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  • 00:06 - 00:12

    continuando. Então estamos entendendo a questão da problemática por de

  • 00:12 - 00:13

    trás da concentração de terras no Brasil.

  • 00:14 - 00:19

    É uma estrutura fundiária brasileira, tem um grave problema.

  • 00:19 - 00:24

    É um problema histórico iniciado com as capitanias hereditárias, influenciado,

  • 00:25 - 00:32

    fortemente ajudado fortemente pelo ciclo da cana de açúcar, pelo

  • 00:32 - 00:33

    ciclo do café.

  • 00:34 - 00:38

    Mas além desses fatores históricos, tivemos outros fatores que auxiliaram

  • 00:38 - 00:43

    esse processo de ter muitas das terras brasileiras nas mãos

  • 00:43 - 00:48

    de poucas pessoas beleza, um dos um dos elementos históricos

  • 00:49 - 00:51

    mais problemáticos.

  • 00:52 - 00:55

    Aí que mais aumentaram essa desigualdade?

  • 00:56 - 01:00

    Essa má distribuição de terras foi uma lei, uma lei

  • 01:00 - 01:04

    de mil oitocentos e cinquenta, chamada de Lei de Terras

  • 01:04 - 01:04

    no Brasil.

  • 01:05 - 01:11

    Essa lei, praticamente ela designava o que até então, como

  • 01:12 - 01:17

    não tinha, tinha linhas hereditárias raras, eram grandes lotes e

  • 01:17 - 01:20

    como naquele tempo a maioria das terras não tinha documentação,

  • 01:22 - 01:27

    até mil oitocentos e cinquenta, as pessoas iam, pegavam um

  • 01:27 - 01:32

    lote de terra, demarcavam e acabavam tomando posse desse lote

  • 01:32 - 01:36

    de terra, depois de mil oitocentos e cinquenta e já

  • 01:36 - 01:40

    dizendo que teríamos uma abolição da escravatura, porque em mil

  • 01:41 - 01:43

    e oitocentos e cinquenta tivemos a maior pressão, principalmente dos

  • 01:43 - 01:46

    ingleses para termos a abolição da escravatura.

  • 01:48 - 01:51

    Então vendo já uma possível a abolição da escravatura, a

  • 01:51 - 01:53

    libertação dos escravos dos negros.

  • 01:54 - 01:57

    Então, que acontece que o governo naquele tempo que o

  • 01:57 - 02:02

    governo brasileiro fez o que nesse período colonial nós tivemos,

  • 02:03 - 02:08

    nós tivemos Então uma lei, além de terras no Brasil

  • 02:09 - 02:12

    estipulava que a partir de agora não era chegar e

  • 02:13 - 02:14

    pegar um pedaço de terra.

  • 02:14 - 02:17

    A partir de agora, quem vai ter terra no Brasil

  • 02:18 - 02:20

    vai ter terra através do pagamento.

  • 02:21 - 02:24

    Então, a partir de mil oitocentos e cinquenta, depois dessa

  • 02:24 - 02:27

    lei de terras só tem terra no Brasil, sóé

  • 02:27 - 02:30

    dono de terras a quem tiver dinheiro para comprar e

  • 02:31 - 02:35

    quem comprá la efetivamente, isso já era uma lei já

  • 02:36 - 02:41

    para deixar isolado tanto os escravos, os ex escravos, quanto

  • 02:42 - 02:42

    os imigrantes.

  • 02:43 - 02:47

    Então era assim essa lei aumentou ainda mais, então quem

  • 02:48 - 02:49

    que podia poderia ter terras no Brasil.

  • 02:50 - 02:52

    Só quem tivesse muito dinheiro certo.

  • 02:52 - 02:54

    Então quem fosse pobre, não teria acessoà Terra.

  • 02:55 - 02:58

    Quem fosse ex escravo não teria acesso.

  • 02:59 - 03:03

    Inicialmente, os primeiros colonos, os primeiros imigrantes, também não tinham

  • 03:04 - 03:08

    dinheiro. Também não poderiam ter acesso só anos depois que

  • 03:08 - 03:11

    eles vão conseguir dinheiro e conseguir comprar os seus lotes,

  • 03:11 - 03:12

    aí se fixar no Brasil.

  • 03:13 - 03:15

    Mas assim além de terras, em vez de ajudar, aumentou

  • 03:16 - 03:16

    ainda mais o problema.

