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OBJETIVOS

- Descrever as vantagens do uso da eletroestimulação em protocolos de reabilitação em cuidados intensivos, como adjuvante na prevenção da fraqueza muscular;

- Enumerar as indicações e eventuais contra-indicações do uso desta técnica;

- Mensurar os outcomes através da aplicação da escala de força Medical Resource Council (MRC), perimetria e controlo Ecográfico.

UCI Doenças Infeciosas

A EEM é uma ferramenta eficaz na prevenção e tratamento da fraqueza muscular adquirida na UCI

É uma técnica segura e de fácil aplicação

A aplicação da EEM é mais efetiva quando aplicada tardiamente, potenciando o aumento da massa muscular

A EEM melhora a força muscular, a capacidade de exercício, a funcionalidade, pode contribuir para o aumento da espessura da camada muscular ou atenuar a sua perda

CONCLUSÃO

Caso 1

Sr. P., 47 anos de idade

Pneumonia pneumocócica, previamente saudável

3º dia de internamento: ventilação artificial

4º dia iniciou EEM

5º dia: colocado em suporte de ECMO

10º dia: retirado suporte de ECMO

11º dia : retirado suporte ventilatório mecânico e suspendeu EEM.

Caso 2

Sr. L., 52 anos de idade

Rutura de úlcera gástrica + peritonite

readmissão em UCI por falência respiratória

atrofia muscular generalizada

2º dia: início da EEM

Dia 1

Dia 2

Eletroestimulação em UCI

A eletroestimulação muscular é aplicada precocemente (nos primeiros dias) a todos os doentes que se prevê um longo período de internamento e que não apresentem contra-indicações para usar esta técnica.

A duração da sessão de EEM é de 60min (30 + 30 min) e é aplicado nos grupos musculares agonistas e antagonistas em dias alternados.

Fraqueza Muscular Adquirida nos Cuidados Intensivos

A fraqueza muscular adquirida em cuidados intensivos (FMACI) é caracterizada por uma acentuada diminuição da força muscular que ocorre de forma generalizada, difusa e simétrica. Pode afetar 25-100% dos pacientes ventilados durante mais de 7 dias

Eletroestimulação muscular

Consiste na aplicação de estímulos eléctricos terapêuticos sobre o músculo, através do sistema nervoso periférico integro, para restaurar funções motoras e sensoriais.

A contração muscular induzida por estimulação eléctrica ocorre de forma inversa da contração fisiológica. Durante a eletroestimulação muscular as fibras rápidas (tipo II) são as primeiras a serem recrutadas.

A intensidade é regulada até ser visível contração do músculo. Em caso de dúvida, a contração é confirmada por palpação do músculo envolvido.

À medida que o doente fica menos sedado, mais desperto, é necessário usar menores intensidades para produzir contração.

Durante a fase de sedação, a EMM é acompanhada com a mobilização passiva de todos os segmentos.

Quando o doente suspende a sedação e já se encontra cooperante é iniciada a mobilização ativa-assistida ou ativa em coordenação com a contração/ relaxamento induzido pela EEM.

Segundo alguns autores, a EEM será mais efetiva se aplicada em adição a outras técnicas de reabilitação.

A eletroestimulação muscular é idealmente aplicada até o doente atingir força 4 na escala de força (MRC) no músculo estimulado, avaliada após a retirada da sedação.

Instrumentos de medida

A técnica é geralmente bem tolerada e o conforto do doente é constantemente monitorizado. Quando o doente está sedado é avaliado através da escala comportamental da dor (BPS), quando está desperto e cooperante a intensidade é regulada de acordo com a tolerância que o doente refere aceitável.

Controlo ecográfico

Escala de força Medical Research Council

Perimetria

A sonda é aplicada na linha média do músculo, sem pressionar, evitando a depressão da pele

A medição deve ser efetuada sempre pela mesma pessoa, de modo a ser mais fidedigna.

Doente crítico:

impacto de um programa de eletroestimulação

Cláudia Ramalho

João Silva

Martina Pereira

Rita Bartolomeu

Dezembro de 2016

Nesta situação, a eletroestimulação muscular assume-se como uma alternativa promissora ao treino muscular neste grupo de doentes.

Nestes doentes devem ser utilizadas estratégias de intervenção que sejam eficazes na prevenção da atrofia muscular e que ofereçam alguma forma de atividade física.

Referências Bibliográficas

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Eletroestimulação muscular

Vantagens

  • Produz contrações musculares que previnem a atrofia muscular;
  • Melhora a circulação sanguinea;
  • Atenua os efeitos da imobilidade prolongada;
  • Não necessita da cooperação do doente, podendo ser utilizado em doente sedados e/ou disfunção cognitiva;
  • Bem tolerado pelos doentes e seguro.

Efeitos secundários

- Existem relatos da ocorrência de aumento da pressão arterial sistólica, taxas de reperfusão e frequência cardíaca em todos os doentes submetidos a EEM, mas sem influência na condição do doente;

- Rubor (em 50% dos casos) reversível no local de aplicação dos elétrodos;

- Dor e queimadura superficial (dois e um caso, respetivamente, no total de 432 sessões).

Indicações

  • Risco de atrofia muscular;

  • Atrofia muscular;

  • Diminuição da força muscular.

Contra-indicações

  • Pacemaker;
  • Doença vascular periférica;
  • Edema;
  • Tecido neoplásico;
  • Áreas de infecção ativa nos tecidos;
  • Pele desvitalizada - por exemplo, após tratamento com radioterapia profunda;
  • Epilepsia;
  • Alterações graves da coagulação;
  • Gravidez.

Estudos demonstraram que a área da fibra dos músculos esqueléticos diminui entre 2% a 4% por dia de internamento em UCI, com a atrofia muscular a instalar-se nos primeiros dias após o início da doença crítica, atingindo os 17,7% nos primeiros dez dias.

A prevenção precoce da FMACI é um desafio e a implementação de programas de mobilização precoce podem trazer ganhos a curto prazo. A sedação contínua e a instabilidade clínica podem atrasar a participação ativa do doente no programa de reabilitação.

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