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“[...] a pesquisa se faz em movimento, no acompanhamento de processos, que nos tocam, nos transformam e produzem mundos”
(BARROS E KASTRUP, 2012, p.73).
Deleuze e Guattari (1995)
compartilhamento de um território existencial que sujeito e objeto de pesquisa se relacionam e se codeterminam
interação - desencadeamento de mudanças entre os participantes do encontro - contingentes com a história de nossas interações
“Todo fazer é conhecer e todo conhecer é fazer”
(MATURANA e VARELA, 1995, p.68), a ação (o conhecer) e a experiência (o fazer) estão imersas numa circularidade.
REVISITAMOS
PRODUZIMOS
Com o diálogo produzido nessa cartografia “[...] o conhecimento que se produz não resulta da representação de uma realidade pré-existente. [...] o método cartográfico faz do conhecimento um trabalho de invenção” (KASTRUP, 2007, p. 21).
“O gesto de pouso indica que a percepção, seja ela visual, auditiva ou outra, realiza uma parada e o campo se fecha, numa espécie de zoom. Um novo território se forma, o campo de observação se reconfigura” (KASTRUP, 2007, p. 19).
construímos novos territórios com os relevos textuais
Durante o pouso realizamos uma ação cartográfica de tensionamento: tramar, unir e afastar, os escreveres dos estudantes foram constituindo-se como nós de compreensão, de acordo com as reflexões que fizeram e que notamos como relevo, como nó de interrupção de padrões e repetições; e simultaneamente os escreveres foram afastados em diferentes documentos para que tivéssemos a clareza do nó, para que fizéssemos o zoom.
A ação executada não é “[...] puramente mental nem puramente física; ela é, ao contrário, um tipo específico de unidade mente-corpo”(VARELA, THOMPSON e ROSH, 2003, p.45).
“Algo se destaca e ganha relevo no conjunto [...] O relevo não resulta da inclinação ou deliberação do cartógrafo, não sendo, portanto, de natureza subjetiva. Também não é um mero estímulo distrator que convoca o foco e se traduz num reconhecimento automático.”
(KASTRUP, 2007, p. 19).
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O toque acontece pela instabilidade do texto, que mostra uma reflexão imersa na experiência e por isso deixa de ser estável, de apenas reproduzir ou repetir palavras.
escrevemos e que sendo vivo é também criação, co-criação com quem conversamos ao escrever e com quem lemos.
Em sua multiplicidade, o escrever desdobra-se também como o ler, não apenas como embasamento ao que se escreve, mas como ponte para outras ideias ainda não pensadas e ponte para experiências já inscritas em cada um, um conversar que mostra o ler também como movimento vivo e prática indissociável do escrever.
A cartografia dos escreveres e a escrita-leitura tecidas nos convocam a compreensão de que, ao movimentarmos os materiais textuais, não somente ao escrever, mas também ao ler, somos autores, produzimos entendimentos e aprendemos.
Reconhecemos no percorrer cartográfico dos escreveres suas multiplicidades, alguns limites e seus desdobramentos e embasamentos no ler.
A cartografia dos escreveres produziu a identificação do escrever com palavras que “teimam em não sair” e a compreensão de que a recorrência do escrever contribui para minimizar as dificuldades com o próprio escrever, pois a convivência com quem escrevemos nos liberta de possíveis melindres ao escrever e que escrever é mesmo verbo, ação não é sinônimo de produto finalizado. Talvez mais que isso, o escrever pode ser compreendido como começo, que provoca o outro (leitor) ao
diálogo, uma construção coletiva que nos
auto-provoca a reflexões enquanto
“Como uma antena parabólica, a atenção do cartógrafo realiza uma exploração assistemática do terreno, com movimentos mais ou menos aleatórios de passe e repasse, sem grande preocupação com possíveis redundâncias. Tudo caminha até que a atenção, numa atitude de ativa receptividade, é tocada por algo”
(KASTRUP, 2007, p. 19).