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Transcript

“[...] a pesquisa se faz em movimento, no acompanhamento de processos, que nos tocam, nos transformam e produzem mundos”

(BARROS E KASTRUP, 2012, p.73).

Observador implicado

Circularidade

Na cartografia produzimos dados, não porque inventamos os dados, mas porque estamos em uma relação de co-determinação na pesquisa.

Dizemos então que ocorre a produção do que já estava lá de maneira virtual, ou seja, o material possui originalmente o potencial de ser compreendido como isto ou aquilo, o que produzimos já está lá em potência e se torna real, concreto, quando ao buscar compreendê-lo o enxergamos.

Para explicarmos os nós de compreensão pensamos em emaranhados processuais mais complexos, que se constituem a partir do imbricamento dos nós reflexivos com as conversas e com os escreveres dos sujeitos pesquisados. Esses nós foram produzidos na co-determinação entre nossas leituras e os escreveres dos professores-cursistas, por isso nós de compreensão.

Percebo o fórum enquanto um espaço interacional/interativo que torna o educando co-criador de todo o conteúdo discursivo a partir da mediação do computador e mais especificamente os fóruns enquanto uma interface da virtualidade - Virgínia.

A partir da visão de outros olhos, espelhados nas experiências de profissionais, como nós, passamos a medir nossa própria ação e a considerar outras possibilidades. É muito interessante ler o posicionamento dos colegas e, em seguida, a observação dos professores, tutores e outros colegas. Nesse ir e vir de ideias, vamos construindo novas perspectivas que, como em uma reação em cadeia, torna-se viva e evolui – Janete.

Você próprio é que terá de encontrar algo que desperte seu corpo vibrátil, algo que funcione como uma espécie de fator de a(fe)tivação em sua existência. Pode ser um passeio solitário, um poema, uma música, um filme, um cheiro, um gosto... Pode ser a escrita, a dança, um alucinógeno, um encontro amoroso – ou ao contrário, um desencontro... Enfim, você é quem sabe o que lhe permite habitar o ilocalizável, aguçando sua sensibilidade à latitude ambiente (ROLNIK, 2006, p.39).

Ao pensarmos na teoria como cartografia e no aprender como produtor de subjetividade, nos damos conta do porquê os nós produzidos tanto nos provocam, nos colocam em alerta, nos desestabilizam. Foram também os nós produzidos que nos constituíram como cartógrafas, que, a partir da teoria, mexeram com nosso corpo vibrátil, por isso demos voltas em nós mesmas, para nos tornarmos mais complexas, por isso os nós fizeram emergir nossa sensibilidade de forma latente, pulsante.

Ser cartógrafo é estar presente no aqui agora, com a percepção aguçada, a atenção consciente, deixando que os afetos nos movam, que os desejos alimentem nossos movimentos, aprender e pesquisar com todos os poros.

CONEXÃO

HETEROGENEIDADE

PRINCÍPIOS DO RIZOMA

Deleuze e Guattari (1995)

Ana Carolina de Oliveira Salgueiro de Moura

Débora Pereira Laurino

MULTIPLICIDADE

CARTOGRAFIA

CARTOGRAFIAS DO ESCREVER ENATUADO

TERRITORIALIZAÇÃO

DESTERRITORIALIZAÇÃO

DECALQUE

"[...] Nós não encontramos problemas ou questões a serem estudados e explicados cientificamente fora de nós mesmos num mundo independente. Nós constituímos nossos problemas e questões ao fluirmos na nossa práxis de viver e fazemos as perguntas que nós, em nosso emocionar, desejamos fazer. Nossas emoções não entram na validação de nossas explicações científicas, mas o que explicamos surge através do nosso emocionar como um interesse que não queremos ignorar" (MATURANA, 2001, p. 146).

NÓS

DE COMPREENSÃO

Explicar

REFLEXIVOS

Acontecimentos do escrever

Implicações do ler

Cooperação

Interação

Recursão

Objetividade entre parênteses

Observador implicado

Circularidade

Objetividade entre parênteses

Explicar

Cartografar

Co-determinação

Enação

compartilhamento de um território existencial que sujeito e objeto de pesquisa se relacionam e se codeterminam

TESE

Cartograr

O escrever enatuado, potencializa os processos do dar-se-conta, da co-criação e da recursividade, os quais constituem o aprender.

Nós foram produzidos na nossa constituição como cartógrafas, ou na tentativa, no exercício de nos constituir como cartógrafas. São emaranhados de linhas, processos de reflexão, pontos de encontro e convergência das experiências, emoções e saberes que construímos enquanto pesquisadoras. São emaranhados de linhas que nos atravessam, que despertam em nós desejos e emoções no pesquisar, que nos fazem perceber nossa ação na pesquisa, o mundo, sua produção e as co-determinações.

Como o escrever enatuado pode contribuir com o aprender?

Co-determinação

interação - desencadeamento de mudanças entre os participantes do encontro - contingentes com a história de nossas interações

Os textos favorecem muito o diálogo, são o ponto de partida e a partir daí podemos seguir trocando, reformulando, reavaliando e repensando – Maria.

O RECONHECIMENTO ATENTO

“Todo fazer é conhecer e todo conhecer é fazer”

(MATURANA e VARELA, 1995, p.68), a ação (o conhecer) e a experiência (o fazer) estão imersas numa circularidade.

