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De acordo com contextualização histórica e distribuição da população por cor, pós-abolição do trabalho escravo em 1888 (*um dos últimos países) temos posto que:

Embora nenhuma forma de segregação tenha sido imposta após a abolição, os ex-escravos tornaram-se, de maneira geral, marginalizados em relação ao sistema econômico vigente. Além disso, o governo brasileiro iniciou, na segunda metade do século XIX, o estímulo à imigração européia, numa tentativa explícita de “branquear” a população nacional (idem, 58).

Milhões de imigrantes europeus entraram no país durante as últimas décadas do século XIX e no início do século XX, contratados para agricultura e indústria que estava sendo implantada nas principais cidades, enquanto os negros foram excluídos (idem, p.58).

Plataforma digital gratuita que disponibiliza produções que possuem pelo menos uma área de atuação técnica/artística assinada por uma pessoa negra.

São filmes, séries, web séries, programas diversos, vlogs e clipes que são produzidos OU escritos OU dirigidos OU protagonizados por pessoas negras.

A partir de 1930 houve disseminação de uma democracia racial, que não se configurou em dados igualitários da população negra em relação a população branca (como apontam os dados atuais).

“(...) Maio (1999), entretanto, afirma que embora houvesse por parte da Unesco ´uma imagem positiva do país em matéria racial´, o projeto “desenvolveu-se de forma mais complexa”, resultando em uma visão mais contrastante do cenário racial brasileiro (idem p.59).

No período de 1960 e 1970, com a ditadura militar, os direitos de liberdade intelectual e atividade política sofreram pressões (idem, p.59).

Os anos 1980 foram primordiais para democratização política, com a nova Constituição em 1988 (idem, p.59):

Neste período, estudiosos começaram, mais uma vez, a examinar a “questão racial”, contribuindo para a construção de uma rede composta por intelectuais, ativistas e agências de cooperação internacional que favoreceram a inserção da questão racial na agenda pública nacional (apud BOURDIEU & WACQUANT, 2002).

A filósofa Sueli Carneiro indica livros de autoras negras para conhecer – ou reconhecer – a realidade dessas mulheres

O estudo de Melo (2005) considera importante questão geográfica e racial:

A geografia racial também diverge da distribuição da riqueza nacional, pois, a população acima das linhas de pobreza e indigência é composta por 62% de brancos e 37,5% por pretos e pardos, esta é uma distribuição demográfica racial diferente da encontrada para o Brasil, onde os brancos são 54% e os pretos e pardos 44% da população. Considerando apenas os pobres e indigentes a questão fica mais explicitada. Os pobres são 61% pretos e pardos e estes enquanto indigentes alcançam a extraordinária taxa de participação de 71% do total desta população (p. 43).

Sobre as desigualdades raciais Heringer (2002) parte do princípio de que elas afetam a capacidade de inserção dos negros na sociedade, comprometendo o projeto democrático e de oportunidades iguais para todos (p.57).

ODUNFP é um empreendimento social que se baseia no princípio da equidade para garantir acesso aos bens culturais. Vem buscando contribuir para a construção dessa nova forma de empreender com COR - Compreensão Organização e Responsabilidade.

Datam do período, estudos que criam critérios de classificação racial. No Brasil, o conceito de raça encontra-se mais relacionado à cor da pele e traços faciais do que à ancestralidade. Isso levou alguns estudiosos a analisar a classificação racial brasileira não enquanto grupos raciais, mas sim grupos de cor (idem, p. 59, apud DEGLER, 1991).

Igual como a questão de gênero, na questão étnico-racial a,

(...) ampliação do acesso à escola não se traduziu numa diminuição das desigualdades raciais, já que a proporção de negros entre as pessoas com 12 anos ou mais de estudo (equivalente aos que concluíram o ensino médio e possuem curso superior) é de apenas 2,8%, quase quatro vezes menos do que os brancos na mesma faixa (10,9%) (idem, p.60).