  • 03:17 - 03:23

    Aumentou essa questão de deixar agora as terras brasileiras na

  • 03:23 - 03:26

    mão de poucos, só para quem tem dinheiro, beleza.

  • 03:27 - 03:29

    Então, isso aumentou ainda mais esse problema.

  • 03:29 - 03:35

    Que a concentração de terras no Brasil qualquer e aí

  • 03:36 - 03:38

    foi aumentando aumentando essa concentração.

  • 03:39 - 03:42

    Geralmente quando cai concentração de terras no Brasil, quando não

  • 03:43 - 03:47

    cai na questão histórica que nós vimos um pouquinho quando

  • 03:47 - 03:50

    não cai alguma charge cai gráfico para interpretar os.

  • 03:50 - 03:53

    Então vamos aprender a interpretar.

  • 03:54 - 04:00

    Interpretamos outro outro foi outra fonte, outro tipo de texto,

  • 04:01 - 04:03

    esse texto aí nós chamamos de gráfico,é um outro

  • 04:04 - 04:08

    gênero textual beleza, Então vamos aprender interpretar gráfico, então, falando

  • 04:09 - 04:13

    da concentração de terras no Brasil vamos lá vão.

  • 04:13 - 04:16

    Porque aqui primeiro grave, qualé que está predominando nesse

  • 04:16 - 04:17

    gráfico de pizza?

  • 04:17 - 04:18

    E cinquenta e três por cento?

  • 04:19 - 04:25

    Ou seja, propriedades acima de mil alqueires, hectares, mil hectares,

  • 04:26 - 04:28

    ou seja, são propriedades gigantescas.

  • 04:28 - 04:32

    Então, pegando toda a terra do Brasil, a maior parte

  • 04:32 - 04:38

    das terras são grandes, mega propriedades, depois vem quinze por

  • 04:38 - 04:40

    cento, que são as propriedades grandes.

  • 04:42 - 04:46

    Depois nós temos a trinta por cento das propriedades médias

  • 04:47 - 04:50

    e um vírgula três por cento de propriedades pequenas, Ou

  • 04:50 - 04:55

    seja, através desse gráfico da distribuição das propriedades, nós vemos

  • 04:55 - 04:58

    que a maior parte das terras brasileiras estão na mão

  • 04:59 - 05:00

    de poucos.

  • 05:01 - 05:05

    Esta então são poucos que têm essas mega fazendas, já

  • 05:06 - 05:08

    onde está a maioria da população que mora no campo?

  • 05:09 - 05:11

    A maioria da população está nesse um ponto três.

  • 05:11 - 05:16

    Então aqui dentro tem muita gente, muita agricultura, familiar, pequeno

  • 05:16 - 05:19

    produtor, que tem o seu sitiozinho bem pequenininho.

  • 05:20 - 05:27

    Certo? Então olha a contradição ou muitos, muitos agricultores familiares,

  • 05:27 - 05:35

    agricultores, pequenos agricultores, Muitos têm pouquíssima terra e poucos que

  • 05:35 - 05:36

    são os grandes latifundiários.

  • 05:38 - 05:41

    Tem muita terra que são os grandes latifúndios das grandes

  • 05:41 - 05:45

    propriedades. Beleza essa interpretação a Para o senhor não conseguia

  • 05:46 - 05:51

    entender esse gráfico trouxe outro aqui para vocês uma um

  • 05:51 - 05:53

    desenho. Zinho como queé distribuída as terras?

  • 05:53 - 05:56

    Vamos olhar só as terras particulares, não as terras do

  • 05:56 - 05:58

    governo que está aqui.

  • 05:58 - 06:01

    Do lado da então, Olha só quem tem mais.

  • 06:02 - 06:02

    Olha lá.

  • 06:02 - 06:05

    Quem tem mais são as grandes propriedades.

  • 06:06 - 06:09

    Depois olha só as pequenas propriedades.

  • 06:10 - 06:15

    As pequenas propriedades tem menos da então, primeiro quem tem

  • 06:15 - 06:23

    mais as grandes propriedades que depois as grandes propriedades, detêm

  • 06:23 - 06:29

    a maior parte das terras do Brasil e depois vêm

  • 06:29 - 06:34

    as médias e por fim, as pequenas propriedades, basicamente muito

  • 06:34 - 06:38

    parecido com o que está nesse gráfico aqui tá, Então

  • 06:38 - 06:41

    vem a grande propriedade tendo mais terra.

