Introducing
Your new presentation assistant.
Refine, enhance, and tailor your content, source relevant images, and edit visuals quicker than ever before.
Trending searches
As contas CC5 foram criadas em l969, através de um documento do Banco Central chamado "Carta Circular 5", daí acabaram conhecidas como CC5.
Essas contas são voltadas para brasileiros residentes fora do Brasil, empresas exportadoras e financeiras com vínculo no exterior.
Permite repasses de valor em reais sem autorização do Banco Central do Brasil, que se transformam em dólares para outros países e resgate de dólares do exterior que se transformam em reais para o Brasil.
Foi permitido que outras pessoas depositassem nas CC5 para que o dinheiro fosse sacado pelo titular no exterior, isso facilitou o envio de divisas para fora do país por um sistema que ficou conhecido no mercado como "barriga de aluguel".
Várias autoridades, políticos famosos e seus assessores usaram as contas para transferir, para o exterior, dinheiro fruto de desvio dos cofres públicos.
Foram condenados 14 ex-diretores, gerentes e funcionários do antigo Banestado. Estes condenados em primeira e segunda instâncias por crimes de evasão de divisas e gestão fraudulenta de instituição financeira no caso das contas CC5.
A CPI das CPI’s como ficou conhecida na época, foi uma das maiores investigações de nível parlamentar já criadas pelo Congresso Nacional.
A CPI obteve a relação do Banco Central das mais de 400 mil operações feitas por CC5 no Brasil entre 1996-2002. É um dos maiores levantamentos do gênero já entregue a uma CPI.
O real objetivo da CPI acabou não sendo alcançado, pois muitos envolvidos foram indiciados, condenados, porém nenhum devidamente punido por seus atos. Nessa história toda quem fica com o prejuízo real é a população, o povo brasileiro.
A Comissão Parlamentar (Mista) de Inquérito (CPI) de Evasão de Divisas, ou CPI do Banestado foi criada pela Câmara dos Deputados do Brasil em 26 de Junho de 2003 a fim de investigar as responsabilidades sobre a evasão de divisas do Brasil para paraísos fiscais, entre 1996 e 2002, quando foram retirados indevidamente do país mais de US$ 84 bilhões através de contas CC5 (Carta Circular 5) do Banco do Estado do Paraná ou Banestado, segundo estimativas reveladas pela operação Macuco, realizada pela Polícia Federal.
O presidente da CPI foi o senador Antero Paes de Barros (PSDB), o vice-presidente foi o deputado Rodrigo Maia (PFL) e o relator foi o deputado José Mentor (PT)
O relatório final da CPI do Banestado pede 91 indiciamentos de pessoas acusadas de envolvimento em esquema de envio de remessas ilegais para o exterior.
O documento foi apresentado oficialmente pelo relator da CPI, deputado José Mentor (PT-SP). Na lista das pessoas cujo relatório pede o indiciamento estão o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e o ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco.
O número de indiciamentos pedidos pelo relator foi considerado pequeno pelos integrantes da CPI. Ao todo a comissão analisou 1,6 milhão de operações financeiras e investigou de 500 a 600 mil pessoas físicas e jurídicas.
Na mais extensa operação de quebra de sigilos da história do Congresso, Mentor requisitou a quebra de mais de 1.700 sigilos bancários.
A CPI do Banestado foi uma das mais conturbadas investigações parlamentares já realizadas pelo Congresso Nacional. Sua criação foi cercada por uma série de disputas de poder.
O Palácio do Planalto tentou, desde o início, impedir a instalação da CPI. Ela só foi criada após a repercussão negativa do caso e por fim reuniu, na mesma sala, deputados e senadores.
Suas atividades correram em paralelo com as disputas entre o presidente da comissão, senador Antero Paes de Barros, do PSDB, e o relator José Mentor, do PT.
PT (Partido dos Trabalhadores); PP (Partido Progressista); PL (Partido Liberal); PTB (Partido Trabalhista Brasileiro); PFL (Partido da Frente Liberal); PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro).
Em poucos anos o sólido banco Banestado começou a apresentar desempenhos negativos. Em 1998 o banco registrou prejuízo de R$ 1,7 bilhão. Para sanear as dívidas da instituição, o estado do Paraná emprestou da União R$ 5,6 bilhões. O banco acabou sendo vendido por apenas R$ 1,6 bilhões – valor muito inferior ao que valia - e o empréstimo não pode ser quitado.
Por conta disso, o povo paranaense herdou uma dívida de quase R$ 19 bilhões. Todos os meses o estado paga R$ 70 milhões a União por conta dessa dívida, dinheiro que poderia ser usado para construir aproximadamente 3,5 mil casas populares por mês. E o pior, essa dívida só vai terminar em 2029.