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"- A passagem de uma lógica da oferta a uma lógica da demanda, na medida em que os espectadores começam a confeccionar a dieta audiovisual e, em consequência, a debilitar a atividade estratégica da programação por parte dos radiodifusores.
- Uma tendência clara ao pagamento pelo consumo e à entrada de capitais no setor de audiovisual, assim como um incremento importante do gasto audiovisual per capita.
- A transição de um modelo de fluxo a um modelo editorial, de um modelo de comunicação ponto-massa a uma comunicação ponto-ponto.
- Um incremento notável da flexibilidade no consumo, pela personalização, que leva à confecção dos menus individuais.
- Uma maior interatividade homem-máquina" (BRITTOS, 2010, p. 21-22).
"As indústrias de comunicação têm sido particularmente importantes para o processo geral de transnacionalização porque os meios de comunicação, diretamente através da publicidade, porém indiretamente também em todas suas formas, chamam a atenção sobre os produtos em geral, ademais do produto específico dos meios de comunicação em venda" (MOSCO, 2009, p. 262-263).
"Se já não resta dúvida, em especial a partir das últimas décadas do século XX, que não há mais qualquer inocência no mundo esportivo, as análises sócio-antropológicas deste fenômeno prodigalizam inúmeros exemplos de que nenhuma instituição ou organização foi capaz, até hoje, de controlar todos os sentidos e práticas que se disponibilizam a partir dos jogos de futebol e que se potencializam nas Copas do Mundo" (GASTALDO; GUEDES, 2007, p. 9)
Este artigo procura demonstrar que a Fase da Multiplicidade da Oferta, denominada por Brittos (2010) no que tange ao mercado da comunicação a partir da década de 1990, também ocorrerá no futebol, enquanto bem simbólico cada vez mais mercantilizado; com este processo acontecendo, principalmente, por conta da participação da Indústria Cultural
- Aumento da importância da diversificação das estruturas produtivas;
- Processo de re-regulamentação em vários setores econômicos, inclusive no comunicacional;
- Presença de gigantes econômicos transnacionais conformando uma espécie de oligopolização mundializada;
- Tentativa do capital conquistar todos os espaços
- Crescente aumento de interesse sobre o simbólico
- Futebol é um campo de conflitos simbólicos e de expressão transcultural, que apesar de interesses e relações de poder envolvidas, continua a ter motivações gratuitas;
- A Indústria Cultural auxilia novas formas de estruturação deste campo social, espacialização para outros locais do globo e, principalmente, de mercantilização desta forma de entretenimento.
Obrigado!
andderson.santos@gmail.com
- Oferta bem maior de bens culturais por mais atores
- A FIFA como gestora de uma joint venture para produzir eventos futebolísticos;
- Aumento do comércio dos "pés-de-obra";
- Aumento de oferta e disputa de conteúdos esportivos nos meios de comunicação;
- Crescimento do marketing esportivo;
- Extensão da mercantilização
- Arenas multiuso, naming rights...
- Compra de clubes no mercado
- 1980' - Publicidade nas camisas e placas;
- 1990' - Parcerias com agentes extra-futebol
- Parmalat, ISL, Hick Muse Tate and Furst, Nations Bank, ...
- Caso Traffic
- Aumento do fosso entre clubes
- Direitos de transmissão
- Marketing, fundos de investimento, proprietárias de jogadores e de direitos de transmissão
- Leilão do espólio das telecomunicações;
- Aprovação da Lei do Cabo (Lei 8.997/95);
- Internet passa a ter maior desenvolvimento;
- Rompe-se o tripé mais amplo do conjunto do setor de comunicações: redes (estatal), equipamentos (multinacional privado) e conteúdo (nacional privado);
- Aumento de formatos estrangeiros mesmo na TV aberta;
- 30% de capital estrangeiro (2002);
- Privilégio a uma maior convergência;
- Novas formas de concorrência
- Explicitação da Fase da Multiplicidade da Oferta, a partir do que ocorreu com a comunicação;
- Aplicação deste conceito na indústria do futebol, tendo em vista a participação da Indústria Cultural sobre ela