosos. Acho que neste poema com a expressão "telhados de vidro" está representada uma metáfora, o que o sujeito poético quer dizer é desprotegido. Acho que com isto o sujeito poético quer dizer que não tem segredos e que não se importa de expôr o seu mundo interior.
Nos versos "E telhados de vidro, e escadarias" e "Frágeis, cobertas de heras, oh bronze falso!" o sujeito evidencia que a sua casa/concha não é segura.
Na última estrofe, entendemos que não há nem casa nem concha, são tudo memórias.
Com este trabalho conseguimos aprender a analisar melhor um poema. Aprendemos também mais sobre Vitorino Nemésio, uma personagem importante na história açoriana.
Conseguimos, através do poema, perceber que ele sente uma ligação ao mar.
No primeiro verso, o sujeito poético compara-se a um bicho que vive numa concha. A relação entre a concha e a casa é que a concha é onde mora um animal e a casa é onde mora um ser humano, sendo ambos espaços fechados. No poema, o sujeito poético deixa claro que a concha é marinha, porque fala em "fachadas de marés" e em "areia".
O sujeito poético, que é também o suposto ocupante da concha, demonstra ser sozinho e estar desprotegido, como podemos ver através dos versos "O horto e os muros só areia e ausência" e "Sou eu ao vento e à chuva, aqui descalço".
O sujeito poético parece tratar-se de um ser bipolar, o verso "O orgulho carregado de inocência" justifica essa bipolaridade.
O sujeito afirma que, por vezes, a concha cria uma varanda, que lhe potencia a possibilidade de, talvez, sair daquele pequeno lugar e conhecer o mundo exterior, essa varanda é depois destruída pelo sal.
O sal pode ser entendido de várias maneiras, pode ser entendido como uma substância essencial e pura ou como uma coisa destrutiva.
No poema o autor também fala de nichos, que se podem comparar a uma concha ou casa neste caso, devido à forma semelhante.
Introdução
Neste trabalho vamos fazer a análise externa e interna de um poema de Vitorino Nemésio, açoriano que ficou conhecido evido às suas obras como poeta, ficcionista, ensaísta, cronista e crítico literário.
Este poema é da obra O bicho harmonioso.
O poema é um soneto, porque é constituído por duas quadras e dois tercetos.
Análise do poema
"A concha"
A minha casa é concha. Como os bichos - Verso grave
Segreguei-a de mim com paciência: - Verso grave
Fachada de marés, a sonho e lixos, - Verso grave
O horto e os muros só areia e ausência. - Verso grave
Minha casa sou eu e os meus caprichos. - Verso grave
O orgulho carregado de inocência - Verso grave
Se às vezes dá uma varanda, vence-a - Verso grave
O sal que os santos esboroou nos nichos. - Verso grave
E telhados de vidro, e escadarias - Verso grave
Frágeis, cobertas de hera, oh bronze falso! - Verso grave
Lareira aberta ao vento, as salas frias. - Verso grave
A minha casa... Mas é outra a história: - Verso grave
Sou eu ao vento e à chuva, aqui descalço, - Verso grave
Sentado numa pedra de memória. - Verso grave
Os versos graves são predominantes.
https://www.youtube.com/watch?v=MjHoW4h8zwkhttps://www.youtube.com/watch?v=MjHoW4h8zwk
Neste poema o sujeito poético compara a sua casa a uma concha, descreve-a, por vezes como um espaço interno, fechado, onde guarda os seus "caprichos" e o seu "orgulho carregado de inocência",
mas, outras vezes dá "uma varanda", que é um espaço externo.
A minha casa é concha. Como os bichos
Segreguei-a de mim com paciência:
Fachada de marés, a sonho e lixos,
O horto e os muros só areia e ausência.
Minha casa sou eu e os meus caprichos.
O orgulho carregado de inocência
Se às vezes dá uma varanda, vence-a
O sal que os santos esboroou nos nichos.
E telhados de vidro, e escadarias
Frágeis, cobertas de hera, oh bronze falso!
Lareira aberta ao vento, as salas frias.
A minha casa... Mas é outra a história:
Sou eu ao vento e à chuva, aqui descalço,
Sentado numa pedra de memória.
A/mi/nha/ca/sa é/con/cha./Co/mo os/bi/chos -- Decassílabo
Se/gre/guei/-a/de/mim/com/pa/ciên/cia: -- Eneassílabo
Fa/cha/da/de/ma/rés,/a/so/nho e/li/xos, -- Decassílabo
O hor/to e/os/mu/ros/só/arei/a e/au/sên/cia. -- Decassílabo
Não há rima predominante.
A minha casa é concha. Como os bichos
Segreguei-a de mim com paciência:
Fachada de marés, a sonho e lixos,
O horto e os muros só areia e ausência.
Minha casa sou eu e os meus caprichos.
O orgulho carregado de inocência
Se às vezes dá uma varanda, vence-a
O sal que os santos esboroou nos nichos.
E telhados de vidro, e escadarias
Frágeis, cobertas de hera, oh bronze falso!
Lareira aberta ao vento, as salas frias.
A minha casa... Mas é outra a história:
Sou eu ao vento e à chuva, aqui descalço,
Sentado numa pedra de memória.
Calheta, 23 de maio de 2014
Português
ABAB/ABBA/CDC/EDE
Cruzada -> Cruzada -> Interpolada ->
Vitorino Nemésio Mendes Pinheiro da Silva nasceu no dia 19 de Dezembro de 1901 na Praia da Vitória, nos Açores.
Este foi um poeta e um escritor intelectual de origem açoriana, autor de Mau Tempo no Canal, obra que é dada na escola.
Vitorino Nemésio foi redactor de vários jornais em Lisboa.
Concluiu o liceu em Coimbra e em 1924 abandonou o curso de Direito matriculando-se assim em Ciências Histórico-Geográficas.
Vitorino Nemésio escreveu muitas obras, escreveu para muitos jornais e revistas e chegou a lecionar fora do país.
Recebeu vários prémios entre eles o prémio Montagine.
Vitorino tem as suas obras traduzidas em italiano, francês, inglês, alemão, entre outras.
Vitorio Nemésio faleceu em Lisboa, em 1978, e foi sepultado em Coimbra. Nesse ano, foi publicado o primeiro estudo em livro que lhe é consagrado: “Vitorino Nemésio, a Obra e o Homem”.