  • 06:41 - 06:46

    Depois vêm as propriedades grandes e médias, tendo se segundo

  • 06:46 - 06:49

    a quantidade de terra e por fim, quem tem menos

  • 06:49 - 06:52

    terra São a maioria dos pequenos agricultores aqui, que só

  • 06:52 - 06:54

    tem um vírgula três aqui.

  • 06:55 - 06:58

    Então isso tem que ser bem entendido.

  • 07:00 - 07:02

    Passando latifundiários.

  • 07:04 - 07:09

    Vem comigo latifúndios, uma pergunta lá na tarefa de vocês

  • 07:09 - 07:10

    para vocês explicarem latifúndios.

  • 07:11 - 07:16

    Primeira informação Existe dois tipos de latifúndios existe os latifúndios

  • 07:17 - 07:19

    que não produzem e aí eu chamo eles de improdutivos

  • 07:21 - 07:27

    Esta existem os latifúndios que produzem qualquer ou começar explicando

  • 07:28 - 07:33

    pelos latifúndios improdutivos, ou seja, lá de fundos, que são

  • 07:33 - 07:38

    grandes áreas de terra que não estão efetivamente sendo usadas

  • 07:39 - 07:44

    terras ociosas ou estão parados ou estão sendo utilizadas de

  • 07:44 - 07:46

    uma forma irregular mal utilizadas.

  • 07:47 - 07:50

    Beleza, por exemplo, deixa puxar sachês para vocês.

  • 07:51 - 07:54

    Olha o tamanho dessa propriedade só com duas Vaquinhas, dentro,

  • 07:55 - 07:57

    ela está sendo bem aproveitada não.

  • 07:58 - 08:02

    Então nós temos aí um latifúndio porqueé uma grande

  • 08:02 - 08:08

    propriedade, está sendo mal utilizada, deixando muito espaço ocioso para

  • 08:08 - 08:09

    abril entenderam.

  • 08:10 - 08:14

    Poderia não ter nada plantado, não tem criação, nenhuma terra

  • 08:14 - 08:17

    está parada lá ou está sendo mal utilizada.

  • 08:18 - 08:19

    Igual na imagem, beleza.

  • 08:20 - 08:24

    Esses são os latifúndios improdutivos, grandes áreas de terra que

  • 08:24 - 08:26

    não estão sendo usadas ou mal utilizadas.

  • 08:27 - 08:31

    Nesse caso aí, entre a algo que nós veremos lá

  • 08:31 - 08:34

    na frente, o que nós chamamos de reforma agrária, esses

  • 08:35 - 08:39

    proprietários podem, sim, perder as suas terras para o processo

  • 08:39 - 08:42

    de reforma agrária que logo mais eu vou explicar.

  • 08:43 - 08:47

    Mas lembra o que acontece grandes propriedades que não estão

  • 08:47 - 08:49

    sendo usadas ou estão sendo mal usadas.

  • 08:50 - 08:52

    Então, já que não está sendo usado ou mal usadas,

  • 08:53 - 08:57

    podem ser tomadas e redistribuídas no processo de reforma agrária,

  • 08:57 - 08:59

    que lá na frente a gente vai entender a beleza.

  • 09:00 - 09:03

    E aí existe um outro tipo de latifundio.

  • 09:04 - 09:07

    Os latifúndios produtivos, Já os lares de fundos produtivos, está

  • 09:08 - 09:09

    gerando renda, economia, dinheiro.

  • 09:10 - 09:13

    Esses não entram em reforma agrária.

  • 09:13 - 09:17

    Beleza, lembrando que não são todos os fundos que entra

  • 09:17 - 09:19

    em reforma agrária nesse caso.

  • 09:19 - 09:21

    Aqui eles são chamados de plantation.

  • 09:22 - 09:22

    Grandes plantações.

  • 09:23 - 09:24

    Eles estão produzindo muito.

  • 09:24 - 09:27

    Muito muito, então anota aí eu vou pedir a vocês

  • 09:28 - 09:29

    quais são as características de um latifúndio.

  • 09:31 - 09:33

    As características do Latifundio, Grande propriedade.

