O Renascimento em Portugal
Contexto em que surge o Ranascimento em Portugal
O Renascimento em Portugal desenvolveu-se em meados do séc.XV a finais do séc.XVI, sendo ele tardio. O movimento assinalou o final da Idade Média e o início da Idade Moderna.
O contacto com o Renascimento chegou através da influ|ência de ricos mercados italianos e flamengos que investiam no comércio marítimo, sendo a atenção voltada para as grandes obras da antiguidade clássica grego-romana. Artistas italianos eram convidados para trabalhar em Portugal como Francisco Holanda (1517-1584).
Mosteiro dos Jerónimos
Na segunda década do século XVI, o poeta Francisco de Sá de Miranda realizou uma longa viagem á Itália, onde teve contato com a literatura e as artes renascentistas. Retornando, em 1527,começou a divulgar os idéias inicial do renascimento. A data convencional para o termino do movimento é o ano de 1850,quando,como vimos,Portugal passa ao domínio espanhol(União ibérica).
O Renascimento português e multiforme, como ocorre, alias, em todos os países. As características do classicismo convivem com a influencia da última época medieval, ás vezes nos mesmos autores e até nas mesmas obras. Por outro lado, muito cedo se fazem sentir os prenúncios do barraco:a expressão poética de conflitos interiores, cada vez mais tensa torna precário o equilíbrio clássico entre razão e emoção
A Escultura Renascentista em Portugal
Caracterização da Arquitetura Renascentista em Portugal
Foi mais praticada por portugueses educados no estrangeiro. Os mestres, atraídos pelo cosmopolitismo que lhes oferecia Lisboa, deslocavam-se para Portugal e eram requisitados quer por reis, bispos e outros mecenas. Era usado grande naturalismo, uma crescente capacidade e domínio técnico e a libertação da escultura em relação à arquitetura.
Neste estilo destacam-se Nicolau Chanterenne (act.1516-1551), João Ruão (act.1528-1580) e Filipe Hodart (act. 1529-1536).
Era habitual o uso da planta centrada, a horizontalidade das linhas dos edifícios, o uso de cúpulas e do arco de volta perfeita, etc. Atingiu a sua melhor expressão nas obras de João de Castilho (1480-1552) e de Diogo de Arruda (1500-1566).
João de Ruão foi o autor da obra "Deposição de Cristo no Túmulo", sendo ele umdos artistas mais influentes do seu tempo.
Janela de grandes dimensões, contendo decoração com motivos náuticos, motivos vegetalistas e emblemas, assenta sobre uma figura barbada, esculpida rudemente na pedra, sendo esta obra dita como o auto-retrato do arquitecto Diogo de Arruda.