Existem diferenças entre:
A indústria cultural põe fim às particularidades na medida em que molda da mesma forma o todo e as partes. Assim, qualquer atitude ou pensamento individual pode se tornar rebelde ou revoltado contra a organização.
Quem não se adapta aos moldes da indústria cultural é massacrado pela impotência econômica que se prolonga na impotência espiritual do isolado. E uma vez excluído da indústria é fácil convencê-lo da sua insuficiência.
Arte e divertimento refletem na totalidade da indústria cultural, que por sua vez é baseada na repetição.
As suas inovações típicas consistem sempre em somente melhorar os processos de reprodução de massa.
Tudo é levado para a técnica e não para os conteúdos que são sempre repetidos.
A indústria cultural reprime e sufoca os espectadores através da sublimação estética. Por exemplo expondo continuamente objetos de desejo (como o busto nu dos herois esportivos) apenas excita o prazer não sublimado, que, pelo hábito da privação, se tornou puramente masoquista.
A reprodução mecânica do “belo” com a sua idolatria sistemática da individualidade não deixa espaço para a idolatria inconsciente a que o belo estava ligado.
Quanto custa a cultura?
- A arte, quando era cara, mantinha os burgueses dentro de certos limites.
- Para os consumidores não existe mais nada que seja caro.
- Por poucos "cents" vê-se o filme que custou milhões, as melhores orquestras do mundo podem ser vistas de graça.
- E foi dessa forma que desapareceram as críticas (dando lugar para uma expertise mecânica) e o respeito (dando lugar para a idolatria por celebridades) pelas artes.
INDÚSTRIA CULTURAL
Técnica e economicamente, propaganda e indústria cultural mostraram-se fundidas. A repetição mecânica do mesmo produto cultural já é a repetição do mesmo slogan da propaganda. Foi desenvolvida a técnica do manejo dos homens.
A repetição cega de certas palavras une a publicidade às ordens totalitárias. Adorno acreditava que palavras repetidas pelos alemães fascistas como “intolerável” seriam repetidas pela sociedade nas décadas posteriores.
Nas grandes revistas americanas Life e Fortune em uma rápida olhada não é possível distinguir figuras e textos publicitários da parte redacional.
Thank you for your attention!
A indústria cultural está inserida num contexto representado pela força da sociedade, vertebrada (...) pela imagem da fraqueza e da vunerabilidade do indivíduo.
Mais uma vez, encontramos o desequilíbrio entre os mass media: a indústria cultural, de um lado, e os indivíduos, de outro.
A supremacia da sociedade sobre o indivíduo ocorre nas várias situações (trabalho, lazer...), caracterizando uma atrofia da imaginação e da espontaneidade do consumidor cultural.
Max Horkheimer
- Filósofo alemão (1895 - 1973)
- Tornou-se professor em 1930
Principais obras
- A situação atual da filosofia social (1971)
- Estudos sobre a autoridade e a família (1936)
- Por uma crítica da razão instrumental (1967)
Escola de Frankfurt
Adorno e Horkheimer introduziram o conceito de Indústria Cultural a partir de observações em cima do modelo democrático norte-americano e a influência dos mass media no modo de vida daquela sociedade.
Adorno e Horkheimer fizeram parte da primeira geração da Escola de Frankfurt, junto com Marcuse e Walter Benjamin. Junto com a Teoria Crítica, a Escola se institucionalizou após o término da Segunda Guerra Mundial.
A dispersão da primeira geração de cientistas sociais, devido ao regime nazista de Hitler, levou os cientistas a emigrarem para Paris e posteriormente para Nova Iorque, quando acabam no NYC - Institute os Social Research. Isso dificultou a unidade e regularidade na produção de pesquisas consistentes. Por conta disso, uma das características da Teoria Crítica é a sua fragmentação em estudos que chegaram a ser contraditórios.
Theodor Adorno
Indústria Cultural
- Filósofo, sociólogo, musicólogo alemão (1903 - 1969)
- Foi um dos fundadores da Escola de Frankfurt, um centro de marxismo independente, juntamente com Max Horkheimer e Herber Marcuse
Importância no Campo Científico
Principais obras
- Consolidação da Escola de Frankfurt como instituição do saber e como corrente de pensamento (Teoria Social Interdisciplinar Socialista).
- Negação da ideia da especificidade da comunicação.
Kierkegaard: A construção do estético (1933)
A idéia de História Natural (1932)
Minima Moralia (1945)
Dialética do Esclarecimento (1947)
Dialética Negativa (1966)
Teoria Estética (1968)
Consumidor Cultural
Theodor Adorno
e
Max Horkheimer
- Atrofia da imaginação e da espontaneidade,
- Conformismo, pois se satisfazem com o consumo de produtos sempre iguais,
- Homens genéricos.