  • 09:35 - 09:39

    Esta vasta gigante propriedade monocultura que nós já aprendemos.

  • 09:40 - 09:45

    Uma única cultura plantada está e outra alto uso de

  • 09:45 - 09:49

    tecnologia. Geralmente quandoé um produtivo, então usa muito.

  • 09:49 - 09:52

    Olha ali o tanto de máquinas agrícolas que nós já

  • 09:52 - 09:57

    veremos a produção para abastecer o mercado externo não fica

  • 09:57 - 10:00

    aqui no Brasil,é vendido para fora a beleza.

  • 10:01 - 10:07

    Então nós temos essa essa característica e nos latifundiários Então

  • 10:07 - 10:08

    anota aí essas características.

  • 10:09 - 10:12

    Não esqueça quando nas formas, explicar latifúndios são essas características

  • 10:13 - 10:17

    além de termos dois tipos de latifúndio, o latifúndio improdutivo

  • 10:18 - 10:20

    e o latifúndio improdutivo.

  • 10:21 - 10:24

    A nota embaixo dois tipos de latifúndio, tudo isso essas

  • 10:25 - 10:30

    aqui essas quatro, mas o latifúndio improdutivo, latifúndio, improdutivo são

  • 10:31 - 10:33

    as características que compõem os latifúndios.

  • 10:34 - 10:38

    Beleza lembra grande propriedade, olha, e uma vasta massa nega

  • 10:39 - 10:45

    a propriedade, porque nós temos tanta concentração de terras e

  • 10:46 - 10:46

    tantos latifúndios assim.

  • 10:47 - 10:51

    Primeiro, jáé um processo histórico das capitanias, dos ciclos

  • 10:52 - 10:55

    econômicos, da lei de terras, fizeram aumentar os latifúndios e

  • 10:55 - 11:00

    os latifúndios ficaram ainda maiores por causa da revolução verde,

  • 11:01 - 11:02

    porque lembrá la da Revolução verde.

  • 11:02 - 11:05

    Nós estudamos na aula passada a Revolução Verde, trouxe muita

  • 11:06 - 11:09

    tecnologia para o Brasil na década de sessenta setenta, principalmente,

  • 11:10 - 11:13

    se espalha pelo mundo na década de sessenta e chega

  • 11:13 - 11:14

    efetivamente na década de setenta.

  • 11:15 - 11:15

    No Brasil.

  • 11:15 - 11:20

    Muita tecnologia ao óleo, avião passando veneno, muitos agrotóxicos transgênicos

  • 11:21 - 11:23

    trouxe muita tecnologia para o Brasil.

  • 11:23 - 11:27

    Por um lado foi bom, desenvolveu muitos latifúndios produtivos.

  • 11:29 - 11:31

    Mas e os pequenos agricultores tinham dinheiro para tudo?

  • 11:32 - 11:33

    Isso? Tinha o dinheiro para tanta tecnologia?

  • 11:34 - 11:39

    Não? E aí os pequenos ficaram endividados os pequenos não

  • 11:39 - 11:42

    conseguiram se manter e tiveram que vender a sua propriedade.

  • 11:43 - 11:45

    Por isso que na década da década de sessenta para

  • 11:45 - 11:48

    a década de setenta, nós tivemos um grande êxodo rural,

  • 11:48 - 11:50

    os pequenos tiveram que ir embora.

  • 11:50 - 11:55

    Adivinha quem comprou as pequenas propriedades, os latifundiários, os grandes?

  • 11:55 - 11:58

    Ou seja, a propriedade que já era grande ficou ainda

  • 11:59 - 12:02

    maior. Tivemos ainda mais com a Revolução Verde chegando no

  • 12:02 - 12:08

    Brasil ainda mais concentração de terras aumentou ainda mais esse

  • 12:08 - 12:12

    problema. Beleza essas pessoas foram parar aonde essas pessoas foram

  • 12:13 - 12:14

    principalmente para a cidade.

  • 12:15 - 12:18

    Aquele olha aí a revolução verde, muita tecnologia.

  • 12:20 - 12:26

    E aí nós temos outros problemas, outras situações aí no

  • 12:26 - 12:27

    meio do caminho da.

  • 12:27 - 12:30

    Daqui a pouco o professor volta no outro vídeo para

  • 12:30 - 12:32

    explicar essas situações para vocês, até daqui a pouquinho