Sobre ações afirmativas:

(...) são benefícios temporários concedidos a grupos sociais discriminados com o intuito de promover a igualdade de oportunidade em diferentes dimensões da vida social, em especial na educação e no trabalho. Segundo Joaquim Barbosa Gomes, além de garantir a igualdade de oportunidades, as ações afirmativas têm como objetivo induzir a sociedade a transformações culturais que permitam que o preconceito racial seja desconstruído das mentes dos indivíduos e eliminado da estrutura das instituições (...)(idem, pp. 917-918).

A filósofa Sueli Carneiro indica livros de autoras negras para conhecer – ou reconhecer – a realidade dessas mulheres

Imagens do FIlma Kbela - 2015 Direção Yasmin Thayná

Iniciamos com dados de 2016, os últimos lançados pela Agência Nacional do Cinema (ANCINE). Salientamos ainda, a meta 21 do Plano Nacional de Cultura (PNC) que prevê 150 filmes brasileiros em salas de cinema do país. No referido ano constatou-se que nenhum dos 142 longas-metragens exibidos foi dirigido por uma mulher negra, e somente 3 filmes dirigidos por homens negros, ou seja, apenas 2,1% do total. Sobre gênero, 19,7%, de mulheres brancas (Relatório ANCINE, 2016, p. 7) .

Sobre o sistema socioeconômico que (re)discute questões da emancipação através do trabalho, temos presença dos “Desfiliados” (CASTEL 1998) na esfera da proteção social no Brasil. Kerstenetzky (2011) questiona conceitos do Welfare State, ou Estado de Bem-Estar Social (na nossa realidade) e discussões sobre redistribuição dentro do desenvolvimento econômico. Nesse debate a interseccionalidade é um conceito central para entender características do racismo epistêmico, pois “busca capturar as consequências estruturais e dinâmicas da interação entre dois ou mais eixos da subordinação.” (CRENSHAW, 2002, p. 177 apud SANTOS, 2016).

Autor: Lucas Leal

Licenciado em História (UNICAP),

Bacharel em Artes Cênicas (UNIRIO),

Licenciando em Pedagogia (UNICESUMAR),

Pós-graduado em Ensino de História das Artes e Religiões (UFRPE),

Especilista em Estudos Cinematográficos (UNICAP),

Mestre em Políticas Públicas em Educação (UNIRIO),

Doutorando em Política Social – Universidade Federal Fluminense (UFF)

E-mail: lucaslealhistoria@gmail.com

Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4266044H8

RESUMO

O artigo integra pesquisa de doutorado em Política Social com caminho teórico-metodológico histórico de teorias sobre gêneros e identidades, a partir de concepções de proteção social e sujeitØas sociais. Objetiva-se entender debates sobre feminismos e masculinidades, na investigação da ausência de cineastas negras (ou pretas?) no mercado de bens simbólicos, reflexo da própria estrutura do mercado de trabalho formal. Para o debate problematiza-se Welfare State no Brasil e desenvolvimento econômico, contextualizando a manifestação da questão social a partir de um debate sobre pobreza e desigualdade social. Elaboram-se argumentos sobre a (desigual) estrutura social, com dados e indicadores sociais, fundamentando contexto histórico-social brasileiro. Debate-se sujeitØas, mulheres e cinema, do ponto de vista da estrutura social, inserindo a questão social e de identidades, dando atenção também a construção de masculinidades. As questões são compreendidas pela interseccionalidade, auxiliando e fundamentando material de atividades de ensino-aprendizagem, com metodologia de pesquisa-ação, desenvolvidas na graduação para formação de professores e no ensino médio-técnico, no curso de Lazer. Os resultados apontam para importância dos movimentos sociais, como os movimentos feministas, que colocam importantes reflexões para construção de masculinidades. Portanto, como docente, homem, branco, entendo a importância de desmembrar motivos de uma pergunta da tese: Cadê as pretas cineastas?

Ao adotar neste artigo a categoria gênero, estamos seguindo o campo que acompanha o desenvolvimento dos estudos feministas e LGBT (principalmente o movimento gay). O interesse consiste, no entanto, em questões específicas das mulheres, em pesquisa efetuada por um homem, o que levou pesquisar masculinidades:

"Cabe destacar que a tarefa de mapear a contribuição feminista para os estudos sobre homens e masculinidades foi trabalhada de forma competente em artigos assinados por autoras como Adriana Piscitelli (1998) e Karen Giffin (2005) e, também, em artigo mais recente como o de Benedito Medrado e Jorge Lyra (2008)" (SOUZA, 2009, p. 124).

