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o contexto histórico do currículo e do pensamento pedagógico brasileiro estão permeados de ideologias, relações de poder, valores e concepções diferenciadas em relação ao processo educacional como um todo.
“a palavra currículo engana-nos porque nos faz pensar numa só coisa, quando se trata de muitas simultaneamente e todas elas interrelacionadas”.
A elaboração de um currículo é um processo social, no qual convivem lado a lado os fatores lógicos, epistemológicos, intelectuais e determinantes sociais como poder, interesses, conflitos simbólicos e culturais, propósitos de dominação dirigidos por fatores ligados à classe, raça, etnia e gênero.
O que é um currículo escolar?
Para que serve?
Qual sua função?
Um currículo não surge do nada, mas de uma necessidade social e principalmente econômica e cultural.
O currículo
escolar tem ação direta ou indireta na formação e desenvolvimento do aluno. Assim, é fácil
perceber que a ideologia, cultura e poder nele configurados são determinantes no resultado
educacional que se produzirá.
Devemos considerar que o currículo se refere a uma realidade
histórica, cultural e socialmente determinada, e se reflete em procedimentos didáticos, administrativos que condicionam sua prática e teorização.
O Currículo Real é o currículo que acontece dentro da sala de aula com
professores e alunos a cada dia em decorrência de um projeto pedagógico e dos planos de
ensino.
Para entendermos melhor, as ideologias e concepções em relação ao currículo recorreremos ao texto de McNeil (2001a; 2001b; 2001c; 2001d). Neste texto o autor classifica o currículo em quatro abordagens distintas: Acadêmico, Humanista, Tecnológico e Reconstrucionista
Estudos realizados sobre currículo a partir das décadas 1960 a
1970 destacam a existência de vários níveis de Currículo: formal, real e oculto.
O contexto histórico do currículo e do pensamento pedagógico brasileiro estão permeados de ideologias, relações de poder, valores e concepções diferenciadas em relação ao processo educacional como um todo.
Para analisar o contexto educacional e curricular faz-se necessário compreendermos
a evolução do pensamento pedagógico brasileiro e a influência deste na ação docente. Para
tanto, é imprescindível recorrermos à história e a origem do currículo e suas questões
atuais.
O Currículo Formal refere-se ao currículo estabelecido pelos sistemas de ensino, é expresso em diretrizes curriculares, objetivos e conteúdos das áreas ou disciplina de estudo. Este é o que traz prescrita institucionalmente os conjuntos de diretrizes como os
Parâmetros Curriculares Nacionais.
“é a veiculação de idéias que transmitem uma visão do mundo social vinculada aos interesses
dos grupos situados em uma posição de vantagem na organização social”.
Moreira e Silva (1996)
é um dos modos pelo qual a linguagem produz o mundo social, e, por isso o aspecto ideológico
deve ser considerado nas discussões sobre currículo.
Idelologia;
Cultura;
Poder.
Currículo também é inseparável da cultura. Tanto a teoria educacional
tradicional quanto a teoria crítica vêem no currículo uma forma institucionalizada de
transmitir a cultura de uma sociedade.
O encontro entre ideologia e cultura se dá em meio a relações de poder na sociedade (inclusive, naturalmente, na educação). Por isso, o currículo se torna um terreno propício para a transformação ou manutenção das relações de poder e, portanto, nas
mudanças sociais.
Isto posto, o discurso e a construção curricular no Mundo e no Brasil não se deu sob uma única ideologia, mas com influência de tendências, objetivos e interesses diferentes.
De acordo com McNeil (2001a) o reconstrucionismo social concebe homem e mundo de forma interativa. A sociedade injusta e alienada pode ser transformada à medida que o homem inserido em um contexto, social, econômico, cultural, político e histórico adquire, por meio da reflexão, consciência crítica para assumir-se sujeito de seu próprio destino.
O currúculo, aqui, não prioriza somente os objetivos e conteúdos universais,
sua preocupação não reside na informação e sim na formação de sujeitos históricos, cujo
conhecimento é produzido pela articulação da reflexão e prática no processo de apreensão
da realidade.
O currículo reconstrucionista tem como concepção teórica e
metodológica a tendência histórico crítica e tem como objetivo principal atransformação social e a formação crítica do sujeito.
