Amoris Laetitia

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"Para unir-se a sua mulher..."

Explica a exortação que não se trata apenas da união corpórea, mas de uma doação voluntária de amor, estreira sintonia, uma adesão física e interior

"Por ti abençoarei todas as famílias da terra" (Gn 12,30)

Amoris Laetitia

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O contato de Jesus com a realidade familiar, durante o seu ministério público, é também um paradigma para a Igreja: "Ele inaugurou a sua vida pública com o sinal de Caná, realizado em um banquete nupcias (Jo 2,1-11)

O filho se integra, pois, na comunhão de vida esposos, enquanto fruto e testemunha dessa união. O ato conjugal é uma expressão passageira do matrimônio. O filho, uma expressão permanente. Com o nascimento do filho, o matrimônio desdobra-se em família

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A família ao redor da mesa:

uma luz para a vida em sociedade

aqui compreendemos o modo de viver em família. Nazaré nos recorda no que consiste a família, a comunhão de amor, a sua beleza austera e simples, a sua índole sagrada e inviolável; nos força a ver como é doce e insubstituível a educação em família; nos ensina a sua função natural na ordem social

Ao referir-se ao matrimônio e à família no Novo Testamento a Amoris Laetitia realça três pontos: a Encarnação, a família de Nazaré e o contato com a realidade familiar durante o ministério público de Jesus

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Homem e mulher, na sua reciprocidade de esposo e esposa, são imagem de Deus.

"Deixará o homem o pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne" (Gn 2,24)

O vínculo virtuoso entre as gerações é garantia de futuro e de uma história verdadeiramente humana. Uma sociedade de filhos que não honram os pais e uma sociedade sem honra (...). É uma sociedade destinada a encher-se de jovens áridos e ávidos.

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"Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas" (Jo 8,12)

Não se trata de abandonar pai e mãe, mas de "encontrar uma nova maneira de ser filho". A Amoris Laetitia dá uma explicação pastoral para esta expressão da Sagrada Escritura: "Os pais não devem ser abandonados nem transcurados, mas, para unir-se em matrimônio, é preciso deixá-los, de modo que um novo lar seja a morada, a proteção, a plataforma e o projeto, e seja possível tornar-se verdadeiramente 'uma só carne' (Gn2,24).

Nele está presente não só o "sim" de Maria, mas também o "sim" de José, "que deu nome a Jesus"

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Segundo o costume judaico, dar nome a uma criança é tornar-se pai perante a Lei, ainda que biologicamente não o seja. José, ao dar o nome de Jesus, por revelação divina, ao Filho nascido de sua esposa, inseriu Jesus na descendência de Davi, pois, segundo as Escrituras, o Messias seria alguém da descendência de Davi.

O Salmo 128/127 iluminação a criação do matrimônio e da família.

Os primeiros capítulos do livro do Gênesis mostram o casal humano como componente principal da criadora de Deus

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A Família de Nazaré, espaço humano onde o Verbo Encarnado habitou neste mundo, é apresentada como ícone da família cristã. Trata-se de uma família que passou por fadigas e pesadelos, mas os enfrentou com coragem e serenidade.

A Amoris Laetitia observa o contexto familiar do Salmo. Ele se refere a uma família sentada ao redor da mesa em dia de festa. No centro encontra-se o casal formado pelo pai e pela mãe.

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Desta família ícone, as famílias cristãs podem tirar lições e luzes.

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Para refletir...

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Reciprocidade entre homem e mulher no matrimônio

As afirmações da segunda parte: assim será abençoado o homem que teme o Senhor; de Sião abençoe o Senhor te abençoe! Possas ver Jerusalém feliz; e vejas os filhos de teus filhos.

O Salmo termina com a benção para todo o povo:

Paz sobre Israel!

O ponto de partida da Amoris Laetitia é uma reflexão sobre o matrimônio e a família em seus diversos momentos existenciais à luz da Palavra de Deus

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A família como espaço humano onde o filho de Deus veio habitar este mundo

Uma reflexão iluminada por uma leitura existencial e pastoral da Palavra de Deus. O texto que serve de inspiração é o Salmo 128/127

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As afirmações principais da primeira parte possuem votos de felicidade:

feliz quem teme o Senhor; viverás do trabalho de tuas mãos; tua esposa será como uma vinha fecunda (...); teus filhos, como brotos de oliveira

Dom Pedro Carlos Cipollini

Setor Família - Diocese de Santo André

28/3/17