Os estudos de gênero, com base em teorias feministas, apontam para a intersecção das discriminações sociais, a partir do patriarcado e da constatação de que as relações de gênero se configuram como processo dominante dos homens e de subordinação das mulheres (CONNELL, 1995, p. 77, apud SOUZA, 2009, p.125).

Soares, (2013) diz que:

A melhora no IDSgen (Índice de Desenvolvimento Social sensível ao gênero) de certa forma reflete os avanços nos indicadores sociais de um modo geral, mas a introdução da perspectiva de gênero serviu para mostrar que o processo de desenvolvimento tem se dado de forma desigual entre homens e mulheres, brancos e negros e nas regiões do País (p.67).

Essa realidade esconde a desigualdade no acesso aos cargos de chefia, e como no caso da nossa pesquisa, as posições de poder simbólico, como direção cinematográfica. Assim, Freitas e Gomes (2013) estacam que “a melhoria nos índices de educação, que apontam maior escolarização das mulheres permitiu maior participação no mercado de trabalho, sem, contudo alcançar na mesma medida a questão salarial” (idem, pp.13-14). Eles concluem que “embora os avanços sejam consideráveis, ainda são parcos diante das conquistas a serem alçadas” (idem, p.16).

Adélia Sampaio - Primeira diretora negra de um longa-metragem no Brasil - 1984 com o filme: Amor Maldito.

(Segundo longa de uma diretora negra só foi lançado em 2017, pela cineasta Viviane Ferreira )

Primeiro "canal virtual" que comecei a investigar para pesquisa de doutorado - Completou 30 anos em 2018.

Coletivo de Cinema formado por estudantes da UFF

Direção geral Rosa Miranda (Primeira Licenciada negra em Cinema do Mundo - Atualmente mestranda em Cinema na UFF e Professora na Escola de Cinema Darcy Ribeiro)

A filósofa Sueli Carneiro indica livros de autoras negras para conhecer – ou reconhecer – a realidade dessas mulheres

Welzer-lang (2001) coloca que:

O paradigma naturalista da dominação masculina divide homens e mulheres em grupos hierárquicos, dá privilégios aos homens à custa das mulheres. E em relação aos homens tentados (que não seguem as normas – grifo nosso), por diferentes razões, de não reproduzir esta divisão (ou, o que é pior, de recusá-la para si próprios), a dominação masculina produz homofobia para que, com ameaças, os homens se calquem sobre os esquemas ditos normais da virilidade (p. 465).

Medrado e Lyra apontam que:

A dominação dos homens sobre as mulheres e sobre o feminino não possui autoria única, mas uma constelação de autores, que inclui, além dos homens, a mídia, a educação, a religião, as mulheres e as próprias políticas públicas. Em outras palavras, partimos da perspectiva de que o poder coletivo dos homens não é construído apenas nas formas como os homens interiorizam, individualizam e o reforçam, mas também nas instituições sociail (p.826).

Tedesco (2012) diz que a presença da mulher se deu em todo período do primeiro século de existência do cinema (se referindo a América Latina). Entretanto, essa existência se deu de forma irregular, fragmentada e sem continuidade. As poucas mulheres que se aventuraram, encontraram problemas de ordem externa a questão de desconfiança das habilidades técnicas; vendo seus projetos serem engavetados e esquecidos. A autora aponta ainda problemas em relação ao registro das memórias.

A filósofa Sueli Carneiro indica livros de autoras negras para conhecer – ou reconhecer – a realidade dessas mulheres

Pierucci (2008) apresenta as “ciladas da diferença” e interroga a importância de rediscutir os discursos da diferença. Há neles fragmentação das lutas de classe? Trata-se da diferença e não desigualdade, e como discutir o diferente, que já é valoração pela igualdade. O autor se pauta na contradição e traz questões sobre se os direitos são universais, devem ser, e se são prioridades. Há duas questões em direitos: a propriedade e a herança. Nelas encontramos a produtividade social da diferença econômica, que reflete no social.

