O Brasileiro e Seu Corpo - João Paulo Medina - Cap. 2 /
O Povo Brasileiro - Darcy Ribeiro
Encontros e desencontros 1° Ato
- Cultura de retalhos: Três matrizes se encontram numa sementeira cultural de gentes, fusão genética e espiritual "que nos plasmou como povo mestiço, herdeiros de todas as taras e talentos da humanidade".
- A primeira contribuição: É a do índio nativo, que ensina o viver na floresta ao português e desta primeira sementeira humana, acrecida depois pela presença negra, se forja uma fusão de corpos e mentes.
- Fusão de corpos e mentes: Neste processo, identidades milenares foram se encontrando, se misturando, perdendo a originalidade na criação do novo e, de novo, algo muito original.
- Chegada dos Europeus: Durante a chegada dos europeus os índios acreditava que eram enviados de Deus. Os europeus ficaram encantados com tanta beleza, e com os corpos despidos, e enfeitados.
- Encontros e desencontros: O encontro entre os portugueses e os indígenas, e ainda o segundo encontro com os escravos africanos, trazidos para a economia açucareira.
- Cunhadismo: Os portugueses ao prenhar uma índia, tornava todos os índios desta tribo, seus cunhados.
- Troca de ferramentas: Ou escambo - em troca de objetos ou ferramentas oferecidas pelos portugueses, os índios retribuíam com Pau-Brasil.
- Todo brasileiro tem características do índio ou do negro africano, principalmente do negro.
- Somos um povo novo, feito de povos milenares.
- Todos os povos, de certa forma, tentavam se pensar como "puros", criando a ideia de uma autenticidade no início da história.
- E o Brasil se fez assim mesmo, todo inventado. Sobreviveram na fisionomia e no espírito brasileiro, os signos de sua múltipla ancestralidade.
Por volta de 1531 Portugal recebeu da igreja o direito de explorar as terras , escravizar os nativos e defender o território brasileiro.
A intenção de Portugal era transforar o Brasil em uma colônia produtiva partindo da inversão de escambo “troca” para a escravidão.
Os portugueses queriam quebrar a continuidade da raça indígena para dominar.
Mulheres: Serviam para reprodução. (A partir dai povoar a colônia).
Homens: Trabalhavam na cana. (Mandados como escravos para Pernambuco).
Tráficos de negros virou negocio internacional o que movimentava a economia de ambos os países.
Mulheres negras: Serviam ao senhor. ( Conforto e reprodução ).
Homens negros: Escravos. (Força de trabalho).
Dessas misturas de portugueses com índios e portugueses com negros nasciam os zé-ninguém que se conjugaram e formaram o povo brasileiro.
- Se por um lado o trabalho eleva o homem a uma condição diferente dos outros animais, o trabalho alienador o reitera a condição dos outros animais.
- Apesar de toda luta de classe e da desigualdade social, o homem parece estar ainda inerte a alienação que o cercou historicamente, esta é a realidade do Brasil.
Aproximação entre o livro e o documentário:
- O dualismo Corpo - Alma é um instrumento de alienação.
- E se encontra fundamentalmente a serviço da classe dominante.
- O corpo não deve ser julgado como feio ou bonito, bom ou ruim, forte ou fraco.
- Na relação entre Corpo - Mundo existem duas frentes: o que é dominante, e o que é dominado.
- Toda revolução depende do corpo, não há mudança sem ação.
Guilherme Martins Lemes
José Frutuoso Neto
Milena Vieira Carvalho
Pedro Henrique Ferreira
Thiago Pereira Lima
MEDINA, João Paulo Subira. O Brasileiro e seu corpo: Educação e politica do corpo. Campina, SP: Papirus Editora, 2002. 135 p.
O POVO Brasileiro. Direção de Isa Grinspum Ferraz. Realização de Tv Cultura e Gnt. Marica, Rj: Fundação Darcy Ribeiro, 2012. P&B.
VIANNA, Hélio. História do Brasil: período colonial, monarquia e república. 15. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1994.
http://www.consciencia.org/temas/filosofia-geral/antropologia (IMAGEM)
http://ww2.sescsp.org.br/sesc/hotsites/paubrasil/cap2/testemunha.htm (PAU-BRASIL)
https://www.infoenem.com.br/wp-content/uploads/2015/07/colonizac%C3%A3o.jpg
http://www.brasil247.com/images/9/ee/9ee6db71ac20da9e73b6a8d6513ac68c2a3e40e0.jpg
- Durante o desenvolvimento do trabalho, os cinco integrantes pesquisaram a origem de suas famílias e de seus sobrenomes.
- Simultaneamente descobrimos que todos temos sobrenomes de origem portuguesa. Apesar de sermos conscientes de nossas heranças étnicas, e mesmo essas características estando inscritas em nossas fisionomias.