A educação passa ser um agente social que promove a mudança. A visão social da educação e currículo consiste em provocar no indivíduo atitudes de reflexão sobre si e sobre o contexto social em que está inserido. É um processo de promoção que objetiva a intervenção consciente e libertadora sobre si e a realidade, de modo a alterar a
ordem social.
Enfatizando as relações sociais, amplia seu âmbito de ação para além dos limites da sala de aula, introduzindo o educando em atividades na comunidade, incentivando a participação e cooperação.
O currículo reconstrucionista acredita na capacidade do homem conduzir seu próprio destino na direção desejada, e na formação de uma sociedade mais justa e equânime.
O currículo é um dos locais privilegiados onde se entrecruzam saber e poder, representação e domínio, discurso e regulação. É também no currículo que se condensam relações de poder que são cruciais para o processo de formação de subjetividades sociais. Em suma, currículo, poder e identidades sociais estão mutuamente implicados. O currículo corporifica relações sociais.
Silva (1996 p.23)
O currículo não é um elemento neutro de transmissão do conhecimento social.
Para compreendermos melhor o currículo no processo educacional, faz-se necessário contextualizá-lo, tendo como parâmetro o pensamento pedagógico brasileiro.
O Currículo Oculto é o termo usado para denominar as influências que
afetam a aprendizagem dos alunos e o trabalho dos professores. O currículo oculto
representa tudo o que os alunos aprendem diariamente em meio às várias práticas, atitudes,
comportamentos, gestos, percepções, que vigoram no meio social e escolar.
Currículo Academico
Segundo McNeil (2001c) a finalidade da educação, segundo o currículo
acadêmico, é a transmissão dos conhecimentos vistos pela humanidade como algo
inquestionável e principalmente como uma verdade absoluta. À escola, cabe desenvolver o
raciocínio dos alunos para o uso das idéias e processos mais proveitosos ao seu progresso.
Para os adeptos da tendência tradicional, o núcleo da educação é o currículo, cujo elemento irredutível é o conhecimento.
Sua abordagem baseia-se, principalmente, na estrutura do conhecimento, como um patrimônio cultural, transmitido às novas gerações.
Currículo Humanista
O currículo humanista tem como base teórica a tendência denominada
Escola Nova e esta defende que o currículo necessita levar em consideração a realidade dos alunos.
A auto-realização constitui o cerne do currículo humanístico. Para consegui-la, o educando deverá vivenciar situações que lhe possibilitem descobrir e realizar sua própria individualidade, agindo, experimentando, errando, avaliando, reordenando e expressando.
O aluno é visto como um ser individual, dotado de uma identidade pessoal que precisa ser descoberta, construída e ensinada; e o currículo tem a função de propiciar experiências gratificantes, de modo a desenvolver sua consciência para a libertação e auto-realização.
consiste na transmissão de conhecimentos, comportamentos éticos, práticas sociais e habilidades que propiciem o controle social. Sendo assim, o currículo tecnológico tem sua base sólida na tendência tecnicista.
O desenvolvimento do sistema ensino-aprendizagem segundo hierarquia
de tarefas constitui o eixo central do planejamento do ensino, proposto em termos de uma linguagem objetiva, esquematizadora e concisa.
O currículo tecnológico, concebido fundamentalmente no método, tem,
como função, identificar meios eficientes, programas e materiais com a finalidade de
alcançar resultados pré-determinados.
É expresso de variadas formas: levantamento de necessidades, plano escolar sob o enfoque sistêmico, instrução programada, seqüências instrucionais, ensino prescritivo individualmente e avaliação por desempenho.
O comportamento e o aprendizado são moldados pelo externo, ou seja, ao professor, detentor do conhecimento, cabe planejar, programar e controlar o processo educativo; ao aluno, agente passivo, compete absorver a eficiência técnica, atingindo os objetivos propostos.
Para analisar o contexto educacional e curricular faz-se necessário compreendermos
a evolução do pensamento pedagógico brasileiro e a influência deste na ação docente. Para
tanto, é imprescindível recorrermos à história e a origem do currículo e suas questões
atuais.
O currículo é a ligação entre a cultura e a sociedade exterior à escola e à educação; entre o conhecimento e cultura herdados e a aprendizagem dos alunos; entre a teoria (idéias, suposições e aspirações) e a prática possível, dadas determinadas condições.
Currículo Escolar