Bauman (1999) se pergunta quem comanda o mundo hoje, se não há o local, tudo é global, quem define o eixo de comando? Há um Estado, não tão soberano, que alimenta a segurança das empresas multinacionais. As riquezas são globais e a miséria local, entretanto, as questões de trabalho se estabelecem de acordo com o uso do espaço e seu contexto.

As disposições (habitus; costumes; práticas; bens) são tomadas de posições e “o real é relacional”, assim o campo (que se constitui), forma especificidades (convivência em pares) (BOURDIEU, 1996). As configurações de poder, de capital cultural, capital político, geram violências, estrutural e simbólica.

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O poder hipnótico revela submissão e que o sistema se engessa na lógica da dominação, masculina, de maneira histórica: Família, Religião, Escola e Estado. Este Poder simbólico é construído com os dominados. Nesse percurso argumenta-se que o ser feminino como ser percebido é algo novo.

Por que PRETAS E NÃO NEGRAS no título do trabalho? Embora se reafirme a importância do movimento negro, no Brasil, há expressões que associam a palavra “negra” com questões negativas. Com isso comecei a pensar: Que tipo de mulher negra (preta) vou pesquisar se a todo instante reafirmamos, em todos os setores da sociedade, que elas são as com maior risco e vulnerabilidade social? Também refleti se as afirmativas e os dados ajudam reafirmar estigmas presentes em relação a elas.

O estudo de Elias e Scotson (2000) nos serve para entender o objetivo das relações de poder que estigmatizam determinadas localidades e grupo social. Há nesse contexto, violências e distintos processos de construções de identidades, de estabelecimento, dos que estão fora ou dentro do padrão social.

Goldhagen (1997) trata da coerção externa, onde os sujeitos são cegos cumpridores de ordens. Fanon (1968), trata “os condenados da terra”, onde a própria sociedade revela a existência do Colonialismo. Para ele o sistema está revestido dessa violência suprema.

Embora possam questionar o local de fala e de identidade social – constrói-se a ponte relacional a partir da atividade docente, e claro, da própria necessidade de rever a construção da masculinidade do proponente da pesquisa.

SILVA, (2017) revela a existência de “práticas patri(viri)arcais” ao mesmo tempo que busca estratégias de rompimento e mudanças ao desvelar questões estruturais que geram violências múltiplas. Há uma grande confusão entre os homens sobre qual o intuito dos feminismos, e essa dúvida se dá pela não discussão sobre a formação de sujeitos sociais nas instituições educacionais.

Questionando afirmações que estigmatizam as mulheres negras, a pergunta “cadê as cineastas pretas?” parece respondida. Elas existem e resistem como o próprio movimento negro e o feminismo negro. Se há poucas mulheres (pretas) cineastas reconhecidas, colocamos o debate em pauta na formação docente e técnica. É preciso enfatizar a presença delas, identificando políticas públicas e possibilidades de subsidiar as emergentes (e necessárias) produções, que carregam em sua estética, a marca dos movimentos sociais e de identidade social. Na internet há diversos canais e acompanhamos principalmente: Geledés, Afroflix, Kbça D´Nêga e OdunFp.

Investigar teorias de gêneros e identidades e o cinema como tema gerador e metodologia de ensino levou entender os feminismos e a relação dos movimentos sociais com as políticas públicas. Interessa agora se há como propor novas formas de construção de masculinidades. O momento cultural possibilita o debate sobre sujeitØas, mulheres e cinema, insere a questão social, fundamentando os feminismos. As atividades na graduação para formação de professores e no ensino médio-técnico, no curso de Lazer, revelaram a importância dos movimentos feministas, para construção de masculinidades. Após desmembrar e responder sobre a ausência das mulheres negras cineastas nos cabe começar apresentar as pretas cineastas e políticas públicas para elas.

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TEORIAS SOBRE GÊNEROS, IDENTIDADES E PROTEÇÃO SOCIAL: SUJEITØAS SOCIAIS? FEMINISMOS X MASCULINIDADES? CADÊ AS PRETAS CINEASTAS?

Título provisório da tese

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