"[...] ponto de interseção entre a percepção e a memória” (KASTRUP, 2007, p. 20).

REVISITAMOS

PRODUZIMOS

  • os documentos que traziam os nós
  • as leituras que havíamos feito

Onde?

NÓ DE COMPREENSÃO

IMPLICAÇÕES DO LER

  • escrevemos e caracterizamos cada um desses nós
  • dialogamos com os escreveres dos cursistas e escreveres de autores que compõe nosso sistema conceitual

Espaço-suporte

Espaço-contexto

Educação a Distância

Tecnologias Digitais

Aparece a leitura dos textos indicados pelos professores (leitura teórica), antes e durante a conversa nos fóruns; aparece o ler para pesquisa e aprofundamento, e ainda as possibilidades trazidas com a leitura das mensagens dos colegas.

Com o diálogo produzido nessa cartografia “[...] o conhecimento que se produz não resulta da representação de uma realidade pré-existente. [...] o método cartográfico faz do conhecimento um trabalho de invenção” (KASTRUP, 2007, p. 21).

CURSISTAS

SEaD

TIC-Edu

O POUSO

“O gesto de pouso indica que a percepção, seja ela visual, auditiva ou outra, realiza uma parada e o campo se fecha, numa espécie de zoom. Um novo território se forma, o campo de observação se reconfigura” (KASTRUP, 2007, p. 19).

nós de compreensão

ESCREVERES

construímos novos territórios com os relevos textuais

Durante o pouso realizamos uma ação cartográfica de tensionamento: tramar, unir e afastar, os escreveres dos estudantes foram constituindo-se como nós de compreensão, de acordo com as reflexões que fizeram e que notamos como relevo, como nó de interrupção de padrões e repetições; e simultaneamente os escreveres foram afastados em diferentes documentos para que tivéssemos a clareza do nó, para que fizéssemos o zoom.

Enação

O TOQUE

A ação executada não é “[...] puramente mental nem puramente física; ela é, ao contrário, um tipo específico de unidade mente-corpo”(VARELA, THOMPSON e ROSH, 2003, p.45).

Dificuldades "em" e a preparação "para" escrever; e o que acontece "ao escreverem", ou seja, durante a própria ação de escrever.

NÓ DE COMPREENSÃO

ACONTECIMENTOS DO ESCREVER

“Algo se destaca e ganha relevo no conjunto [...] O relevo não resulta da inclinação ou deliberação do cartógrafo, não sendo, portanto, de natureza subjetiva. Também não é um mero estímulo distrator que convoca o foco e se traduz num reconhecimento automático.”

(KASTRUP, 2007, p. 19).

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VARELA, F. J.; THOMPSON, E.; ROSCH, E. A mente incorporada: ciências cognitivas e experiência humana. Porto Alegre: Artmed, 2003.

não basta apenas realizar a leitura dos materiais, é preciso expor nossas reflexões de forma que provoque o outro a dar continuidade ao diálogo – Zuriléia.

Escolhemos a cartografia porque escolhemos escrever mapas, não com direcionamentos, mas com experiências, não estáticos, mas com movimento e liberdade de mudança, não padronizados, mas com emoção.

O toque acontece pela instabilidade do texto, que mostra uma reflexão imersa na experiência e por isso deixa de ser estável, de apenas reproduzir ou repetir palavras.

CONVOCAÇÕES DA ESCRITA-LEITURA

O RASTREIO

escrevemos e que sendo vivo é também criação, co-criação com quem conversamos ao escrever e com quem lemos.

Em sua multiplicidade, o escrever desdobra-se também como o ler, não apenas como embasamento ao que se escreve, mas como ponte para outras ideias ainda não pensadas e ponte para experiências já inscritas em cada um, um conversar que mostra o ler também como movimento vivo e prática indissociável do escrever.

A cartografia dos escreveres e a escrita-leitura tecidas nos convocam a compreensão de que, ao movimentarmos os materiais textuais, não somente ao escrever, mas também ao ler, somos autores, produzimos entendimentos e aprendemos.

Reconhecemos no percorrer cartográfico dos escreveres suas multiplicidades, alguns limites e seus desdobramentos e embasamentos no ler.

A cartografia dos escreveres produziu a identificação do escrever com palavras que “teimam em não sair” e a compreensão de que a recorrência do escrever contribui para minimizar as dificuldades com o próprio escrever, pois a convivência com quem escrevemos nos liberta de possíveis melindres ao escrever e que escrever é mesmo verbo, ação não é sinônimo de produto finalizado. Talvez mais que isso, o escrever pode ser compreendido como começo, que provoca o outro (leitor) ao

diálogo, uma construção coletiva que nos

auto-provoca a reflexões enquanto

NÓS

REFLEXIVOS

“Como uma antena parabólica, a atenção do cartógrafo realiza uma exploração assistemática do terreno, com movimentos mais ou menos aleatórios de passe e repasse, sem grande preocupação com possíveis redundâncias. Tudo caminha até que a atenção, numa atitude de ativa receptividade, é tocada por algo”

(KASTRUP, 2007, p. 19).

NÓS DE COMPREENSÃO

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