Ideias/Temas tratados na Obra
Recomendação e Justificação
As diferenças entre a vida judaica e seus costumes, em relação ao modo de vida cristã;
A perspetiva hiperbólica da religião cristã, face aos costumes e valores da vida judaica;
Aborda também os valores morais e de como o desespero pode levar á degradação das pessoas e seus semelhantes;
A Inquisição (a sentença utilizada para punir o judaísmo, através de entidades religiosas);
Massacre aos Judeus ( Em Lisboa, 1506 ano da narração);
Ênfase dado pelo narrador: À injustiça da morte do seu tio.
Análise das categorias da narrativa
Apresentação sucinta do livro
-Ação A morte do tio Abraão, de Berequias Zarco e a consequente procura pelo seu causador;
-Tempo Século XVI, em 1506, e também em 1990;
-Espaço Em Lisboa, na cidade e casa de Berequias, e em Istambul, mas em épocas diferentes;
-Personagens Berequias Zarco, Abraão Zarco, Diego e Farid;
-Narrador Na obra em si, Berequias é o narrador, mas uma vez que esta narrativa foi descoberta e modificada por Zimler, este é o escritor e consequentemente parte da narração.
O último cabalista de Lisboa transporta-nos até uma Lisboa antiga, onde o desaparecimento de um manuscrito e a morte de duas pessoas vai levar a personagem principal a encontrar respostas que talvez, estivessem melhor enterradas. Em pleno 1506, os valores de Berequias Zarco vão ser postos á prova, quando se apercebe, que mesmo o que nos guia pode por vezes não ser o caminho mais correto a seguir.
Relação do Título com o Conteúdo
A relação do título com a obra d´ “Último Cabalista de Lisboa” é que a personagem principal e narrador, Berequias foca este livro na descoberta pelo assassino e, na procura pela justiça da morte do seu tio e mestre, Abraão. Este é o título mais indicado, uma vez que este foi o último Cabalista em Lisboa, e pressupostamente, o último difusor da religião judaica nesta, após a sua proibição.
Desenrolar da Obra
O Último Cabalista de Lisboa
-Época XVI;
-Atualidade;
-Resumo.
“No ano de 1494 da era cristã, tinha eu oito anos, li a história dos Íbis
sagrados que tinham ajudado Moisés a atravessar um pântano Etíope
infestado de cobras. Com as tintas e corantes do meu tio Abraão desenhei
um animal vermelho e negro com um bico em forma de foice. O meu tio
pegou no desenho para o observar.
- Olhos de prata perguntou?- perguntou.
- Para refletirem Moisés, de que outra cor poderiam ser?
Meu tio beijou a minha fronte.
- De hoje em diante serás meu aprendiz. Eu te ajudarei a transformar
espinhos em rosas e juro proteger-te dos perigos que espreitam o
caminho. As páginas que são outras tantas portas, hão de abrir-se ao
nosso toque.
Como poderia então saber que um dia haveria de o negar tão
completamente.”