Contexto Histórico
- 1944 - Segunda Guerra Mundial.
- Totalitarismo
- Nazi-facismo,
- Socialismo burocrático
“...e a massa engole o engôdo.”
Era 1944, a Segunda Guerra estava em curso. A revolução social em que acreditavam fracassara em todas as partes, e já não havia mais a figura do Estado Liberal. Na Europa, a barbárie nazista ainda não terminara, e o socialismmo consumira-se no despotismo burocrático. Refugiados nos Estados Unidos, os pensadores do grupo puderam perceber porém que, não obstante distintas, também nos regimes formalmente democráticos havia tendências totalitárias.
Passividade
- Os produtos culturais são produzidos de modo a vetar a atividade racional e crítica dos espectadores.
- Os produtos da cultura de massas são capazes de modelar os indivíduos, uma vez que transmitem valores que são absorvidos involuntariamente.
RESUMO GERAL
DO TEXTO
- Todos os ouvintes são iguais ao sujeitá-los autoritariamente a programas idênticos;
- Dependência da indústria radiofônica à indústria elétrica
- Renuncia a colocar como mercadoria os seus produtos culturais, já que ele não cobra do público taxa para ser ouvido. Assim, assume o papel enganador de autoridade desinteressada e imparcial,e portanto adequou-se muito bem para o fascismo.
A indústria cultural, ferramenta do capitalismo, utiliza-se das artes e da política para manter a dominação de uma burguesia privilegiada sobre um proletariado frágil e estigmatizado.
A então sonhada liberdade que seria possível com a difusão do pensamento iluminista não concretizou-se. Ao contrário disso, observa-se uma nova forma de fascismo, mais sutil e possivelmente, mais incisivo.
- Aproximação da vida dos espectadores
- Repetição de estereótipos
- Depende de grandes investimentos econômicos
A esquematização da produção cultural
- Martela em todos os cérebros a antiga verdade que o mau trato contínuo e o esfacelamento de toda resistência individual, é a condiçaõ de vida nesta sociedade.
Chrysler e General Motors
- Pato Donald mostra nos desenhos animados como os infelizes na realidade são espancados para que os espectadores se habituem com o procedimento.
A injeção de milhares na indústria cultural impõe métodos de reprodução na mesma. Para que necessidades iguais sejam satisfeitas, são formados os produtos estandardizados.
A diferenciação entre alguns produtos é feita para criar uma aparência de concorrência e possibilidade de escolha ao consumidor.
- Assim sendo, Adorno duvida que a indústria cultural preencha mesmo a tarefa de diversão de que tanto se vangloria
Após a Indústria Cultural
Citações:
“a indústria cultural não sublima, mas reprime e sufoca.”
Metodologia
“Quem, diante da potência da monotonia [falta de de diversidade cultural], ainda duvida, é um imbecil.”
- Ótica da superestrutura
- Marxismo primário
“Pato Donald mostra nos desenhos animados como os infelizes são espancados para que os espectadores se habituem com o procedimento
Conceito de
AMUSEMENT
O patrão não diz mais “ou pensas como eu ou morres.” Mas diz: “ és livre em não pensares como eu, a tua vida, os teus bens, tudo te será deixado, mas, a partir deste instante, és um intruso entre nós.”
Conclusão
- Todos os elementos da indústria cultural;
- A transposição da arte para a esfera de consumo;
- A indústria cultural passa a ser a indústria do divertimento;
- Fusão entre cultura e diversão: depravação da cultura e espiritualização forçada da diversão;
- Representa apologia da sociedade: divertir-se significa estar de acordo com o que toda sociedade consome;
- Na base do divertimento se encontra a impotência, já que divertir significa não pensar.
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A indústria cultural e as suas definições estéticas
O texto exemplifica:
Indústria Cultural
e o século XXI
- Hollywood
- Realities Shows
- Música Pop
- Fenômenos Teens
- Literatura
- Idolatria à celebridades
Por que o texto se manteve relevante nos estudos das Teorias da Comunicação até hoje?
Conclusão:
A indústria cultural, observada por Adorno e Horkheimer, está presente nas mais diversas organizações midiáticas do século XXI e nos mais diversos segmentos da sociedade. Ainda que Adorno e Horkheimer tratem do assunto de forma um tanto apocalíptica, é necessário reconhecer que a indústria cultural como uma realidade do século XXI: Hollywood, a música pop são exemplos claros da indústria cultural que só fez crescer com o passar dos anos.